Tite pensa à frente da CBF. |
Minha Gente, a ideia de Tite de
pedir carta branca à CBF nos leva a 2001 quando Felipão recebeu carta branca
para montar o time e foi penta campeão. Porém, essa carta branca nem sempre é o
que se pensa ser.
Àquela época, o Brasil precisa de
uma válvula de escape e foi mais uma vez a seleção brasileira de futebol quem
se prestou para isso. Felipão montou um time que chamou de família, também
conhecida nas rodas de resenha como “panela” – um grupo fechado que diz e faz o
que quer onde o treinador é um simples entregador de camisas.
Com esse grupo fechado e alguns
fora-de-série da estirpe de Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Adriano
e tantos outros, Felipão se limitou a informar como jogava o time adversário e
os “filhotes” resolviam a parada dentro de campo.
Hoje a história é outra. O que se
torna imprescindível não é apenas a mudança na seleção que o Tite estará
comandando. Passa por toda uma estrutura carcomida que se não for pelo menos
medicada, trará muita dificuldade para qualquer plano mínimo de trabalho no
longo prazo para o futebol brasileiro.
Entendo que Tite, que assinou o
manifesto de apoio à renúncia de Del Nero e a convocação de novas eleições para
a CBF, que tem um longo projeto de trabalho sério dentro de um time como o
Corinthians que lhe dá projeção internacional, não entraria para comandar a
seleção apenas com o simplório objetivo de classificação para a Copa do Mundo.
Óbvio que ele e seu staff pensam
mais à frente e querem carta branca não apenas para cuidar do time em si, mas aproveitar
o momento de fragilidade no comando da CBF para buscar um mínimo possível de realizar
através dessa oportunidade, uma mudança real no futebol brasileiro. Ele sabe o
quanto é importante esse momento para por em prática essa ideia.
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