Minha gente, povo meu, ontem a seleção brasileira conseguiu passar para as quartas de final da Copa do Mundo 2014.
Assistimos a um jogo muito difícil
devido às mexidas estranhas que Luiz Felipe Scolari fez na equipe. É que ele
não apenas trocou o Paulinho pelo Fernandinho. Não. Como sempre, ele mexe num
jogador e mexe em todo um setor.
Ontem ele colocou o Fernandinho e
aproveitou para trocar o posicionamento do Hulk e do Oscar. Com isso ele mexeu
nas duas alas. Há muito que a seleção vem jogando com Hulk e Daniel fazendo o
lado direito e Oscar e Marcelo fazendo o lado esquerdo. Com isso, Neymar tem
mais liberdade de jogar por qualquer setor sem a necessidade de marcar mais
forte, até porque, sempre que ele assim tentar fazer, o faz muito mal.
Esperava-se que com a entrada do
Fernandinho, o time ganhasse uma melhor saída de bola e uma chegada à frente
mais consciente. Porém, com as mexidas realizadas pelo Luiz Felipe, houve um
desentrosamento Hulk/Marcelo e Oscar/Daniel, prejudicando assim o trabalho que
seria realizado pelo volante, face à instabilidade nos setores.
Como que “prá não dar o braço a
torcer”, já que todos vêm pedindo a substituição do Paulinho (que nunca esteve
tão “falante” quanto ontem), no segundo tempo do jogo ele desfez a mudança
Hulk/Oscar, mas tirou o Fernandinho e pôs o pupilo Ramirez, uma aposta pessoal.
Com Neymar “baleado” pela entrada
dura e desleal do chileno, o time sentiu falta de um organizador de jogadas; mais
uma “perola” do treinador, colocou o Willian em campo. Ele erra e os jogadores
são os culpados por não conseguirem fazer o que ele pede e muda a todo o
instante. E não adianta dizer que jogador de seleção tem que estar pronto prá
isso. Não. É de conhecimento comum que futebol é também habilidade para
realizar o que foi programado, esquematizado. Mas para que a habilidade seja posta
na sua melhor forma, é necessário muita repetição. Por isso que os trabalhos técnico-táticos
vão até o ponto da exaustão, para que o jogador realize a jogada sem ter que
pensar, automaticamente.
Você vai dizer que do outro lado
tinha um time também querendo vencer, passar de fase, e muito bom. Concordo. É verdade.
Mas o time do Brasil é muito melhor, o técnico é que está atrapalhando. E o
pior, pela qualidade dos jogadores, pode até ser campeão.
Como estamos escutando a todo instante
durante as transmissões dos jogos: esse foi o melhor time do Chile em Copas do
Mundo. Como também se fala que a Colômbia nunca passou das oitavas e agora está
numa campanha memorável com 100% de aproveitamento, ataque mais positivo,
defesa menos vasada e com o artilheiro do torneio. Mas, no individual, o time
brasileiro é superior. Se temos divergências no conjunto, sobra qualidade no
individual.
Duas grandes dificuldades deixam
nuvens carregadas para a próxima partida, contra a Colômbia, sexta-feira, às
17:00 horas, na Arena Castelão, em Fortaleza/CE: a suspensão de Luiz Gustavo, e
a possibilidade de Neymar não se recuperar a tempo da contusão que sente na
coxa direita.
O primeiro pela regularidade e segura
proteção que dá à defesa. O segundo, por ser não apenas o melhor jogador do
time como também da Copa e que com certeza, fará uma enorme falta caso não
possa participar do jogo.
Sei que está se perguntando sobre
quais os possíveis substitutos para os dois. Para o lugar o Luiz Gustavo, é
provável que Luiz Felipe coloque seu protegido Ramirez ou faça retornar o
Paulinho, recuando mais o Fernandinho.
Para o lugar do Neymar é que a
coisa fica mais difícil. Mas, ele poderia colocar o Willian e trazer o Hulk para
jogar mais junto do Fred. Com o Oscar fazendo o lado esquerdo e o Willian o
direito no ataque. Ambos trocando de posições na saída rápida para o ataque. O time
ganharia em velocidade. Porém os volantes teriam que “ficar” mais, só sair “na
boa”.
Como também, poderia utilizar a
velocidade do Bernard pelo lado direito, com o Daniel ficando mais preso, ou
entrando o Maicon para melhorar na marcação. E nesse caso o Hulk ficaria mais
solto para se movimentar mais em campo.
A dificuldade é que Luiz Felipe
sempre troca de jogador, mas quer continuar com a mesma forma de atuação da
equipe. Como se cada jogador não tivesse uma maneira própria de jogar. Isso deixa
o atleta preso, travado, preocupado em não errar e em fazer o que o outro a
quem está substituindo faria. E alguém para fazer o que faz o Neymar, não vai
encontrar nesse, nem em nenhum outro time.
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