quinta-feira, 31 de março de 2011

Vai dar Coelho !


Aê! Domingo tem a decisão da Taça Cidade de Aracaju. No Arnaldo Pereira em São Domingos, o Coelho do Agreste recebe o River Plate para o confronto final. Nenhum leva vantagem sobre o outro, exceto o famoso “jogar em casa”, pelo São Domingos.

Pelo que vi na partida em Carmópolis, o São Domingos demonstra estar mais focado, mais decidido a levantar a Taça e assegurar a vaga na Copa do Brasil 2012. Como todo time que se acredita grande, o River está com os mesmo defeitos dos chamados “Grandes Locomotivas” do futebol sergipano, e não joga com a mesma “fome de bola”, que os chamados pequenos jogam.

Enquanto os jogadores do Coelho vibravam a cada dividida que ganhavam, os do River Plate apenas demonstravam que tomaram mais uma bola. Foi assim que o rubro negro chegou aos 2 a 0 no segundo tempo, e por pouco o Verde e azul não vira o jogo, chegando a empate com um gol marcado por uma cobrança primorosa de falta, realizada pelo goleiro Ivan.

É incontestável a qualidade técnica do River Plate. Um time bem armado, com uma boa defesa capitaneada pelo excelente Valdson, um meio campo que marca, mas tem bastante criatividade para servir seus bons atacantes, onde se destacam o Bibi e o Rafael Freitas. Goleiro é um capitulo à parte. Max vinha muito bem. Machucou o tornozelo e todos ficaram apreensivos quanto ao Pablo, que é um bom goleiro, mas que vinha sem ritmo de jogo. Foi esse Pablo quem fez as milagrosas defesas, que salvaram o River de tomar mais gols.

Armado no 3-5-2, o São Domingos coloca o Eri com mais liberdade para fazer a cobertura principalmente do Romão, quando esse sobe para o ataque. Dando liberdade aos alas Tito e Eduardo para encostarem nos meias Marquinhos e Lelê, que municiam bem o rápido ataque formado por Nivaldo e André Saúde. O Neno é o marcador do melhor jogador do time adversário, e realiza muito bem sua tarefa. Quando o time precisa de mais oxigênio, entram os velozes Sharlon e Vaninho.

Sob o comando firme do estrategista Luiz Pondé, conhecedor profundo do futebol, o time tem consciência do que deve fazer em campo e não sai do padrão definido pelo professor. Encolhe-se quando atacado, e sai em alta velocidade quando retoma a posse da bola. Por apenas acrescentar alguns novos componentes, a equipe tem um entrosamento de vários anos. Coisa que facilita muito nesse campeonato em que os grandes investiram em atletas de outras praças esportivas, e ficam a carecer de bom entrosamento.

Para mim, os dois melhores times, em nível de entrosamento e definição tática de jogo, hoje, no campeonato sergipano, são sem sombras de dúvida, Guarany e São Domingos. Por isso que não menosprezo o poderio técnico-financeiro do River Plate, mas acredito muito na determinação demonstrada pelos atletas do Coelho, e creio que vai dar Coelho na decisão.

quarta-feira, 30 de março de 2011

A barca do Estanciano


Aê! Conversei com o Josué Santos, do Estanciano, e fiquei sabendo:

Que estão chegando 5 jogadores para o Estanciano:
- Felipe Borges - atacante
- Junior - zagueiro
- Alex - meia
- Rafael - zagueiro
- Luan - atacante

Que estão saindo:
- Alan Dinamite - atacante
- Carlisson - zagueiro
- Romário - atacante

Que a Federação envia 2 bolas para ser posta em jogo. Caso uma dessas bolas seja roubada, o clube paga da renda, R$ 200,00. Mas o preço de mercado dessa bola é de R$ 150,00.

