quarta-feira, 30 de maio de 2012

Bom de ver, muito bom

Neymar comemora o primeiro gol do Brasil
Muito bom o jogo que a Seleção Brasileira realizou contra o bom time dos Estados Unidos.

É muito fácil dizer isso após uma vitória por 4 a 1.

Mas o placar não foi o grande nome do espetáculo. O verdadeiro espetáculo está na forma de jogar que a Seleção vem aplicando.

Com uma marcação firme e praticamente não deixando o time adversário sair jogando.

Alguns analistas com a má vontade de sempre, se deram ao direito de reclamar que houve lances irregulares em gols brasileiros.

Juninho Pernambucano convidado pelo Sportv, chegou a dizer após o Brasil fazer o seu quarto gol, que o placar era “um pouco exagerado” porque o time americano tinha atacado mais que o brasileiro.

E era verdade. Só que o Brasil foi muito mais eficiente que os Estados Unidos. Qual a culpa de Marcelo e Neymar passearem pelo lado esquerdo do violento time americano?

A grande mudança no time brasileiro está na postura, na forma de encarar os adversários com força e com vontade de fazer o placar. Marca a saída de bola e quando a retoma parte dali mesmo para o gol adversário.

Não mais recuamos bolas para a defesa quando estamos no ataque. Como fazíamos há até pouco tempo. 

Quem não lembra o time atacando pelo lado esquerdo, no bico da grande área adversária, e começava a tocar a bola para trás, chegando ao goleiro que tinha de recomeçar todo o plano de ataque.

Jogadores jovens, com vontade de jogar, humildes o bastante para se dedicarem à marcação na saída de bola do outro time, tomando a bola e saindo em velocidade e na direção do gol.

É assim que deve ser jogado o futebol. É assim que está jogando essa Seleção. Não é por que venceu as duas partidas que realizou nessa turnê de quatro jogos.

É porque além de estar jogando contra seleções que estão em preparação para uma grande competição, a Eurocopa, o Brasil vem mostrando que tem talentos jovens para realizar uma  grande participação nos Jogos Olímpicos.

As vitórias são bem vindas. Mas o vistoso futebol solidário apresentado pelo time brasileiro é que está deixando satisfeitos todos os que o tem assistido.

Uma nova ordem começa a ser implantada no futebol mundial. A ordem do futebol de marcação, mas com arte e prazer de jogar bola.

Sobre quais os jogadores que estão aproveitando a oportunidade de estar na Seleção. Anote aí: Rafael, Danilo, Thiago, Juan, Marcelo, Sandro, Romulo, Oscar - cérebro, Neymar. Damião está com problemas técnicos – não consegue dominar bem a bola; Hulk não tem o entrosamento, nem combina com a leveza técnica desse time; o Pato pode ser bastante útil, se  conseguir ficar longe das lesões. 

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Ô, mais respeito aê!

Com a vitória do Santos sobre o Vélez Sarsfield da Argentina, por 1 a 0 no tempo normal e por 4 a 2 nos pênaltis. Do Corinthians sobre o Vasco por 1 a 0, gol de Paulinho aos 42 do segundo tempo. O futebol brasileiro já é vice campeão da Copa Libertadores.

Infelizmente teve que ser assim. Dos quatro que estavam na disputa, dois teriam de sair. Saíram Vasco e Fluminense, os dois do Rio de Janeiro. Ficaram os dois de São Paulo e agora, são eles que irão decidir quem vai prá final.

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Mais uma vez o técnico Nadélio Rocha é escolhido como o melhor do futebol sergipano. Os clubes gastam os tubos para contratarem treinadores de fora e ao final do campeonato, Rocha pontifica como o melhor entre os melhores.

Por que não se dá prá ele a mesma chance que se dá aos que aqui chegam? Por que não se monta grande e qualificado elenco e coloca em suas mãos? Se ele consegue ser o melhor com equipes que apenas “dão pro gasto”, imagina se faz uma boa pré-temporada e tem condição de formar um grupo coeso e harmônico dentro de campo?  Parabéns ao grande Nadélio Rocha.

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Estão definidos os quatro semifinalistas da Copa do Brasil: São Paulo, Palmeiras, Coritiba e Grêmio. Grandes equipes que farão grandes jogos decisivos.

