quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A Seleção da A2

Como durante todo o ano esportivo de 2011, a Equipe Aperipê de Esportes fez tudo com seriedade. Mas, com a leveza daqueles que sabem o limite entre o profissional e o amador. Brincou, interagiu com todos, sorriu. No entanto, manteve-se atenta ao que estava acontecendo de bom, e o que não era do bem.

Foi assim que viu a firmeza de comando no Sete de Junho, a vacilante participação do Lagarto, a inteligência tática no Laranjeiras, subida e a derrocada Neópolis, a torcida para o acesso do Gloriense.

Com base nessa forma inteligente de fazer rádio esportivo, teve a tranqüilidade para escolher e apresentar os melhores da série A2 do campeonato sergipano de futebol profissional/2011.

Goleiro – Léo Murici, do Sete de Junho
Ala direita – Carlinhos, do Neópolis
Zagueiro pela direita – Romão, do Sete de junho
Zagueiro pela esquerda – Cláudio Baiano, do Lagarto
Ala esquerda – Warlley, do Sete de Junho
Primeiro volante – Gil, do Neópolis
Segundo volante – Jair, do Laranjeiras
Meia pela direita – Clóvis, do Sete de Junho
Meia pela esquerda – Junior, do Neópolis
Primeiro atacante – Rael, do Neópolis
Segundo atacante – Nivaldo, do Sete de Junho

Técnico – Paulo de Freitas, do Laranjeiras
Árbitro: Cláudio Francisco Lima e Silva
Assistente 1 – Cleriston Clay Barreto Rios
Assistente 2 – Ivaney Alves Lima
Assessor de arbitragem: Lenilton Guedes

Se enxergue

Aê gente boa da imprensa! Quero falar de um assunto que sei que ninguém gosta. É o seguinte: vamos parar com essa estória de alfinetar quem não comunga com o mesmo pensamento. Que estória é essa? Então, porque não penso de maneira idêntica ao meu colega, estou errado? Temos que pensar todos da mesma maneira? Devo jogar no lixo meus valores individuais só porque você os acha contrários aos seus? E os meus e os seus direitos onde ficam?

A gente tem mania (tô escrevendo na linguagem corrente prá que todos entendam melhor) de falar em direitos iguais, democracia, respeito, fraternidade, e outros tantos adjetivos, sem conhecer o real sentido. Então, tudo fica da boca prá fora. Quando chega na hora da verdade, fica com raivinha de quem pensa diferente. Ai a gente passa a criticar e a achincalhar o pobre mortal que fala ou escreve diferente.

Dá um tempo ô! Eu tenho direito e dever de ser o que sou e assim me expressar. Você tem direito e dever de ser como sente e assim se expressar, se tiver coragem de encarar a si mesmo.....

E sabe porque tô na bronca assim? Porque estou cansado de ler e ouvir colegas baixando a madeira em outros (e em mim) porque não estão de acordo sobre atos da presidência da Federação, qualidade do campeonato da série A2, formação das equipes para 2012, Comissão de Arbitragem e suas escalas, elogios aos grandes trabalhos de alguns árbitros, torcer por times da segundona, declarar quem vai vencer ou perder determinado jogo, aplaudir a nova postura da tv Sergipe para com o nosso futebol, elogiar a exposição do Confiança, criticar o “mineirísmo” do Sergipe, e assim por diante.

Veja o caso da série A2, a que chamamos de “empolgante”. Estamos vendendo o produto futebol. Se procuro por compradores para esse produto, tenho que mostrá-lo como atraente. Isso não significa enganar o comprador. Eu-vendedor e ele-comprador sabemos que é produto de segunda (divisão). Mas mostro prá ele que se vendo bem esse produto, vou atrair compradores-ouvintes. E esse é meu objetivo. E o dele.

Quanto ao elogio à forte exposição por que passa a marca Confiança. Qual o torcedor do Dragão do Bairro Industrial que não está orgulhoso do seu clube? Mesmo sem nenhum jogo, ou até time formado. E o Itabaiana vendendo o CT? Alguém ai ainda questiona sobre a Vila Olímpica? Há quanto tempo não saía uma única imagem do futebol profissional na tv Sergipe? Agora, até gols. É uma nova postura – não importa o porquê, não entro em briga de cachorro grande.

