domingo, 27 de julho de 2014

Bom começo!



Foi bom o começo da jornada do Confiança neste campeonato brasileiro da série D. Recebeu o Porto de Caruaru, fez uma boa partida e saiu do presidente Médici com um empate, apesar de ter jogado bem mais que seu adversário.

Os números da partida e o resumo dos lances mais importantes mostram que foi o goleiro Hudson, do Porto, quem fez a diferença dentro de campo com defesas portentosas e inclusive, usando e abusando da famosa “cera” – também muito utilizada por outros atletas do time treinado por Elenilson Santos.

Além das grandes defesas do goleiro portense, foram os atacantes Leandro Kivel, Bibí, Jean, Everton, Tiago e até o cabeça de área Jailton que perderam as melhores oportunidades de transformar o empate em uma vitória convincente.

Quem assistiu ou ouviu a narração da partida, a de lembrar muito pouco das defesas do goleiro Everson do Dragão do Bairro Industrial. Mas com certeza que não se esquece das de Hudson, nem dos gols perdidos por Leandro e principalmente, por Jean, que perdeu embaixo das traves.

Foi a primeira partida. Numa tarde chuvosa com um gramado pesado, que para um time mais experiente que joga mais na bola que rola que na força física, faz uma grande diferença. E principalmente, se o time contrário for composto de garotos querendo mostrar serviço, ganhar um lugar ao sol no mundo seletivo e cruel do futebol, e de quebra, forem bem orientados por alguém que conheça muito bem o futebol sergipano.

O que se viu foi um jovem, veloz e brigador time do Porto bem comandado pelo já experiente e competente Mago da Bola, disputando cada palmo de grama como se fosse um prato de feijão com arroz e carne frita e com uma fome de doer; enquanto o time proletário mais acostumado a um suculento filé com fritas, disputava o mesmo pedaço de campo, sem o mesmo ímpeto, sem a mesma fome, mas com o controle territorial da partida.  

O técnico Betinho fez algumas substituições interessantes e seu time subiu de produção. Porém ainda falta muito ritmo para jogadores que como o Leandro Kivel, por exemplo, devem subir e muito de produção no decorrer do campeonato.

O Confiança deve técnica e taticamente melhorar bastante na próxima partida quando enfrenta o Vitória da Conquista. Quanto ao jogo ser ou não fora de casa, não é fator tão preponderante para uma equipe vitoriosa e experiente como é essa campeã estadual de há poucos meses.

Mais um pouco de trabalho, com a melhoria do ritmo e com a musculatura começando a responder mais rapidamente ao que a mente cria, esse time tem condições de alcançar o objetivo maior traçado pela diretoria e toda a torcida sergipana que é de obter uma vaga para a série C desse mesmo campeonato brasileiro.

Começa a ficar claro que Jailton deve se firmar na proteção da defesa e na saída de bola com mais qualidade; que Tiago deve receber mais oportunidades para ganhar maior entrosamento com o grupo, melhorando a distribuição da bola, e que o Jean mostra que veio para brigar seriamente por uma vaga no ataque. Uma boa dor de cabeça para o técnico Betinho.


terça-feira, 8 de julho de 2014

O erro foi dele



Foi dele.....
Fosse no UFC e o juiz teria dado por encerrado o confronto aos 28 minutos do primeiro tempo. Entre os 10 e os 28 minutos de jogo, a seleção da Alemanha fez 5 a 0 na seleção do Brasil. Nocaute técnico definitivo.


Mas não foi UFC, foi semifinal da Copa das Copas, a melhor copa que se assistiu até hoje. Onde tudo é exagerado: público, emoção, prorrogações, média de gols, goleadas, campeãs retornando mais cedo, e finalmente, a anfitriã sendo impiedosamente goleada por 7 a 1, com todo o respeito.

Foi sim. O time alemão respeitou e muito o time brasileiro e sua torcida. Em momento algum se viu os jogadores rubro-negros ensaiarem qualquer firula ou mesmo o humilhante olé. Se estava 5 a 0, eles continuaram jogando tão sério que o ótimo goleiro Neuer deu uma senhora bronca no seu grande capitão Hummels, quando esse vacilou e o Brasil ameaçou a sua meta.

Mas, o que ocorreu para o Brasil sofrer a mais vergonhosa derrota em copas do mundo e dentro de casa, em pleno Mineirão?

Os erros de sempre do seu comandante. O que, aliás, admitiu em entrevista logo após o jogo.
E as faltas de Tiago Silva e Neymar não contribuíram para o fraco desempenho da equipe verde-amarela?

Em parte. É claro que ambos fizeram falta. São dois jogadores diferenciados, acima da média e fariam falta a qualquer elenco em que estivessem participando.

