O duelo entre São Domingos e
Confiança terminou igual, no alçapão do Coelho do Agreste, o estádio Arnaldo
Pereira (de péssima recordação para narradores e comentaristas que ali vão trabalhar).
Ficou para o Dia das Mães, próximo
domingo, às 17:00 horas, no Batistão, a partida decisiva da Taça Estado de Sergipe,
que definirá qual dos dois vai para a disputa com o Itabaiana, pelo título de
campeão estadual sergipano de 2012.
Numa partida nervosa, apitada
pelo excelente Cláudio Francisco, o
melhor ataque do campeonato, São Domingos, com 41 gols (14 a mais que o
segundo lugar, o do Confiança), contra a melhor defesa, a do Confiança, 10 gols
(13 a menos que a do São Domingos – 6ª melhor), o Dragão ficou na vantagem.
A vantagem de jogar num bom campo
e sob o incentivo da sua vibrante torcida. Por mais que a Prefeitura de São
Domingos coloque alguns ônibus à disposição da torcida do Coelho, ela será
facilmente “engolida” pela nação azul e branca.
Dentro de campo, com um novo
empate, passará a valer o que reza no Regulamento do Campeonato no seu parágrafo
14 do artigo 6º, dizendo que a gorduchinha será colocada na marca da cal para a
“cobrança de tiros livres diretos, tantos quantos se façam necessários, para
que se possa conhecer o campeão”.
Com um melhor elenco, dando direito
até ao seu comandante de poupar o Vaninho, para a segunda e decisiva partida, o
Confiança, que estrategicamente vai realizar o pagamento mensal ainda esta
semana, está mais inteiro que o seu adversário.
Porém, é bom lembrar que é Nadélio
Rocha quem comanda o São Domingos. Com o time nas mãos e bom de decisão, o “Engana
Coveiro”, como era chamado quando aprontava das suas dentro do gramado, se
fazendo de “morto” e de repente, surpreendendo a todos com arrancadas e gols mortais,
é sim um grande trunfo. Um perigoso e silencioso inimigo, que já mostrou
serviço no próprio time proletário, quando levou o Dragão ao título em apenas
duas partidas.
Todos os caminhos levam o torcedor
e todo aquele que gosta do futebol ao colosso da praia no domingo. O campeonato
chega às partidas finais e deixa saudade. Saudade de um Socorrense, sob o
comando de Pedro Costa, que surpreendeu a todos. Saudade da heróica campanha do
Sergipe, que andou namorando a descida para a segunda divisão, mas que com a
chagada do mesmo Pedro Costa, ganhou força, determinação e união, e arrancou a fórceps
a permanência na divisão especial.
Saudade de assistir o rebaixado
Sete de Junho, que sob o comando do grande Luiz Pondé, foi um time que deu
prazer de ver jogar. Taticamente definido, tecnicamente mediano, mas numa obediência
ao perfil do seu técnico, que mesmo com a deficiência do seu ataque-perdedor-de-gols,
deixava-nos satisfeito de assistir ao futebol jogado, bonito, vistoso, do Galo
do Rio Real.
Saudade da qualidade técnica de
um River Plate. Do estádio Fernando França. Das arruaças do presidente Ernando
Rodrigues. Saudade do Itabaiana do primeiro turno, quando foi campeão. Saudade
da ousadia de um Guarani, na figura do seu aguerrido técnico Rivaldo Gama
Pimenta.
Só não vamos sentir saudade das
cabines do estádio Arnaldão, um martírio para aqueles que escolheram a
profissão de cronista esportivo e principalmente, o narrador e o comentarista.
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