domingo, 31 de maio de 2015

Vai ser difícil


Em clima de São João (aqui na Estância estamos em plena Salva dos festejos juninos) nosso representante no campeonato brasileiro da série C continua na toada de não vencer.

No ultimo sábado foi à Paraíba e perdeu para o Botafogo/PB por 2 a 1, no estádio Almeidão. O Belo chegou a fazer 2 a 0 e por pouco não fez mais. No finalzinho da partida o estreante Diego Ceará acertou um pombo sem asa da intermediaria e diminuiu para o Dragão – João Paulo e Rafael Oliveira marcaram para o Botafogo/PB.

Após a partida o técnico Betinho declarou que não tinha como explicar a derrota. Ruim prá ele porque todos que viram e/ou ouviram o jogo observaram que o Botafogo/PB mandou no jogo e o placar não foi mais elástico porque a turma por lá também abusa em perder gols. Coisa que não se pode dizer do Confiança que só melhorou (imagine !) após a entrada do Leandro Kivel. O que deixa bem claro o quanto o ataque do Dragão está devendo. Kivel vem passando por uma maré terrível.

Três partidas. Um empate e duas derrotas. Empate em casa e derrotas na casa do adversário. Ano passado o Confiança por várias vezes, jogou muito mais fora que dentro de casa. Quando jogou no presidente Médici, em Itabaiana.

Este não tem sido um bom ano para o Dragão do bairro industrial, apesar do título de campeão sergipano, o bicampeonato. Mas ficou demonstrado que o baixo nível do campeonato sergipano encobriu a baixa qualidade do time alvianil para disputa de outras competições.

Os fiascos na Copa do Nordeste e na Copa do Brasil sinalizaram fortemente que algo precisava ser feito com urgência. Porém, o título foi um pano de fundo enganoso. A torcida ficou feliz e não houve a cobrança devida.

Mas, apesar de tudo, o time proletário pode e deve dar a volta por cima nesse brasileirão da série C. o técnico Betinho tem muito crédito junto a diretoria e à torcida. O grupo é bom e com as partidas nos finais de semana, tem tempo para trabalhar duro e reverter a situação. Particularmente, eu acredito.

Tô aqui escrevendo e ouvindo a sanfona gemendo no forrodromo. Aí me vem à lembrança que o Estanciano, nosso representante na série D, começa os preparativos no próximo dia 10. E começo a pensar no quanto o a comissão técnica e a diretoria do Canarinho vai se virar para manter seus jogadores fora da maior festa regional do Estado, exatamente na cidade que é a capital do barco de fogo, da canjica, do buscapé, das espadas endiabradas, das meninas fogosas deliciando os gostosos licores e comendo milho assado na beira da fogueira. Sinceramente, como diria nosso imortal Wilton Lopes, como eu nascido no Aribé: “prá segurar a negada, vai ser pipoca na boca de banguelo”.



quarta-feira, 20 de maio de 2015

E viva !


Pois é: e viva ao nosso futebol! Tá difícil conviver com essa estranha mistura que vem acontecendo no futebol sergipano onde ninguém sabe mais quem é quem ou o que faz quem.

No vídeo encontramos verdadeiras apologias a lances pífios como se fossem verdadeiras joias raras. Alguém disse que o gol de calcanhar sem querer do Flávio do Confiança, foi muito mais do que a capacidade infinita de José Antonio Marques transformar peladas em clássicos. Alguém disse que o gol que o meia Geuvanio do Santos, fez no Cruzeiros, com a ajuda do desvio na perna adversária foi um gol de ouro, de raro talento. Alguém assistiu James Rodrigues ser derrubado dentro da área do Juventus, simplesmente ignorou e manteve a hipótese de que ninguém tocou no meia do Real Madri – mesmo vendo por várias vezes no replay. No mesmo jogo, a equipe de tv passou o jogo todo dizendo que o Real iria ganhar e que o Juventus não teria time para suportar o poderio do Real. Ao final do jogo, com a classificação do Juventus, passou a elogiar o time italiano, que passou a ser o melhor do mundo.

Minha gente! Agora ninguém pode mais emitir uma opinião contraria a qualquer time porque logo vem um colega desfazer tudo aquilo que foi dito. Hoje já não existem os assessores de imprensa dos clubes porque repórteres que os cobrem fazem gratuitamente o trabalho que deveria ser remunerado.