Porém, foi na já conhecida forma de mexer no time do Luiz Felipe que a equipe mais sofreu.

Seria injusto imputar a total desarrumação do time em campo aos substitutos. Primeiro porque mesmo eles não jogando bem, o que poderia ocorrer era comprometer o setor de atuação, e não todo o grupo.

O que ocorreu foi que o Dante foi colocado no lugar do Tiago Silva e foi jogar pelo lado esquerdo, que é o lado em que David Luiz melhor atua. A todo o momento víamos os dois praticamente na mesma bola. O que quer dizer que havia buraco no outro setor do campo.

O Luiz Gustavo retornou à equipe e obviamente que foi jogar na posição que vinha atuando desde o inicio da copa. Só que Fernandinho jogou e bem na partida anterior na mesma posição e ambos também, assim como David e Dante, corriam pelo mesmo setor, o lado esquerdo do meio.

E outra vez, a inversão de posição de Hulk dessa vez com Bernard, jogando pelo lado esquerdo, quando está acostumado a jogar pelo direito, dificultou o ataque brasileiro.

O incrível é que somente no segundo tempo, após o intervalo, é que Luiz Felipe, que estava à beira do gramado fez o ajuste no time. Só que como sempre, ele trocou jogadores, deixando transparecer que foram eles, os atletas, que estavam errados.

Ora, bastava que ali na beirada, ele orientasse seus pupilos, mandando que Hulk fosse para o lado direito e Bernard para o esquerdo – que jogou muito mais no segundo tempo.

Bastava que deixasse o David Luiz pelo lado esquerdo da zaga e que o Dante passasse para o lado direito, como jogou no segundo tempo e a produção de ambos melhorou bastante.

Era só puxar Fernandinho para perto dele, lado direito defensivo do meio campo, e liberar o Luiz Gustavo na dele, pelo lado esquerdo.

Mas o que Luiz Felipe fez foi trocar Fernandinho por Paulinho, que passou a jogar pela direita. E Huilk por Ramirez, que também passou a ocupar o lado direito junto com Maicon e liberou Bernard para o lado esquerdo.

Com essas mexidas, que não precisava ser através da troca de jogadores, o time se encontrou melhor em campo e segurou mais o ímpeto alemão que devido os 5 a 0, jogava calma e tranquilamente.

A Alemanha fez mais 2 gols. Mas o Brasil além de fazer com que o Neuer trabalhasse e demonstrasse o porquê é considerado o melhor goleiro e quem sabe o melhor jogador da copa, fazendo belas e difíceis defesas, ainda teve a ousadia de fazer o chamado gol de honra, através de uma bela jogada de Oscar.

Como para mostrar que ver e ouve o que se fala sobre a seleção, quase no finzinho do segundo tempo, Luiz Felipe finalmente tirou o Fred do time e colocou o Willian, pedido por quase unanimidade da imprensa e da torcida. O que foi uma senhora maldade com o centroavante brasileiro que foi sonoramente vaiado na saída.

Dizer que o time é ruim, é dizer que o mundo vê o que nós não vemos quando paga muito caro para ter a grande maioria desses atletas em seus elencos milionários.

Dizer que todos chegarão à próxima copa na Rússia, também seria uma enorme bobagem porque no nosso futebol surgem talentos “quase todo dia”.

O que se deveria fazer é o que fez essa seleção alemã que a 6 anos vem trabalhando esse grupo, apenas incorporando novos talentos, à base formada.

Porém, está mais que na hora de se contratar um treinador com a cabeça mais arejada, que veja o futebol como um todo e com uma visão mais de futuro do nosso futebol e não de alguns jogadores ou dirigentes, como foi feito para essa que se despede no próximo sábado.

Não podemos ficar montando um time a cada amistoso fajuto que a CBF inventa para arrecadar fundo ou para atender pedidos de patrocinadores. Temos que entender que se quisermos um futebol respeitado e com grande retorno financeiro, temos que manter uma seleção vencedora, que esteja sempre entre os que decidem todos os torneios que participe.



sexta-feira, 4 de julho de 2014

Brasil sem Neymar


Doeu em todos nós


Eram 40 minutos do segundo tempo. Bola devolvida pela defesa brasileira. Estava na intermediária defensiva.

Neymar corre em direção a bola. O ala Juan Zuñiga vem por trás do atacante e sobe com o joelho às suas costas.

Choque inevitável. Neymar cai se contorcendo em dores e logo se vê que não havia encenação.

Levado às pressas para um hospital, fica constatado que houve a ruptura de uma vértebra e que ele está fora da Copa. Não dará tempo para recuperar-se.

Aconteceu justamente num jogo em que ele pouco participou, pouco produziu daquele futebol moleque e alegre que ganhou o mundo.