Que o prefeito Ivan questionou ao advogado Clóvis Barbosa sobre possíveis irregularidades na contabilização da ajuda ao Estanciano. Ouviu a orientação de que não há irregularidades. Várias prefeituras ajudam e colocam como investimento em patrocínio, pondo a marca da municipalidade na camisa do clube. Donde se conclui que o circulo se fechou. Agora a prefeitura só não dá a ajuda, se "outros motivos" não "permitirem".

terça-feira, 29 de março de 2011

O pito da FIFA

O presidente da FIFA Joseph Blatter passou um pito no governo brasileiro avisando que se não forem aceleradas as obras, o Brasil terá dificuldades com os 12 estádios já definidos como base para a Copa 2014. Além da Copa das Confederações que será realizada por aqui. Segundo o presidente Blatter, a Copa é para hoje e o Brasil pensa que é amanhã. Que as obras estão mais atrasadas que as da África do Sul no mesmo período da última copa.

O ministro dos esportes Orlando Silva saiu em defesa do governo e declarou que vai convidar o presidente da FIFA para uma visita ao país e aos locais onde estão sendo realizadas as obras; que essas obras estão de vento em popa, e que as declarações de Blatter teria mais relação com uma possível mudança de foco da FIFA, que está em processo de eleição.

Ora! De repente o ministro Orlando esquece de que ele mesmo já declarou que o país tem problemas de infra-estrutura em áreas como aeroportos e mobilidade urbana, além de segurança, hotelaria, atendimento, etc.

Para ajudar o nosso ministro, seria importante que ele desse uma passada d’olhos sobre o relatório do PANORAMA DOS ESTÁDIOS DA COPA DO MUNDO apresentado na primeira semana do mês em curso. Está no relatório que dos 12 estádios definidos, 4 (São Paulo, Natal, Fortaleza e Curitiba) ainda não saiu do papel; 5 (Brasília, Manaus, Recife, Belo Horizonte e Salvador) estão em obras de fundação; que apenas 3 (Arena Pantanal, Maracanã e Beira-Rio) estão com obras em andamento. Se esses dados dizem que as “obras estão a todo vapor”, o que significa então “estarem atrasadas”?

Existe muita idéia, muito projeto, muita mídia, e pouca ou nenhuma ação. A impressão que fica é de uma esperança infantil de que, tudo o que tem para ser construído e transformado, o será num simples toque de mágica. Até o governo de Sergipe também já entrou na brincadeira, e apresentou ao presidente da Federação José Carivaldo Souza, um grande projeto para construção de um Centro de Treinamento na Barra dos Coqueiros. Rá!

Comparar?!!

Colega blogueiro escreve sobre jogs de despedidas de atletas de futebol. Segundo ele todos deveriam ter seu jogo de despedida. Mas, todos quem? Fazer despedida de Ronaldo, Cafu, Romário, é fácil. Quero ver é fazer despedida de Pão - ex-lateral esquerdo do Sergipe na década de 70, de Edy - meia esquerda do Confiança que ainda hoje bate pelada na Vila Operária, em Estancia, e tantos outros, que desfilaram nos gramados e não atingiram o rol da fama nacional e internacional.


Outra incoerência é essa mania de fazer comparações em numeros e ações governamentais entre Brasil e Cuba. Como voce pode comparar alguma coisa num entre um país com 183,9 milhões de habitantes - o Brasil, vivendo numa democracia, e um outro com apenas 11,4 milhões - Cuba, vivendo sob uma ditadura. Quando servi ao Exército, achava maravilhosa a organização da caserna. Só quando passei a fazer as fachinas e tudo que é serviço de preservação no quartel de forma obrigatória, foi que entendi porque a escola em que estudava não tinha a mesma manutenção.

Para com isso gente! Vamos resolver nossos problemas e se quizermos fazer comparações, vamos correlacionar com paises de mesmo porte e de mesmo regime político. Ora, ora! Comparar como se aposenta um atleta de alto nível, com um simples mortal? Comparar como isso é feito em Cuba, onde o atleta é um divulgador do regime, com os nossos, que na maioria dos casos não sabem recitar o hino nacional? Rá!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Nova forma de ver o futebol

Ficamos reclamando porque nossos clubes vão contratar em Alagoas, Bahia, Pernambuco, Paraíba.

A análise é que são praças identicas à nossa.

Gente, no futebol de hoje, os atletas não ficam mais duas/tres temporadas no mesmo clube (só os ruimzinhos!). Bastou um pequeno destaque para ser levado por um emprensário para outras praças.