Técnico diz que o time jogou bem e que a torcida faz o que é normal ao reclamar – tipo, não entende de nada. Ora, não é tanto assim. Pior é que os chamados analistas fazem coro com o técnico, ao invés de explicar ao torcedor o que ele disse. Mas como fazer isso se convive tempo demais com comissões técnicas e dirigentes? Sou do tempo em que o repórter fazia seu trabalho e normalmente era xingado pelos dirigentes porque falava o que via e não o que lhe é dito para dizer.

Sou do tempo em que furo! era dizer algo que ninguém sabia ainda. Agora o torcedor fica ouvindo o cara dizer que não vai falar para não atrapalhar as negociações. E o que tem uma coisa com outra? Por acaso ele é dirigente? A lealdade dele deveria ser para com o telespectador/ouvinte, para quem realmente ele trabalha e não para o dirigente.

Leio que Helena Junior trocou de canal de tv porque não suportava mais o famoso “modera”. Ora, porque moderar? O profissional não é o responsável pelo que diz ou escreve? Outro dia numa rede social, li um desses “modera” para um profissional de longas datas e fiquei indignado. Parecia até que o cara estava falando besteira, mesmo sendo professor da matéria.

Vamos moderar aê pessoal! Vamos fazer o que deve como sempre foi feito. De onde vieram esses moderadores modernos que não faziam isso com um Wellington Elias, com um Carlos Rodrigues, com um João Saldanha, e tantos outros? Não vêem que esses só foram monstros sagrados porque falavam ou escreviam o que queria, com a mesma responsabilidade de hoje?

Como podem surgir novos talentos se lhes tolhem a criatividade e principalmente suas verdades. Acorda aê gente! Não notaram ainda que esses moderadores não passaram disso? Sabem tanto o que é bom que não são “BONS”?


segunda-feira, 18 de maio de 2015

Da Alma Proletária


O técnico Betinho declarou que “é normal as broncas do torcedor que quer ver seu time vencer todos os jogos”. E completa afirmando de que “na série C tem qualidade dos dois lados”. Portanto, “hora você vai sair com a vitória e hora vai ser derrotado”.

Diria que até certo ponto, meu caro Betinho.

Não se trata de uma questão de certo ou errado. É o treinador quem mais sabe o que deve fazer na orientação de seus comandados e que todos, literalmente todos, querem vencer. E não seria Betinho ou qualquer atleta do Confiança que pensa de forma diferente.

Porém, é preciso que a voz da torcida seja ouvida e analisada com o divido respeito e até mesmo, com um certo carinho por que comanda.

O torcedor usa basicamente o coração para emitir suas opiniões sobre o que acontece dentro do gramado. Os chamados “profissionais da bola” têm uma visão diferenciada, às vezes com conhecimento, às vezes nem tanto assim. Mas o coração de quem ama seu clube sente quando algo não está indo bem e ai, grita, reclama, expõe emoções que quando olhadas de perto, traz uma verdade que nem sempre está sendo vista por quem de direito.

É normal que a série C seja mais pegada, melhor jogada que a série D. Normal. Mas é normal também o torcedor sentir se seu time lhe passa ou não a confiança, a motivação, a garra, a vontade de vencer, dentro de campo. Se esse mundo de sentimentos não chega até os sentidos ativos da galera, ela vai cobrar, e cobrar muito. Até porque sente medo. Medo de perder. Medo do que pode acontecer de ruim com o seu amado time.

É sempre bom ouvir a voz da galera. Pode ser que não seja tão técnica, tão conhecedora do assunto, tão certa; mas tenham certeza de que o grito das arquibancadas vem de dentro. Vem do coração. Vem da alma. E nesse caso especifico, vem da Alma Azul e Branca do Bairro Industrial.



terça-feira, 12 de maio de 2015

Os melhores do campeonato


Na noite de ontem a Federação Sergipana de Futebol entregou os prêmios aos destaques do campeonato sergipano de futebol 2015.

A festa foi realizada no teatro Atheneu e contou com a presença de vários dos premiados e bom público.

O mais premiado foi o goleiro Everson, do Confiança, que foi agraciado com três troféus: melhor goleiro, craque do ano e craque da galera. Incontestável!

Quem mais chamou a atenção pela elegância foi o atacante Bibi. De terno e gravatinha borboleta lembrando um garçom. Aliás, fez um grande campeonato o baixinho. Adaptou-se muito bem às novas funções que o Betinho lhe delegou. Outro também às vezes contestado, mas que se firmou, foi o Everton Santos.