Num lance quase ao final da partida em que seu oponente não recebeu nem cartão de advertência, o melhor jogador brasileiro da atualidade vê o sonho de chegar a ser o artilheiro da Copa ser adiado.

E o Brasil que até aqui não tinha perdido nenhum dos convocados por lesão, perde seu nome maior. 

Se estava difícil, deve ficar pior.

Se todos estão preocupados, imagina o que passa na cabeça de Luiz Felipe Scolari.

A seleção não foi pensada para jogar sem Neymar. Aliás, foi pensada para jogar “em cima” de Neymar. Ele era o tudo do time. Era quem chamava o jogo prá si e tentava resolver o que seu comandante teimosamente desarrumava.

Esperança de gols, de belas jogadas, de festa.

Como substituí-lo? Quem nesse time poderá fazer o que ele vinha fazendo, como gosta Luiz Felipe?

O clima ficou pesado. Todos muito tristes e desconsolados com tamanha perda. O discurso de ganhar a Copa para dedicar ao seu mestre está na boca de todos.

Agora, realmente, chegou a hora da superação. A hora de cada um jogar por si mesmo e pelo companheiro contundido, fora de combate.

Vamos rezar muito. Vamos apelar ao Deus Brasileiro que assim como nós, ama o futebol, para ajudar na recuperação do nosso craque.



Vitória, mesmo sofrendo


A gente torce. Mas sofre....


Venho dizendo que o time do Brasil poderá ser campeão apesar do técnico pouco contribuir para isso.

No jogo de hoje contra a Colômbia em que venceu por 2 a 1 e avançou para as semifinais, mais uma vez ficou comprovado que mesmo a equipe fazendo uma grande partida, o técnico Luiz Felipe consegue mexer e deixar as coisas bem mais difíceis.

A seleção brasileira começou o jogo com Paulinho substituindo o suspenso pelo segundo amarelo Luiz Gustavo, e com Maicon substituindo o instável Daniel Alves.

Tudo muito simples de entender se Luiz Felipe não teimasse como sempre, em complicar o óbvio.

Ora, todos que vêm acompanhando a Colômbia na Copa sabem do seu poderio ofensivo pelo lado esquerdo, com a velocidade de Armero e as descida pelo setor do seu melhor jogador,  James Rodriguez. Nada mais natural que o time adversário use o expediente de fortalecer defensivamente aquele setor. Taí o porque da entrada de Maicon. Ponto. Tudo certo, então.

Com a saída de Luiz Gustavo, nada mais natural que seu substituto seja alguém que conhece da posição e que demonstrou isso na campanha vitoriosa do campeonato inglês. Por isso, foi com naturalidade que Fernandinho ficou mais preso e Paulinho mesmo saindo mais um pouco, voltou à posição que o consagrou no Corinthians e com a camisa da própria seleção. Ponto. Tudo certo, então.

O que estava faltando ao time? Garra, coragem, determinação e choro só quando fosse realmente por um motivo importante.

Muito bem. O time começou pressionando a Colômbia e logo abriu o marcador através do monstro Tiago Silva.

Com Hulk bem no desarme e no ataque, mas péssimo no concluir, Neymar em tarde de negrume técnico impressionante (praticamente errou tudo que tentou fazer – parecia até que ele estava disputado “o melhor do Jogo” com James Rodriguez) e Fred no seu péssimo hábito de nada fazer no seu atual estágio na canarinha, Oscar, Paulinho e Fernandinho comandavam o meio campo e davam ritmo ao jogo.

Foi um primeiro tempo primoroso. O time virou vencendo e convencendo ao mais exigente torcedor ou analista.

Vem o segundo tempo e com ele começa a aparecer a estrela conturbada do Luiz Felipe.

Estava claro que a Colômbia partiria para o ataque em busca do go de empate. Seu técnico fez algumas mudanças e o time passou a comandar o jogo.

Teve um gol anulado e continuou a pressionar cada vez mais. Até que David Luiz acertou um canudo numa cobrança magistral de falta e ampliou o placar para 2 a 0.

Enquanto todos viam que o Fred apenas fazia numero, o técnico retirou Hulk  e fez entrar Ramires, para ajudar Maicon, já cansado devido a falta de ritmo de jogo.

Quando todos acreditavam que ele tiraria o Fred para procurar ganhar na marcação e na saída em velocidade para o ataque, devido ao massacre que a Colômbia vinha impondo à defesa verde e amarela, ele sacou o Paulinho e colocou o Hernane para talvez, com seus lançamentos longos, colocar finalmente o estático Fred no jogo.

