quarta-feira, 15 de junho de 2016

A Carta Branca de Tite


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Tite pensa à frente da CBF.

Minha Gente, a ideia de Tite de pedir carta branca à CBF nos leva a 2001 quando Felipão recebeu carta branca para montar o time e foi penta campeão. Porém, essa carta branca nem sempre é o que se pensa ser.

Àquela época, o Brasil precisa de uma válvula de escape e foi mais uma vez a seleção brasileira de futebol quem se prestou para isso. Felipão montou um time que chamou de família, também conhecida nas rodas de resenha como “panela” – um grupo fechado que diz e faz o que quer onde o treinador é um simples entregador de camisas.

Com esse grupo fechado e alguns fora-de-série da estirpe de Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Adriano e tantos outros, Felipão se limitou a informar como jogava o time adversário e os “filhotes” resolviam a parada dentro de campo.

Hoje a história é outra. O que se torna imprescindível não é apenas a mudança na seleção que o Tite estará comandando. Passa por toda uma estrutura carcomida que se não for pelo menos medicada, trará muita dificuldade para qualquer plano mínimo de trabalho no longo prazo para o futebol brasileiro.

Entendo que Tite, que assinou o manifesto de apoio à renúncia de Del Nero e a convocação de novas eleições para a CBF, que tem um longo projeto de trabalho sério dentro de um time como o Corinthians que lhe dá projeção internacional, não entraria para comandar a seleção apenas com o simplório objetivo de classificação para a Copa do Mundo.

Óbvio que ele e seu staff pensam mais à frente e querem carta branca não apenas para cuidar do time em si, mas aproveitar o momento de fragilidade no comando da CBF para buscar um mínimo possível de realizar através dessa oportunidade, uma mudança real no futebol brasileiro. Ele sabe o quanto é importante esse momento para por em prática essa ideia.





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