Aplausos para a Federação |
A Federação Sergipana de Futebol através de uma comissão
capitaneada pelo vice-presidente Milton Dantas, esteve realizando vistorias em
estádio que poderão vir a ser sede de equipes que se disponham a participar da
segundona 2013.
Ainda não consta no regulamento até porque não foi realizado
o arbitral, mas por determinação do presidente Carivaldo Souza, assim como para
a primeira divisão deste ano, estão sendo exigidos para as praças-sedes
estádios com iluminação, bons gramados, bons equipamentos para os profissionais
que lá forem trabalhar, e um mínimo de conforto e segurança para o torcedor.
Como sempre, começou a chiadeira daqueles que querem
participar da festa da segundona apenas para dar uma satisfação para uma
pequena torcida, para angariar benefícios políticos ou simplesmente para por
jogadores vinculados na vitrine.
Esses personagens não estão interessados no verdadeiro
crescimento do futebol sergipano como um todo. Para eles, basta que o
campeonato lhes dê a condição de atingir seus mesquinhos objetivos.
Não aceitamos essa torpe visão do esporte de massa que
arrasta milhões de pessoas aos estádios. Que é uma verdadeira paixão para o
sofrido povo.
Tem que se ter o devido respeito para com pessoas que
dedicam suas vidas consumindo e vivendo das alegrias proporcionadas por seus
clubes do coração.
Querendo realmente o soerguimento do futebol sergipano, tem
que erradicar do meio esses predadores que usam o esporte bretão sem dar o retorno
necessário para seu crescimento.
Para crescer, evoluir no cenário nacional é preciso
organização, planejamento, formação de uma estrutura político-financeira, fortalecimento
das categorias de base através de investimentos, formação de elencos
compatíveis com os eventos que se vai disputar na busca constante de atingir as
primeiras colocações, destaque.
Para montar bons e caros elencos, torna-se necessária uma
infra-estrutura interna do clube. Mas também é de suma importância a qualidade
do estádio aonde esse elenco vai se apresentar. Bons e caros jogadores não vêm participar de
campeonatos onde os gramados não lhes permitam desenvolver o melhor do seu
futebol. E por uma equação simples: não tendo condições de jogar em alto nível,
esses jogadores perdem mercado. Com isso nem eles nem seu empresários aceitam
vir.
Se não disputamos grandes eventos patrocinados pela CBF pela
baixa qualidade dos nossos elencos, o torcedor não se sente motivado a ir ao
estádio ver jogadores medíocres. Não temos boas arrecadações, não temos
motivação, não temos bom futebol.
Então o que queremos? Continuar a servir de campo de
exposição para jogadores de baixa qualidade técnica? Continuar a ser mediana
vitrine para os supostos empresários continuarem a enganar seus pupilos? Continuar
com o rodízio interno de alguns peladeiros sem mercado?
Vamos ficar reclamando sem tomar uma atitude concreta para
acabar com isso, ou vamos continuar dizendo que queremos e devemos mudar, mantendo
a péssima situação instalada?
É mais que hora de mudarmos para melhor. E para isso,
precisamos começar cobrando qualidade para que os nossos estádios dêem o mínimo
de conforto para o torcedor, para os profissionais do futebol; sejam eles jogadores,
comissões técnicas, árbitros, imprensa esportiva; com melhores gramados, melhor
iluminação, melhores vestiários, melhor sistema de transporte, melhor plano de
segurança.
Para tanto, se faz necessária a quebra do paradigma que diz
que do jeito que está vem servindo até hoje e que, portanto, não deve mudar. Deve
mudar sim. É um processo doloroso, mas única opção real de sucesso.
Será através dessas exigências, que as chamadas autoridades,
começarão a buscar formas de realizar as obras necessárias para dar ao povo de
cada município, os equipamentos de que seus concidadãos tanto almejam para ter
uma opção de lazer e entretenimento para si e para seus filhos. Enquanto permanecermos
aceitando como está para uma “ação futura”, sem a pressão, sem a cobrança, sem
a participação nos eventos esportivos, nunca sairemos desse nefasto patamar de
futebol “sem-categoria”. As gerações vindouras nos cobrarão fortemente pela
omissão de hoje.
A Federação não deve esperar o time subir para a primeira
divisão para exigir o que ele não teve para dar na segundona. Se for necessário
ou interessante para alguém, que se forme a terceira divisão, com o fito de
ajudar aos amadores de hoje avançarem para uma divisão realmente profissional. Então,
teríamos uma terceirona semi-amadora fornecendo jovens promessas para a
segundona, uma segundona preparando o clube para a elite, e uma elite de
respeito no cenário esportivo nacional. Algo meio sociológico. Tipo a
periferia, a média e a elite social. Uma puxando o crescimento da outra.