Tudo piorou quando o ala direito colombiano acertou uma estúpida e desclassificante joelhada nas costas de Neymar, retirando-o do jogo e o técnico aproveitou para fazer o que mais gosta: fazer sofrer o torcedor brasileiro. Com a saída do atacante, ele fez entrar o Henrique e puxou ainda mais a Colômbia para perto do gol defendido por Julio César.

 E ficou assim: com uma péssima arbitragem de um espanhol que nem se deve dar o direito de saber o nome, com um ótimo primeiro tempo e parte do segundo, com mais uma trapalhada do seu técnico, e com gols dos zagueiros, o Brasil venceu a Colômbia e avançou para as semifinais, jogando na próxima terça-feira, às 17:00 horas, contra a Alemanha.

Vamos comprar mais um saco de maracujá para ver se dá para aguentar mais um tranco. Ah! Desta vez, em vez de choro, os atletas demonstraram força, raiva, determinação de quem quer vencer.




terça-feira, 1 de julho de 2014

Puro Sufoco!!!


Mais duas partidas pelas oitavas de final da Copa do Mundo de 2014.

Mais duas partidas de pura adrenalina.

Mais um recorde batido: foram cinco partidas nas oitavas que terminaram com prorrogação.

Não me canso de elogiar a forma como vem sendo disputada essa Copa. Uma Copa em que apenas uma ou duas partidas ficaram como normais. As demais foram recheadas de belas surpresas. Grandes jogos. Emoção à flor da pele.

Que fique claro que não estou elogiando nada além dos jogos dentro de campo. A impressão que fica é que os jogadores combinaram que essa seria uma Copa bem diferente de todas as outras. E o que se vê são partidas que deixam saudade assim que os árbitros apitam seus finais.

Vamos falar só dos jogos entre Argentina x Suíça e Bélgica x Estados Unidos.

Na Arena Corinthians a partir da 13:00 horas dessa terça, 01, a Argentina jogou contra a Suíça. Calor forte e as duas equipes fazendo de tudo para que o jogo fosse resolvido nos 90 minutos. Mas não foi o que aconteceu e foram para a prorrogação. Jogo pegado. Jogadores obedientes. Sustos lado a lado. 

Somente aos 12 minutos do segundo tempo de 15 da prorrogação, foi que o talento de Messi fez a diferença de deixou Dí Maria em condições de bater cruzado tirando do goleiro e fazer o gol que levou a Argentina às quartas de final.

Muito choro e muita alegria se misturaram dentro e fora do gramado. Mais uma partida que ficou gravada prá sempre nas mentes de todos nós que amamos o futebol bem jogado.

Depois de se refazer um pouco. Beber uma água, arrumar um lanche de pipoca e guaraná, retomar o lugar na poltrona, chegou a hora de grudar o olho na tela da tv. A partir da 17:00 horas, Bélgica e Estados Unidos iniciaram mais uma emocionante partida de futebol.

Com o objetivo de chegar às oitavas atingido, o técnico alemão da equipe americana queria mais, queria chegar também às quartas.

Bélgica demonstrava sua superioridade técnica e ensaiava sair na frente do placar. Mas o time do Tio Sam tinha um ótimo goleiro sob os três paus da trave que fez uns 15 a 20 milagres. No finzinho do segundo tempo, a bola sobrou para dois americanos dentro da pequena área e o atacante ao invés de tocar para seu companheiro de equipe, tentou tirar do goleiro e jogou pela linha de fundo, perdendo oportunidade de ouro para vencer a partida.

O jogo foi prá prorrogação. Time dos Estados Unidos demonstrava maior cansaço que o belga. Com a troca de um atacante no bagaço por um descansado, a Bélgica começou a mandar no jogo e fez 2 a 0 no primeiro tempo da prorrogação. No segundo tempo, mesmo com a dificuldade de manter o jogo no alto nível, os Estados Unidos passou a pressionar e conseguiu seu gol. Só não chegando ao empate porque o até então privilegiado goleiro belga começou a mostrar porque é considerado um dos melhores da Copa.

Dois jogos que deixaram o torcedor extasiado com tanta emoção. Jogos decididos na prorrogação.

Agora teremos uma trégua até a sexta-feira às 13:00 horas, quando já pelas quartas de final, teremos no Maracanã o grande clássico entre França x Alemanha.

Às 17:00 horas, na Arena Castelão em Fortaleza, jogo que vem deixando todos os brasileiros sem dormir direito: Brasil x Colômbia.

Uma sexta-feira para ninguém sair da frente da tv após o apito inicial da 13:00 horas até o apito final lá pelas 19 ou 20:00 horas. Porque não se sabe até onde irá a disputa entre os contendores. Como está quase que “normal”, é quase certo que teremos prorrogação e, quem sabe até, pênaltis. É só viver e esperar.

Haja coração! É sufoco! Puro sufoco!