E quanto a torcer por um dos times da segundona? Não fica interessante o torcedor discutir de-igual-prá-igual conosco? Ele sabe que aquilo é só farofa. Que não somos do seu município. Mas que fica gostoso fica.

Alguém não concorda com isso? Ótimo. Faça diferente. Mas faça alguma coisa para ajudar a promover o nosso ( sim, nosso!) produto. Alguém já perdeu comercial porque o patrocinador ouviu a emissora e não quis ligar sua marca a um esporte tão criticado? Já. Já sim.

Então. Você que escreve (jornal, blog, twitter, face, etc.), você que fala (rádio AM, FM, comercial, comunitária, internet, etc), te convido a fazer um pacto. Um pacto pelo bem de todos. Vamos parar de futucar os outros porque não diz ou escreve o que achamos. Todos têm opiniões. Vamos deixar para o torcedor escolher. Tem espaço para todos. Até porque, lemos e ouvimos uns aos outros. Vamos então fazer cada um do seu jeito e depois, confraternizar, se reunir para trocar figurinhas, vivenciar cada momento junto de amigos que curtem a “mesma cachaça” chamada futebol. Porque no final da vida, vale o que você fez e junto de quem você viveu.

Agora, se você não estiver bem consigo mesmo, tem que procurar ajuda. Se tudo está sendo motivo para criticas ácidas, respire fundo e olhe um pouco mais ao seu redor. Pode ser que esteja perdendo grandes oportunidades para estar feliz, levar numa boa, pegar mais leve, sorrir mais. Té mais!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Dor e Alegria



Adeus Doutor


Falar sobre Sócrates é até muito fácil prá quem sempre acreditou que jogador também é cidadão e que como tal, tem que pensar para agir dentro e fora do gramado. Não apenas porque Sócrates conseguiu ser “doutor”, era formado em medicina, ortopedia, mas sobre tudo porque como jogador tinha postura de livre pensador, tinha opinião, exercia o papel de homem politizado.

Desde os tempos em que vestia a camisa tricolor do Botafogo de Ribeirão Preto, Sócrates já demonstrava que tinha idéias próprias sobre o seu papel social. No Corinthians, exerceu esse papel com a dignidade de quem sabia que cabe a cada um fazer sua parte na construção de um mundo conscientemente melhor.

Nunca foi afeito aos holofotes por vaidade. Utilizava o poder dos mesmos para transformar, transigir as regras impostas, para iluminar mentes, consciências, e não contas bancárias. A hoje elogiada democracia corintiana foi motivo de muitas lutas e acaloradas discussões. Sob sua liderança, o grupo de jogadores obteve vitórias. Mas muitos ficaram pelo perigoso caminho de enfrentar os poderosos dirigentes da época.

Sócrates Botafogo de Ribeirão Preto. Sócrates Corinthians. Sócrates Seleção Brasileira. Sócrates Médico. Sócrates Comentarista. Sócrates. Sempre uma voz firme, segura. Emoldurando um raciocínio rápido e lúcido, de um ser humano que não se conformou em apenas ser mais um “grande jogador”. Mas acima de tudo, um grande e honrado Homem de Bem.



Gáááááááálôôôôôôôôô!!!!


Deu Sete de Junho, o galo do rio real, no campeonato sergipano da série A2. Com uma vitória indiscutível, o time alvirrubro de Tobias Barreto venceu o Laranjeiras por 2 a 0, e o capitão Éri levantou a taça Fernando França – aliás, uma justa homenagem. A festeira torcida galense explodiu de alegria nas arquibancadas do Brejeirão, aos gritos de É! Campeãããão!

Com apenas duas derrotas no campeonato (uma na primeira fase e outra na segunda), marcando 29 gols e sofrendo 13 (a melhor defesa), vencendo 10 e empatando 4 das 16 partidas disputadas, o Sete de Junho fez uma campanha bem ao gosto do seu treinador, o consagrado Luiz Pondé: forte na defesa, veloz no contra ataque, com um meio campo pegador e bastante consciente do momento certo de nocautear seu adversário.

