quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Faz a diferença sim !


Dizer mais o que?

É verdade. Jogar contra o Flamengo no Maracanã com sua torcida determinada a vencer a partida é difícil, muito difícil.

Que o diga o Clube Atlético Mineiro. Terceiro lugar no campeonato brasileiro da série A, com uma invejável sequencia de vitórias, o melhor time do segundo turno do brasileirão, foi ao Rio de Janeiro na noite dessa quarta-feira jogar pelas semifinais da Copa do Brasil, enfrentar um Clube de Regatas 
Flamengo sob o aplauso de mais de quarenta e cinco mil pessoas(45.642 – para ser exato).

É claro que o time do Atlético é tecnicamente superior ao do Flamengo. Basta ver na tabela de classificação do brasileirão: Atlético em terceiro com 54 pontos ganhos, e o Flamengo em décimo primeiro, com 40, ainda brigando para sair da “zona da confusão” como bem diz seu treinador, Vanderlei Luxemburgo.

Só que o Flamengo é um dos poucos times no mundo que sabe jogar com a torcida. Sua torcida verdadeiramente faz a diferença, faz sim, e muito.

Foi sob o calor e o entusiasmo vindo das arquibancadas que o rubro-negro, apesar de menos competitivo que seu adversário, fez valer o que é jogar com o manto sagrado vestido por tantos e amado por milhões em todo o mundo.

Foi do frágil Eduardo Silva que saiu o primeiro susto atleticano, quando o goleiro Vitor teve que mostrar serviço.

Foi da forte cabeçada do desengonçado volante Cárceres que saiu o primeiro gol da partida.

E foi do magricela menino-moleque Gabriel que driblando meio-mundo da defesa do Galo Mineiro, forçando ao volante Josué apelar para a improvisação, se jogando entre a bola e o atacante, derrubando-o, que surgiu o pênalti, com o qual o zagueiro Chicão deu cifras finais ao jogo: Flamengo 2 a 0.

Próxima quarta, agora no Mineirão, o Atlético vai ter que fazer valer sua força e a força da sua torcida, para assim como fez com o Corinthians, reverter um placar em que precisa vencer por uma diferença mínima de três gols para alcançar a classificação para a final da Copa do Brasil.

Porém, existe uma enorme diferença para o Atlético enfrentar, que não teve no jogo contra o alvinegro paulista: um Flamengo determinado e sua torcida que, mesmo fora de casa, poderá ser maior que a mineira, e pior, que joga com o time todos os noventa e tantos minutos do jogo.

No outro jogo, o Cruzeiro fez valer o mando de campo e venceu ao Santos por 1 a 0. Resultado muito magro para quem vai enfrentar um Santos que se agiganta quando joga na Vila Belmiro.



terça-feira, 28 de outubro de 2014

Noite de gala tricolor



Rogério Ceni - agora, no Guinness......

Iniciada no ultimo sábado, a trigésima primeira rodada do campeonato brasileiro da série A foi encerrada na noite desta segunda com jogo no estádio do Morumbi, em São Paulo.

O São Paulo do técnico Murici Ramalho enfrentou ao Goiás que vinha de uma série de cinco vitórias, e venceu por 3 a 0, numa noite de gala para Michel Bastos que como substituto de Kaká, foi realmente o dono do jogo. Dos seus pés, saíram as jogadas para os três gols são paulinos.

No primeiro, a partir de uma falta pelo lado esquerdo, Michel levantou a bola com precisão, para a cabeçada forte de Edson Silva.

No segundo gol, a defesa goiana vacilou e Michel tomou a bola do ala esmeraldino, avançou, e tocou para Luiz Fabiano chutar forte da entrada da área e marcar seu centésimo gol em campeonatos brasileiros.

No terceiro, outra vez Michel teve participação decisiva. Na cobrança do escanteio, pôs uma curva na bola e esta chegou ao miolo da pequena área do Goiás para encontrar Allan Kardec livre, e ele cabeceou tirando qualquer chance de defesa para o bom goleiro  Renan.

Com a vitória, o tricolor do Morumbi subiu na tabela de classificação e ultrapassou ao Atlético Mineiro, ficando a cinco pontos para alcançar o líder Cruzeiro.

