quarta-feira, 20 de maio de 2015

E viva !


Pois é: e viva ao nosso futebol! Tá difícil conviver com essa estranha mistura que vem acontecendo no futebol sergipano onde ninguém sabe mais quem é quem ou o que faz quem.

No vídeo encontramos verdadeiras apologias a lances pífios como se fossem verdadeiras joias raras. Alguém disse que o gol de calcanhar sem querer do Flávio do Confiança, foi muito mais do que a capacidade infinita de José Antonio Marques transformar peladas em clássicos. Alguém disse que o gol que o meia Geuvanio do Santos, fez no Cruzeiros, com a ajuda do desvio na perna adversária foi um gol de ouro, de raro talento. Alguém assistiu James Rodrigues ser derrubado dentro da área do Juventus, simplesmente ignorou e manteve a hipótese de que ninguém tocou no meia do Real Madri – mesmo vendo por várias vezes no replay. No mesmo jogo, a equipe de tv passou o jogo todo dizendo que o Real iria ganhar e que o Juventus não teria time para suportar o poderio do Real. Ao final do jogo, com a classificação do Juventus, passou a elogiar o time italiano, que passou a ser o melhor do mundo.

Minha gente! Agora ninguém pode mais emitir uma opinião contraria a qualquer time porque logo vem um colega desfazer tudo aquilo que foi dito. Hoje já não existem os assessores de imprensa dos clubes porque repórteres que os cobrem fazem gratuitamente o trabalho que deveria ser remunerado.

Técnico diz que o time jogou bem e que a torcida faz o que é normal ao reclamar – tipo, não entende de nada. Ora, não é tanto assim. Pior é que os chamados analistas fazem coro com o técnico, ao invés de explicar ao torcedor o que ele disse. Mas como fazer isso se convive tempo demais com comissões técnicas e dirigentes? Sou do tempo em que o repórter fazia seu trabalho e normalmente era xingado pelos dirigentes porque falava o que via e não o que lhe é dito para dizer.

Sou do tempo em que furo! era dizer algo que ninguém sabia ainda. Agora o torcedor fica ouvindo o cara dizer que não vai falar para não atrapalhar as negociações. E o que tem uma coisa com outra? Por acaso ele é dirigente? A lealdade dele deveria ser para com o telespectador/ouvinte, para quem realmente ele trabalha e não para o dirigente.

Leio que Helena Junior trocou de canal de tv porque não suportava mais o famoso “modera”. Ora, porque moderar? O profissional não é o responsável pelo que diz ou escreve? Outro dia numa rede social, li um desses “modera” para um profissional de longas datas e fiquei indignado. Parecia até que o cara estava falando besteira, mesmo sendo professor da matéria.

Vamos moderar aê pessoal! Vamos fazer o que deve como sempre foi feito. De onde vieram esses moderadores modernos que não faziam isso com um Wellington Elias, com um Carlos Rodrigues, com um João Saldanha, e tantos outros? Não vêem que esses só foram monstros sagrados porque falavam ou escreviam o que queria, com a mesma responsabilidade de hoje?

Como podem surgir novos talentos se lhes tolhem a criatividade e principalmente suas verdades. Acorda aê gente! Não notaram ainda que esses moderadores não passaram disso? Sabem tanto o que é bom que não são “BONS”?


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