Por isso que se pode encontrar bons jogadores em quaisquer praças. Os clubes não fazem longos contratos e os atletas meiótas como os nossos, vão de uma praça prá outra em busca de serviço.

Se você prestar a atenção, vai verificar que diferente de antes, que o jogador da primeira divisão não aceitava "descer", hoje o campeonato da série A2 está recheado de jogadores que disputaram a divisão especial, e ficam por aqui garantindo a empregabilidade.

Precisamos atualizar nossa maneira de ver a nova forma de se fazer futebol.

Final de semana dos regionais

Em Sergipe

Pela segunda rodada do cruzamento olímpico do primeiro turno, Taça Cidade de Aracaju, no sábado, em Carmópolis, no gramado maravilha do estádio Fernando França, o River Plate, o Leão rubro negro, venceu ao Guarany por 1 a 0, e carimbou a classificação para a final. No domingo, num jogo emocionante, o retorno dos titulares que não enfrentaram o Socorrense na derrota em Socorro por 1 a 0, trouxe ao São Domingos a força necessária para fazer o gol da vitória aos 44 do segundo tempo (2 a 1), e também colocar o Coelho do Agreste na final do cruzamento.

Com a definição dos classificados, a final que começa na próxima quarta-feira e encerra no domingo, terá o primeiro jogo na cidade de Carmópolis e o segundo, na cidade de São Domingos. Por ter alcançado maior numero de pontos durante a disputa da primeira fase, o São Domingos leva a vantagem de fazer a final no seu alçapão Arnaldo Pereira. Então tá confirmado: quarta, 30 de março, 21:00hs, no Fernando França em Carmópolis, River Plate x São Domingos. No domingo, 03 de abril, 15:15hs, a partida final, no Arnaldo Pereira em São Domingos, São Domingos x River Plate.

No Rio de Janeiro

No grande clássico na noite do domingo, Fluminense e Vasco não saíram de um 0 a 0. Desculpas de todos os lados para justificar o pífio placar. Mas o que valeu mesmo para o Gigante da colina foi permanecer no primeiro lugar do Grupo A, ao lado de Boavista e Americano, com o Flamengo colado nos calcanhares. Flamengo, aliás, que chegou a estar perdendo por 3 a 1, mas conseguiu chegar ao empate e pulou uma grande fogueira.

No grupo B, o Olaria que venceu ao Nova Iguaçu por 2 a 0, se mantém em primeiro com 12 pontos, seguido do Botafogo, que empatou em zero com o Boavista e chegou aos 10 pontos, e do Fluminense, que está com 8 pontos. Todos correm para não deixar o Flamengo ganhar esse segundo turno. Como ganhou a Taça Guanabara, se o Mengo ganhar a Taça Rio, será proclamado campeão carioca 2011.

Em São Paulo

Com o centésimo gol da carreira de Rogério Ceni, com uma grande festa e grande repercussão, o São Paulo venceu ao Corinthians por 2 a 1, Dagoberto marcou o primeiro gol tricolor. Com a derrota, o Corinthians perdeu a ponta da tabela, agora ocupado pelo Palmeiras de Felipão, que venceu ao Bragantino por 3 a 0. O Santos que ainda não encontrou sua melhor forma nessa interinidade técnica, venceu ao Ituano por 3 a 1 e empurrou a zebra Mirassol para baixo, assumindo o quarto lugar da disputa.

Oito clubes estão agora, classificados para as quartas de finais do campeonato paulista série especial: Palmeiras, 35; São Paulo, 34; Corinthians, 34; Santos, 34; Mirassol, 27; Ponte Preta, 26; Paulista, 25 e Oeste, com 24 pontos ganhos.

Não podia encerrar sem falar da grande festa dos 100 gols do Rogério Ceni, já chamado de Rogério Cem. É uma grande marca desse jogador que faz de sua carreira um grande exemplo a ser seguido. Também não dá prá calar sobre as contratações de Luiz Fabiano Fabuloso pelo São Paulo e de Adriano Imperador, pelo Corinthians. Histórias diferentes, mas a mesma esperança de que transformem o campeonato paulista numa briga particular que, com certeza, vai dar novo brilho à disputa.