Ao final da partida, o técnico Murici Ramalho passou um recado para Luiz Fabiano, avisando que se o centroavante realmente quer ser titular, vai ter que treinar muito, se dedicar bastante e dentro de campo, ser mais eficiente que os demais atacantes.

E prá fechar a noite tricolor, o goleiro Rogério Ceni quebrou mais um record e entrou para o Guinness – o livro dos records, ao alcançar a marca de 590 vitórias oficiais atuando pelo  mesmo clube. O record era do galês Ryan Giggs que tem a marca de 589 vitórias pelo Manchester United, da Inglaterra.

Com o fechamento da rodada 31, faltando apenas mais sete para o final do campeonato brasileiro da série A, o Cruzeiro continua líder com 61 pontos, o São Paulo é o vice-líder com 56, seguido do Atlético Mineiro com 54 e do Internacional com 53. Estes formam o grupo dos classificados para a Taça Libertadores de América.

Lá embaixo, na zona de rebaixamento para a série B, estão:  Botafogo, com 33 pontos; Coritiba, com 33; Bahia, com 31; e Criciúma/SC, com 30. 



segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Forma de olhar e falar




Meus amigos, as eleições e seus segundos turnos tiraram da mídia um grande feito da Associação Desportiva Confiança no campeonato brasileiro da série D que ora disputa.

O time proletário empatou com o Central de Caruaru por 1 a 1 no presidente Médici em Itabaiana e avançou para as quartas de finais de forma invicta e mantendo-se entre os melhores.

Mas, apesar de tudo de bom que aconteceu até agora na disputa, quero conversar com você sobre como se deve olhar e falar sobre o nosso futebol de maneira a não deixar que alguns argumentos nos tirem o prazer e a alegria de acompanharmos um time nosso indo tão bem e tão pouco ovacionado, apoiado, empurrado, louvado, glorificado, motivado, por quem de direito e dever.

Não estou falando apenas de você, torcedor. Estou falando de nós, ou quase todos nós.

A equipe proletária vem fazendo uma bela de uma campanha. Vai disputar agora duas partidas das quartas de final. Faltam apenas mais 180 minutos para a tão sonhada classificação para a série C do campeonato brasileiro. Mas o que lemos e ouvimos?

“O time não jogou bem contra o Central.” “Apesar do susto, o Confiança avança.” “Time foi vaiado na partida.” “A Jacuipense é um time muito perigoso. Todo cuidado é pouco.”

Pergunto: Se “a Jacuipense é um time perigoso”, o Confiança é o que? Ficou entre os melhores classificados em primeiro lugar (sendo homenageado até pela CBF), está invicto e classificado para as quartas, e seu adversário é que é perigoso?

Se “o time não jogou bem contra o Central” e venceu uma e saiu na frente do placar na outra partida, quem foi melhor, o Confiança ou o Central? Alguém lembrou que o Central veio desesperado e precisando da vitória? Alguém acredita que os times que estão passando de fase são inferiores aos da fase anterior? Foi o Dragão que não jogou bem ou o Central que não permitiu? São coisas bem diferentes...

Por que o “apesar do susto”? Por acaso alguém de sã consciência não sabia que o jogo seria como foi, muito difícil devido à necessidade do Central em fazer o resultado? Se não sabia é porque realmente não vem analisando como está sendo jogado este campeonato. Pergunte para o Betinho e para os jogadores se todos não sabiam que seria um jogo muito difícil? Tanto seria que o Betinho instruiu outros jogadores do grupo para assumirem mais o jogo porque quem brilhou no Lacerdão obviamente teria marcação diferenciada. E não foi assim? Então, porque do “susto”?

E prá fechar: qual é a da torcida que vaia jogadores que vem numa campanha primorosa como a que realiza o Confiança até agora? Não sabe o que é jogo, o que é futebol? Acha mesmo que seu time vai avançando de fase e pegando adversários mais fracos? Tá sonhando é? Acorda massa alvianil! A cada partida a coisa vai ficando mais e mais difícil. E é nesse momento que o grupo mais precisa de você. 

Bem, pelo menos se você é realmente proletário. Ou no mínimo, torcedor do futebol sergipano e que torce para sair da série D.