Demonstrou tudo isso no jogo final. Marcando o Laranjeiras na saída de bola, o Sete não dava tempo para o adversário encaixar o jogo. Com isso, marcou seus gols através de Tito e Nivaldo, dominou toda a partida, não dando espaço para a conhecida movimentação do time dirigido pelo inteligente Paulo de Freitas. A classificação garantida fez muito bem aos jogadores do Galo. No final do segundo tempo, dada à facilidade com que o Sete envolvia o time tricolor laranjeirense, a torcida ensaiou um olé nas arquibancadas.

O Vice. Em Lagarto, o técnico Nadélio Rocha foi até humilde, ao aceitar colocar no ataque esmeraldino a dupla de atacantes pedida pela torcida e por parte da imprensa: Cristiano Alagoano e Everton Felipe. E para o bem de todos e felicidade geral dos torcedores alviverdes, o time conseguiu uma grande vitória, numa virada sensacional sobre o Neópolis, por 2 a 1.

Rael, o artilheiro do campeonato com 12 gols, marcou para o Neópolis, enquanto Everton Felipe e Lelê marcaram para o Lagarto. Num jogo difícil, onde o Canarinho do Velho Chico apostou na estrela de Ribeiro Neto para buscar o milagre da classificação, a vitória deu ao Lagarto o direito de disputar a primeira divisão do campeonato sergipano de 2012.

E assim foi a ultima rodada decisiva da série A2 de 2011. Um campeonato que vai ficar prá sempre na memória dos torcedores e de todos aqueles que tiveram o privilégio de dele participar. Um campeonato empolgante desde as primeiras rodadas. E assim permanecendo durante todas as 16. Com um quadrangular que manteve todos os participantes motivados pela oportunidade de conseguir o acesso, em todas as rodadas, até a ultima, nos seus últimos minutos.

Campeão e vice-campeão, Sete de Junho e Lagarto não terão muito tempo para descansar. Nem mesmo para respirar. Como times montados com jogadores de outros que estarão disputando a primeira divisão, ambos terão que contratar desde uma comissão técnica, a um time completo de jogadores. Tarefa árdua para quem sai de um campeonato, ganha o acesso, teve de “incentivar” financeiramente os vencedores, e agora tem que ter recursos para contratar novos componentes e formar uma nova equipe.

Muita coisa ainda vai ser escrita e dita sobre o campeonato que termina. Novidades pipocavam a cada rodada e nas finais do quadrangular então, foi uma festa. Nesse momento de alegria para os municípios de Tobias Barreto e Lagarto, com seus campeões, vão daqui os parabéns a todos que direta ou indiretamente participaram, prestigiaram, se envolveram e tornaram realidade um projeto saído das cabeças dos dirigentes, para a alegria desse esporte que a todos contagia - o futebol.

Parabéns aos torcedores, aos dirigentes das equipes participantes, à Federação Sergipana de Futebol com sua Comissão de Arbitragem e seu Tribunal de Justiça, e principalmente, às equipes esportivas das rádios, televisões e jornais que com muito sacrifício, conseguiram levar a todos os recantos as emoções proporcionadas pelas partidas disputadas. Vamos agora esperar e torcer, para que o campeonato sergipano da divisão especial de 2012, seja tão empolgante quanto esse da série A2 que terminou.



Corinthians é penta


Foi sofrido. Mas o Corinthians conseguiu o título de campeão brasileiro de 2011 – um penta campeonato. Quem acreditou que o Palmeiras iria fazer uma partida de final de ano, enganou-se. O Porco entrou disputando todos os lances, com o empenho de quem estava buscando classificação para algum importante torneio internacional. Foi muito mais perigoso que o Timão, que tentava o título.

No final, com o empate (e mesmo se perdesse, devido ao empate entre Vasco e Flamengo), a torcida corintiana soltou o grito de guerra, de desabafo, de campeão. Um título justo para o time mais regular do campeonato. Ressalte-se a boa campanha do Vasco, que também fez um bonito campeonato. O Brasil é coberto de preto e branco, com a bandeira do Corinthians Campeão!


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Aja água


Único caminho


Acontece nesse sábado a ultima rodada do empolgante campeonato sergipano da série A2 de 2011. Uma rodada onde apenas o Sete de Junho de Tobias Barreto, está com acesso garantido para a divisão especial de 2012. Laranjeiras, Lagarto e Neópolis, nessa ordem, lutam pela segunda vaga.