O Palmeiras começa a dizer prá que veio e seu técnico Luiz Felipe, consegue manter o bom nível do seu elenco a cada jogo.

No São Paulo, o desgastado Emerson Leão conseguiu recuperar o ala esquerdo Cortez, e está conseguindo também melhor utilizar o bom Lucas, bem como o meia Jadson, bem coadjuvado por Luiz Fabiano.

Vanderley Luxemburgo mudou de postura no Grêmio. Diferente do apenas teórico estrategista do Flamengo, com um elenco um pouco melhor, está fazendo o time do Grêmio surpreender na Copa.

Assim como no ano passado, mais uma vez o Coritiba faz bonito e chega às finais da Copa.

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Tremenda falta de respeito de Lagarto e São Domingos. Todos tinham conhecimento da realização da Copa Governo do Estado. Todos se comprometeram a participar. Até porque tudo já estava definido no próprio regulamento do campeonato.

Não importa se é copa essa ou aquela. Se todos cobram que o futebol seja tratado como profissional; se todos cobram que se tenha um mínimo de planejamento; se todos cobram que sejam realizadas competições que mantenham as equipes atuando; se todos cobram os patrocínios que ajudem nas despesas; se é um evento oficial da Federação Sergipana de Futebol; como podem simplesmente avisar que não vão participar?

Não se pode fazer nada sem um mínimo de planejamento. E planejamento é ou deve ser feito para toda uma temporada. Como pode no meio da mesma, apenas avisar que “assim eu não brinco mais”?

Pode-se até alegar que tem dividas do campeonato que não foram pagas; pode-se alegar que é um torneio curto para uma despesa superior à possibilidade de captação de recursos; só não pode esquecer que essa Copa é basicamente o filé do campeonato.

Exceto o campeão do Estado, que vai disputar a série D do campeonato brasileiro, os 6 melhores são os convidados. Seriam grandes jogos, se os clubes mantivessem seus elencos.

Mas como sempre, fala-se uma coisa e faz-se outra. Os mesmo dirigentes que cobram calendário definido, competições para seus clubes, manutenção de elenco, e todos os blás blás mais; não cumprem o acordado e simplesmente decidem unilateralmente não participar. Pronto. Simples assim.

E como fica Federação, os demais clubes, o Patrocinador, o torcedor, a imprensa esportiva, os vendedores, o pessoal da arbitragem, todos os que se programaram para realização a Copa? Deixam tudo prá lá também?

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Deu Triiiiiiiiiiicolor !!!!

A Nação Tricolor se fez presente e é a grande campeã

E a inhaca de cebola chegou aos narizes dos que não acreditaram no Itabaiana. A Nação Tricolor acreditou. Tanto que bateu todas as demais consideradas nações, como a Proletária e a Colorada, no quesito participação e incentivo.

O Tremendão da Serra ganhou o primeiro turno e arriscou esperar o campeão do segundo. Não se sabe se consciente.  Mas, estrategicamente, foi bom em todos os aspectos. Até uma possível desmotivação ou relaxamento foi posta a prova.

Porém ficou a lição de que pensando frio, planejando e executando o decidido, pode-se obter ganhos financeiros e emocionais com uma final após cruzamentos olímpicos. As duas partidas finais foram super motivadas. Bom que se diga que os deuses abençoaram o campeonato, quando ficaram na disputa duas das maiores forças do futebol sergipano.

Talvez não fosse a final tão motivada, se um dos finalistas tivesse que disputar com equipe de menor porte. Como aconteceu em São Paulo, onde o título foi decido entre Santos e Guarani.

O que vale agora é o torcedor tricolor soltar o grito de “é Campeãããããão!” da garganta e comemorar prá valer. Após sete anos, foi um título prá ficar prá história dessa valorosa equipe.

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Técnicos e dirigente têm que começar a pensar seriamente nesse fenômeno que vem ocorrendo no futebol brasileiro. A decisão em São Paulo, em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul, onde uma equipe chamada “grande” decidiu o título com uma “pequena”.

O que levou o Guarani a decidir o título com o Santos? E o Caxias, com o Internacional? O América, com o Atlético? Deixando grandes equipes de fora da disputa, causando um enorme prejuízo financeiro?