Makelelê foi escolhido como o melhor ala direito, numa disputa onde vários outros participaram com anos de estrada – como Jorginho, do Socorrense; Glauber, do Sergipe; Magno, do Lagarto.

A escolha de Cláudio Baiano não foi surpresa. Gosto de vê-lo jogar. Acho que ele precisa apenas de um pouco mias de pegada. Como homem que pensa, o Cláudio às vezes deixa de fazer uma jogada mais dura e perde um lance importante. Como zagueiro ele tem que repensar a estratégia. Para tudo tem o momento certo. Tem hora de jogar leve e tem a hora de jogar mais duro, firme. Não precisa “quebrar”, mas quem correu nas quatro linhas sabe que quem não se impõe fica na mão. Cláudio joga muito.

O Luiz Paulo Baco jogou muito nesse campeonato. Foi o melhor armador. Inteligente e muito técnico, quando resolveu jogar e deixar as firulas de lado não deu prá ninguém. Se continuar para a série D, com a melhora da qualidade do elenco, tem tudo para mostrar mais ainda.

O Diego Neves foi o melhor atacante. Enquanto jogou pelo Sergipe, mostrou que veio para mostrar seu bom futebol. Porém não teve um bom elenco para ajudá-lo e terminou saindo mais cedo do campeonato.

O Artilheiro do campeonato foi o Da Silva do Estanciano. Faro de gol. Jogou machucado por diversas partidas. Quando aparentemente conseguiu superar os problemas físicos, deparou com a falta de ritmo e de entrosamento com o time.

E falando em artilheiro, foi no mínimo fora de hora a reclamação do Leandro Kivel de que o time do Confiança está muito individualista. Procurou uma desculpa boba para seu baixo rendimento. Está muito longe do que já jogou o Leandro. Reclama que a bola não tem chegado. Mas o que temos visto é ele fora da área, tentando armar o jogo e quando aparece uma chance de mandar a bola pro gol tem desperdiçado com rara facilidade. 


segunda-feira, 11 de maio de 2015

Pela quinta vez, Dragão Bicampeão!


A torcida proletária continua comemorando o quinto bicampeonato do Dragão do Bairro Industrial. Foi uma grande festa. A Arena Batistão foi pequena para tamanha demonstração de amor e o alvianil tomou conta da cidade, do Estado.

Nas redes sociais então, o azul celeste virou a tônica de todas as imagens postadas. E o sorriso bonito nos rostos de todos quem têm o sangue azul nas veias.

Foi uma campanha em que se viu o planejamento e a determinação tornarem-se a ordem. Diretores, Comissão Técnica, Jogadores e Torcedores mais conscientes tinham a certeza que o time caminhava firme e seguro em busca do título, do bicampeonato. A desculpa eram os benefícios que manteriam o time em atividade durante todo o ano. Mas no fundo, sabia-se que todos queriam outro bi.

Parabéns para todos os proletários. Quero aqui, em nome do presidente Luiz Roberto e do diretor Ernando Rodrigues, cumprimentar a toda a Nação Azul e Branca Proletária.

Parabéns Associação Desportiva Confiança por mais um bicampeonato na sua história!

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Mas é nosso dever também render homenagens ao grande Estanciano Esporte Clube, o Canarinho do Piauitinga.

Um time montado e remontado durante o campeonato, teve à frente um técnico que comprou a briga com a diretoria e terminou mais que vencedor.

O título de vice-campeão estadual, à primeira vista pode parecer de pouco valor aos olhos de quem está acostumado a só valorizar os primeiros. Mas para os canarinhos que  praticamente torciam por mais um dos times que completavam o grupo do campeonato, hoje receber o troféu de segundo melhor time do Estado, de participar do campeonato brasileiro da série D ainda este ano, de estar garantido em três competições no ano que vem, é muito, muito importante.

Claro que se você perguntar ao torcedor canarinho, ele vai responder que importante mesmo seria o título de campeão. Mas quando ele pensar de como começou o campeonato e o quanto conseguiu, vai responder que ama seu Estanciano e que está prá lá de feliz com o título conseguido e seus benefícios.

Parabéns para todos os canarinhos. Também quero aqui, em nome do presidente Sidney Araújo e do vice Wellington Vieira, cumprimentar a toda a Nação Verde e Amarela Canarinha.

Parabéns Estanciano Esporte Clube pelo vice-campeonato conquistado! És os segundo melhor do Estado!