Na Bahia

Pelas quartas de finais do grupo 3, o Bahia venceu ao Bahia de Feira por 3 a 0 e mantém o Vitória da Conquista longe com três pontos de diferença: Bahia, 7pt; Vitória da Conquista, 4pt.

Por seu grupo 4, o Vitória venceu ao Feirense por 3 a 1 e assim como o Bahia, mantém seu concorrente mais próximo, o Serrano, com uma diferença de três pontos: Vitória, 9; Serrano, 6 pontos ganhos.

Chamou a atenção na rodada desse final de semana no campeonato baiano, a verdadeira pelada entre Juazeiro e Ipitanga. O Juazeiro saiu na frente aos 9/1t. O Ipitanga virou para 3 a 1. O Juazeiro diminuiu para 3 a 2. O Ipitanga ampliou para 4 a 2 e parou de jogar. O Juazeiro aproveitou, foi marcando gols, até chegar ao placar de 7 a 4. Sei que você lembrou do último Sergipe 4 x 4 Confiança. É, foi meio pelada também.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Rocha no Sergipe?

E o Rocha foi embora. Vida de técnico. Seu time dá uma virada espetacular, toma conta do jogo durante todo o primeiro tempo e aos 14 minutos do segundo já está perdendo por 4 a 3 para o Sergipe. Consegue o empate aos 36, mas perde a classificação para o Guarany que venceu ao Estanciano por 2 a 0.

Algo acontece com a defesa do Confiança. De repente dá um apagão e o bicho pega. Lembram do jogo contra o River Plate? No final da partida, time vencendo por 1 a 0, os dois zagueiros brigam com a bola e a deixa limpinha prá Eder empatar a partida. E contra o Estanciano? Último lance da partida, zagueiro põe a mão na bola na meia lua da grande área. Se o Canarinho tem um bom cobrador, teria vencido a partida.

Agora vê só: o próprio Rocha dizia que estava difícil de contratar jogadores. No dia da sua saída, a diretoria comunica que vai trazer mais 3 jogadores. E não era tão difícil de encontrar jogadores? Está havendo desmanche de alguma equipe? Depois querem que se acredite no que dizem.

No Sergipe, continua a “efetivação de Chicão”. No entanto, não entregaram a documentação para seu registro profissional. À boca miúda, sabe-se que o destino de Rocha e de Jacó, recém-demitidos do Confiança, pode ser o João Hora. Seria uma boa solução caseira. Por mais que torça para que Chicão continue, não acredito que seja efetivado agora. Quem parece que não fica mais mesmo é o supervisor Virgilio. Encontrei com ele na porta do vestiário no último domingo e ele estava possesso. Segundo Virgilio, “é muita desorganização, não güento mais! Pediram para ficar até hoje. Mas não dá mais”. O destempero do técnico Guidon na partida preliminar, invadindo o gramado depois de expulso, para ir até a entrada da grande área tirar satisfações com o árbitro, demonstra bem o que se passa no mundão do Siqueira. Pena que os jogadores seguiram o líder e também tentaram fazer o mesmo, cercando o árbitro, até serem contidos pela polícia.

Não assisti ao jogo Estanciano 0 x 2 Guarany, na Vila Operária. Mas fiz alguns contatos e todos afirmaram que o Canarinho abusou em perder gols. O Galo do Sertão chegou em apenas três oportunidades ao gol verde e amarelo, fez dois. Para mim, um dos times mais bem arrumados desse campeonato chama-se Guarany. Dirigido pelo técnico Paulo Silva, ciente das suas deficiências, o verde e branco de Porto da Folha joga de forma consciente e harmônica, cada um sabendo sua função no gramado e com isso, ultrapassou seus adversários com uma campanha de 4 vitórias, 4 empates e 2 derrotas. Ficou com o segundo lugar do seu grupo, desbancando o Confiança, e vai fazer a primeira partida dentro de casa na próxima quarta, quando recebe o River Plate, com quem empatou por duas vezes nesse turno. Se vai ser o grande campão da Taça Cidade de Aracaju não sei. Mas que tem bala na agulha, isso tem.