O argumento de que os pequenos também têm que vencer prá crescer, não cabe no mundo corporativo, dos grandes negócios, onde a potencialização do lucro é a meta para todos. Não se pode pensar o negócio futebol com o pensamento rasteiro de um ex-presidente José Sarney, que resolveu nivelar todos por baixo e inventou uma tal correção salarial, onde quem ganhava menos tinha uma correção maior do que quem ganhava mais.  Quem teve a infelicidade de viver nesse período, sabe bem no que deu essa burrice. Até carne sumiu das prateleiras dos supermercados, e para comprá-la tinha que ser às escondidas, como algo proibido.

Uma das hipóteses a ser discutida passa pelo entrosamento dessas pequenas equipes. Por poderem sair contratando ao bel prazer do técnico, seja pela falta de recursos e até porque não atraem grandes nomes, focam em jogadores que se destacam na região e com isso, além do entrosamento, há a grande vontade desses jogadores de mostrarem serviço na busca de melhores contratos.

Claro que nesse pequeno espaço, não dá para se discutir a fundo esse um assunto. Mas fica plantada a semente do questionamento. Por que o São Domingos é tão forte? E o River Plate? O Socorrense? Até o próprio Itabaiana, que foi o grande campeão, tem vários desses bons jogadores regionais no seu elenco. Mas no papel e mesmo em campo, foi o Confiança, onde  poucos jogadores são “regionais”, quem fez a melhor campanha, mas não levou. O que faltou?

Quem assistiu às duas partidas da final, viu que o Tricolor foi outro time após a expulsão do seu briguento técnico na primeira partida, no Médici. Substituído pelo “regional” Ferreira e dentro de campo, comandado pelos também “regionais” Valdson, Mazinho e Everton, o Itabaiana meteu 3 a 1. Durante a partida final, quando o Confiança vencia por 1 a 0, que dava o título ao tricolor, o comentarista Reginaldo Gouveia, da Cultura/Cooperase, chegou a afirmar ter visto Valdson pedindo calma ao seu agitado técnico. Vamos pensar no assunto?

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Seria irônico se não fosse trágico. O troféu do campeonato sergipano de 2012 recebeu o nome de Reinaldo Moura, nada mais nada menos, que o atual “homem forte” do Club Sportivo Sergipe. Seria por demais irônico se o Confiança tivesse levantado o campeonato, e para suas prateleiras fosse um troféu em homenagem a um grande colorado. Claro que ao ser entrevistado, Reinaldo lembrou que seu nome fora aprovado por unanimidade pelos dirigentes dos clubes. Gentil esse Reinaldo. Mas que seria estanho, ah! Isso seria.


quarta-feira, 16 de maio de 2012

Vantagem Tricolor



Todo grande jogo, tem muita emoção. Imagina agora, sair perdendo no primeiro tempo e virar o jogo prá 3 a 1 nos quarenta e cinco minutos finais. Foi o que aconteceu na noite dessa quarta no estádio presidente Médici, em Itabaiana.

Num chutão e na falha do goleiro tricolor, o Confiança saiu na frente aos quarenta e três do tempo inicial. Aos cinco do segundo, saiu o gol do empate e o jogo entrou num compasso de espera. Um time com medo do outro.

Ai os deuses do futebol resolveram interferir e deram uma mãozinha. Numa coisa absurda para um espetáculo esportivo, os dois comandantes-técnicos entraram em rota de colisão e terminaram expulsos do campo de jogo. Para piorar, só não foram às vias de fato devido à pronta ação policial, que os separaram.

Era o que o Itabaiana precisava para virar o jogo. Com a saída do técnico, coube ao auxiliar-técnico Ferreira assumir o comando da equipe, e o fez de maneira magistral. O resultado é que o Tricolor da Serra fez três a um, e vai com uma bela vantagem para a partida final no Batistão, onde joga sempre melhor que no Médici.

Dessa vez, o Confiança não teve a proteção divina que o acompanhou durante todo o segundo turno, quando jogou pouco, mas venceu e conseguiu o título de campeão da Taça Estado de Sergipe. No período em que ficou de fora da disputa, no cruzamento olímpico, o Itabaiana rezou com mais fervor e trouxe a simpatia dos deuses pro seu lado. Apesar de Celso Teixeira.

Próximo domingo tem outra decisão no Maior de Sergipe. Às 16:00 horas, nesse jogo de dois tempos de noventa, o Itabaiana venceu o primeiro por 3 a 1 e começará o segundo com a vantagem de se perder por 2 a 0, levar a decisão para tiros livre diretos da marca do pênalti.