E como na semana passada, coube ao Laranjeiras ser o cutucado, outra tentativa de desestabilizar a equipe comanda por Paulo de Freitas. Dessa feita, surge do nada esportivo a figura do presidente do Penedense, denunciando que um atleta laranjeirense tem contrato até 2012 com seu clube, e está regularizado para jogar a fase final da série A2 sergipana.

Se o objetivo foi atingido só vai se sabe após o apito final dos árbitros. Até porque, na semana passada, o tiro saiu pela culatra e o Neópolis pagou o pato. O certo é que para o Neópolis só tem um caminho: vencer o Lagarto e torcer ou ajudar para que o Laranjeiras não vença o Sete de Junho. Vamos esperar prá ver.


Mais coerente

Comissão de arbitragem da Federação Sergipana de Futebol escalou Jonaldo Alves Simões e Cláudio Francisco Lima e Silva para comandarem a rodada final da série A2. Jonaldo apita em Tobias Barreto. Um jogo importante. Porém com apenas uma das equipes lutando verdadeiramente para conseguir o acesso – Laranjeiras, e que precisa da vitória. A outra equipe – Sete de Junho, já está classificada e se vier o título de campeão melhor, mas o importante mesmo foi garantir o acesso.

O mesmo não se pode dizer para a partida entre Lagarto e Neópolis, que será comandada por Cláudio Francisco – que vem se saindo muito bem no campeonato brasileiro, onde ambas as equipes precisam da vitória e de um tropeço do Laranjeiras.

Lagarto vencendo vai prá nove pontos e basta que o Laranjeiras que tem sete, empate com o Sete de Junho para ficar com a segunda vaga e o vice campeonato. Com cinco pontos e só podendo chegar a 8, o Neópolis que tem que vencer e o Laranjeiras perder.

Tai a coerência da Comissão. Para o jogo de um time só – Laranjeiras, Jonaldo Simões. Para um jogo entre desesperados, um árbitro experiente e em bom momento, Cláudio Francisco. Fica o registro.



Né não

Pode parecer que há má vontade com a diretoria do Sergipe, por criticas feitas à forma como essa diretoria está trabalhando para o campeonato que se aproxima. Mas a verdade é que para quem precisa empolgar sua torcida, o marketing está reverso. Ficar enrolando o torcedor sem informar o que está sendo realizado, utilizando-se de evasivas e pretensos factóides, com certeza não vai motivar. Mas não vai mesmo.

Mais provável é um alto nível de cobrança sobre a diretoria, a comissão técnica e o grupo de jogadores, assim que os resultados não saiam de acordo com o desejado. Tudo porque o torcedor vai estar é muito desconfiado. E gato escaldado tem medo de água fria.

Sidrack Marinho, Beto Hora, Ramon Barbosa e Genisson Silva têm credibilidade junto ao torcedor. Porém uma coisa é quem sabe realmente o que está se passando. Outra coisa é quem está na arquibancada louco por vitórias e títulos. São coisas bem diferentes.

Os quatro citados, mais outros que não se mostram tanto, têm trabalhado e têm capacidade de realizar uma excelente campanha, e devolver ao clube as glórias tanto almejadas pela grande nação rubra. Mas precisa mostrar mais. Muito mais. E fiquem certos: má vontade? Né não!


Tem que ser

Corinthians ou Vasco leva o título e a taça de campeão brasileiro de 2011. Não tem prá onde correr. Tem que ser resolvido tudo no próximo domingo, a partir das 16 horas – Sergipe.

Dois clássicos vão dar o tom da decisão. No Rio, Vasco x Flamengo. Para o Vasco, só a vitória para ficar com o título, mesmo dependendo de um tropeço do Timão. Flamengo não pode perder, para não correr o risco de ficar fora do grupo da Libertadores.

Em São Paulo, Corinthians x Palmeiras. Desde que o Vasco não vença, o Corinthians pode até perder que fica com o título. Para o Palmeiras, tanto faz.

Briga boa está lá embaixo, na zona do rebaixamento. Cruzeiro acusa o Bahia de fazer corpo mole para manter mais um nordestino – Ceará na série A. Time baiano retruca dizendo que precisa da vitória do Cruzeiro para chegar a zona da Sul-americana. Às 17:50h do domingo, o choro de alegria e de tristeza vai confirmar o campeão e os rebaixados.