A grande incógnita desse cruzamento é o River Plate. Mesma campanha do Guarany, com 4 vitórias, 4 empates e 2 derrotas, sua última vitória foi contra o São Domingos no dia 27 de fevereiro. Depois perdeu 2 seguidas e empatou as 3 seguintes. Não conseguiu vencer ao Guarany nesse turno. Empatou em Porto da Folha e em Carmópolis. Agora é hora da verdade, será que o rubro negro vai encarar?

E o São Domingos do técnico Luiz Pondé? Pega o instável Socorrense, que parece ter encontrado um rumo com o técnico Toninho Dumas. Com 5 vitórias, 2 empates e 3 derrotas, o Coelho do Agreste saiu das mãos de Pondé, passou para as de Ribeiro Neto e retornou para as de Luiz Pondé (e continua sem explicação a saída de Ponde no inicio do campeonato para dirigir o Estanciano). É outro time bem arrumado, com um plantel enxuto, mas conhecedor dos limites e potenciais. Sabe a hora de sair e a hora de esperar o adversário. Time perigoso.

Já o Socorrense, que vivia num tobogã sob o comando do Rivaldo Pimenta, tomou rumo com o Toninho e depois que venceu ao Confiança, ganhou respeito e mesmo perdendo por 3 a 2 para o Guarany, numa verdadeira batalha travada no Caio Feitosa, venceu o Itabaiana em pleno Médici. Na rodada que passou, ganhou a vaga vencendo ao São Domingos. Aliás, ainda não perdeu para o Coelho neste campeonato. Foram 4 derrotas, 2 empates e 4 vitórias que levaram o Socorrense à segunda colocação do grupo. O primeiro jogo entre ambos será realizado em Socorro, na próxima quarta às 21:00 horas, no Lelezão.

No Rio, depois que a presidente Patrícia Amorim conseguiu entregar e fotografar o presidente americano Barack Obama com a camisa rubro negra, continua a novela do possível retorno de Adriano ao Flamengo. Ele repete a todo o momento que quer voltar a vestir a camisa do mengão. Luxemburgo faz beicinho e diz que Adriano deve se enquadrar à filosofia do clube. Vários capítulos estão no prelo para encenação desse melodrama durante a semana.

No Fluminense a novela dos técnicos tampões para esperar Abel Braga continua. Agora foi o Gilson Kleina que está na Ponte Preta que disse não ao tricolor das laranjeiras. E tudo isso, com o time disputando o campeonato carioca no seu segundo turno, já perdeu para o Boavista por 2 a 0, e a Copa Libertadores, com jogo decisivo contra o América do México. Está muito difícil a vida do atual campeão brasileiro.

Depois de muito cheiro mole, Muricy Ramalho resolveu conversar com a diretoria do Santos. Particularmente não acredito muito que Muricy possa desempenhar um bom trabalho no Santos. Depois que saiu do São Paulo, passou pelo Palmeiras, foi para o Fluminense e ficou cobrando detalhes fora do campo de jogo, acho que o Muricy está com a mesma “filosofia” do Luxemburgo, que dá certo num time como o Flamengo porque é praticamente o presidente de ofício. Espaço que o Muricy não deverá encontrar no Peixe.

domingo, 20 de março de 2011

Tempos distintos, morrem abraçados

No clássico da volta da Taça Cidade de Aracaju, o Sergipe enfrentou ao Confiança. No primeiro jogo, com mando de campo do Confiança, empataram em 2 a 2. Dessa vez, num jogo de tempos distintos, o placar chegou ao elástico 4 a 4. O Dragão virou prá cima do Magnífico, e depois tomou uma virada. Na estranha estréia de Chicão (ele não pode trabalhar à beira do gramado, ficou na tribuna social, perto da torcida rubra), Rocha viu seu time dá um show até os 40 do primeiro tempo, e voltar para o segundo tempo tão desarrumado que tomou 3 gols e apenas 14 minutos.