Uma vantagem que fará o torcedor tricolor descer a Serra e invadir Aracaju a caminho do estádio Lourival Batista, com a esperança de retornar Campeão do Estado após os noventa minutos.

Por outro lado, a valorosa torcida proletária vai lotar o lado direito das cabines de rádio, e lutar junto com seu time todos os minutos, dessa que será mais uma partida memorável, desse campeonato que chega ao seu final com grande credito junto ao publico esportivo.

Todos os caminhos levam para o Batistão nesse domingo de futebol. Tricolores e proletários deverão realizar uma grande festa, para fechar com chave de ouro uma das melhores disputas de campeonato sergipano dos últimos tempos.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Ficou prá domingo



O duelo entre São Domingos e Confiança terminou igual, no alçapão do Coelho do Agreste, o estádio Arnaldo Pereira (de péssima recordação para narradores e comentaristas que ali  vão trabalhar).

Ficou para o Dia das Mães, próximo domingo, às 17:00 horas, no Batistão, a partida decisiva da Taça Estado de Sergipe, que definirá qual dos dois vai para a disputa com o Itabaiana, pelo título de campeão estadual sergipano de 2012.

Numa partida nervosa, apitada pelo excelente Cláudio Francisco, o  melhor ataque do campeonato, São Domingos, com 41 gols (14 a mais que o segundo lugar, o do Confiança), contra a melhor defesa, a do Confiança, 10 gols (13 a menos que a do São Domingos – 6ª melhor), o Dragão ficou na vantagem.

A vantagem de jogar num bom campo e sob o incentivo da sua vibrante torcida. Por mais que a Prefeitura de São Domingos coloque alguns ônibus à disposição da torcida do Coelho, ela será facilmente “engolida” pela nação azul e branca.

Dentro de campo, com um novo empate, passará a valer o que reza no Regulamento do Campeonato no seu parágrafo 14 do artigo 6º, dizendo que a gorduchinha será colocada na marca da cal para a “cobrança de tiros livres diretos, tantos quantos se façam necessários, para que se possa conhecer o campeão”.

Com um melhor elenco, dando direito até ao seu comandante de poupar o Vaninho, para a segunda e decisiva partida, o Confiança, que estrategicamente vai realizar o pagamento mensal ainda esta semana, está mais inteiro que o seu adversário.

Porém, é bom lembrar que é Nadélio Rocha quem comanda o São Domingos. Com o time nas mãos e bom de decisão, o “Engana Coveiro”, como era chamado quando aprontava das suas dentro do gramado, se fazendo de “morto” e de repente, surpreendendo a todos com arrancadas e gols mortais, é sim um grande trunfo. Um perigoso e silencioso inimigo, que já mostrou serviço no próprio time proletário, quando levou o Dragão ao título em apenas duas partidas.

Todos os caminhos levam o torcedor e todo aquele que gosta do futebol ao colosso da praia no domingo. O campeonato chega às partidas finais e deixa saudade. Saudade de um Socorrense, sob o comando de Pedro Costa, que surpreendeu a todos. Saudade da heróica campanha do Sergipe, que andou namorando a descida para a segunda divisão, mas que com a chagada do mesmo Pedro Costa, ganhou força, determinação e união, e arrancou a fórceps a permanência na divisão especial.

Saudade de assistir o rebaixado Sete de Junho, que sob o comando do grande Luiz Pondé, foi um time que deu prazer de ver jogar. Taticamente definido, tecnicamente mediano, mas numa obediência ao perfil do seu técnico, que mesmo com a deficiência do seu ataque-perdedor-de-gols, deixava-nos satisfeito de assistir ao futebol jogado, bonito, vistoso, do Galo do Rio Real.

Saudade da qualidade técnica de um River Plate. Do estádio Fernando França. Das arruaças do presidente Ernando Rodrigues. Saudade do Itabaiana do primeiro turno, quando foi campeão. Saudade da ousadia de um Guarani, na figura do seu aguerrido técnico Rivaldo Gama Pimenta.

Só não vamos sentir saudade das cabines do estádio Arnaldão, um martírio para aqueles que escolheram a profissão de cronista esportivo e principalmente, o narrador e o comentarista.