É o que sempre digo pros amigos. A
gente tem que ter uma opinião firmada. Não podemos ficar em cima do muro,
ajeitando as coisas para não ouvir alguém dizer depois que erramos.
Erro. E muito. Mas procuro
entender, aprender e seguir em frente, acertando.
Mas hoje, não errei quando disse
que Sergipe e Confiança eram favoritos nos jogos da 3ª rodada da 2ª fase da
Copa Governo do Estado de Sergipe.
Como afirmar que o Sergipe não
era favorito, se o time rubro iria enfrentar uma equipe desfalcada de 3 de seus
jogadores titulares?
Não me venha dizer que no futebol
moderno não existem titulares nem reservas. Existem alguns jogadores que os
técnicos fazem um certo rodízio no time titular, dependendo do time adversário.
Mudam esses, mas mantém os demais
no time, sempre. Então, esses que não são trocados, se tornam imprescindíveis
ao time e são, portanto, titulares.
Para o Socorrense, Jaedson, Vitor
e Edinilson são titulares absolutos. Dificilmente o técnico Edmilson Santos os
substitui.
Por outro lado, o Sergipe tinha
uma substituição mais que correta: Éri no lugar de Jailton, para o pequeno
espaço do Lelezão. E Éri jogou muito.
No caso do Confiança não foi
diferente. O time do River Plate foi pro jogo sem seus dois alas. Pedrinho, contundido.
Jorginho, expulso. Além do bom cabeça-de-área Rivaldo.
Qual time em nosso futebol que
não se ressentiria da falta desses três bons jogadores?
Enquanto isso, o Confiança estava
completo. Alguns jogadores que disseram estar fora do jogo, não são titulares
absolutos.
Então os dois times da capital
eram sim, favoritos. Não sei bem o que aconteceu com o Confiança. Mas o Sergipe
fez um grande primeiro tempo. Fez 1 a 0 e abusou de perder gols.
Alex perdeu vários, embaixo da
trave. Contra ataques bisonhamente desperdiçados. Cicinho mal aproveitado. Sua velocidade
e vontade tem que ser melhor exploradas.
O Socorrense se valia da
distribuição e marcação do interminável Mazinho e das arrancadas de Marra. E assim
foi até o apito de intervalo.
Na volta para o segundo tempo,
enquanto o Socorrense pacientemente esperava, junto com o trio de árbitros, o Sergipe
retornava vagarosamente. Com Pedro Costa conversando com seus jogadores, como
se não tivesse tido o intervalo para isso.
Quando a bola rolou, o que se viu
foi uma demonstração de que o Socorrense viera para o jogo, e que o Sergipe
ainda estava chegando. Só que quando o time rubro chegou, o Socorrense já tinha
virado o placar e vencia por 2 a 1.
Edmilson Santos realizava substituições
e vínhamos seu time dominar o disperso Sergipe.
Pedro Costa realizava
substituições e seu time mais se perdia em campo.
O Socorrense esteve mais perto do
terceiro gol que o Sergipe de empatar a partida.
Então, se alguém ainda acha que
errei ao afirmar que Sergipe e Confiança eram favoritos para vencerem os jogos
onde perderam, explique o que ocorreu com o time de Pedro Costa no retorno para
a segunda etapa.
Explique como o desmantelado time
dirigido por Ribeiro Neto e comandado a mão-de-ferro por Ernando Rodrigues,
meteu 2 a 0 num Confiança que teima em manter Wallace de centro-avante.
Não vou discutir sistema tático
ou qualidade dos jogadores. Estamos na segunda fase da Copa. Todos jogaram
contra os mesmo adversários e os conhecem muito bem.
Também não vou me omitir de dizer
que num plano natural de atuação, nesse momento do torneio, só desfalques podem
fazer a diferença real entre vencer ou perder uma partida. Ou talvez quem sabe,
um técnico ou um árbitro.
Dizer que o Socorrense e o River
Plate poderiam vencer conhecendo todos esses detalhes, é medo de dizer o que
acredita para ficar de bem com todos. Prefiro continuar sozinho. Mas consciente
no que acredito e digo.