Para você entender o que aconteceu. O Sergipe abriu o placar aos 5 minutos do primeiro tempo. Não houve tempo de se fazer uma análise do que tinha acontecido até ali. Uma falha da defesa do Dragão, e o Magnífico estava na frente do marcador. A partir daí, o Confiança tomou conta do jogo. Da Silva e o estreante Flamel, deitavam e rolavam em campo. Aos 11, Da Silva empatou o jogo. Aos 34, foi a vez de Flamel virar a partida em favor do Confiança. Aos 37, o ala Toni fez o terceiro gol proletário, ainda no primeiro tempo. Intervalo de jogo. O torcedor rubro pasmo, o proletário, delirando.

Retornam os times dos vestiários, para o segundo tempo. Aos 9, William Goiano aproveita uma bola que cruzou toda a pequena área e de cabeça, faz o segundo gol do Sergipe. Sob o olhar complacente da defesa e angustiado da torcida proletária, Rafael Grampola marcou aos 11 e aos 14, empatando e virando o jogo. 14 minutos de segundo tempo. Nem o mais louco torcedor acreditava no que estava assistindo. O do Sergipe, por não entender como um time totalmente dominado no primeiro tempo, encontrou força para tamanha reação. O do Confiança, estupefato, sem acreditar no que estava vendo. Como seu time se deixava vencer tão estupidamente, em apenas 14 minutos de jogo?

Os técnicos começaram a mexer nos plantéis. O do Dragão por necessidade de tentar alguma reação. Tirou Eduardo Silva, Ciro e Cleber, fazendo entrar Jadilson, Saci e Thalysson. O do Magnífico por não ter opção. Tirou Osvaldo ainda no meio do primeiro tempo, por deficiência técnica. E depois teve que colocar Carlos no gol do lesionado Nilson, e Toti no lugar de Rafael Grampola, para recompor a defesa, devido a expulsão de William Goiano. Aos 36 do segundo tempo, o endiabrado Da Silva fez o seu segundo na partida, e voltou a empatar o prélio.

Destaques no jogo para os capetinhas Da Silva e Flamel, no primeiro tempo, pelo Confiança. E para Bruno e Rafael Grampola, pelo Sergipe. O Grampola pelos gols que ajudaram a virar um jogo quase perdido. E o Bruno, pela excelente marcação em cima do Da Silva, quando não perdeu uma só investida, ganhando todas para o excelente atacante proletário. Se não é o Bruno, o Da Silva tinha aprontado muito mais.

Com o resultado, os dois times perderam a chance de participar do cruzamento olímpico dessa primeira fase. E com isso teremos um cruzamento “Caminho de Roça”. Na primeira rodada o Guarany recebe o River Plate no Caio Feitosa. E o Socorrense recebe o São Domingos no Wellington Elias. Na segunda rodada os mandos de campo se invertem, e será a vez de River Plate e São Domingos jogarem em casa para decidirem quais os que em duas partidas, farão a finalíssima da Taça Cidade de Aracaju.

A renda de Sergipe 4 x 4 Confiança foi de R$ 32.400,00, para 1.767 pagantes e 399 não pagantes.

O quarteto de arbitragem foi formado por Rogério Lima da Rocha, Cleriston Clay Barreto Rios, Edmo Oliveira Santos e Wendel Oliveira.

Gols: Paulinho-5/1t, William-9/2t e Rafael- 11 e 14/2t para o Sergipe. Da Silva-11/1t e 36/2t, Flamel-34/1t e Tony-37/1t para o Confiança.

Cartões: Amarelos – Nilson, Carlos, William Goiano, Michel e Tóti pelo Sergipe. Eduardo Silva, Cláudio Baiano, Roberto, Ciro e Da Silva, pelo Confiança. Vermelho- William Goaino-Sergipe.

Times:
Sergipe – Nilson(Carlos); Bruno Matos, Bruno, William Goiano e Fábio; Denisson, Michel, Thiago e Paulinho; Rafael Grampola(Toti) e Osvaldo(Renan). Técnico Chicão.

Confiança- Hudson; Tony, Eduardo Silva(Jadilson), Cláudio Baiano, Gláuber e Cleber(Saci); Alex Franco, Roberto, Ciro(Thalysson) e Flamel; Da Silva. Técnico Nadélio Rocha.

Outros resultados:
River Plate 1 x 1 Itabaiana
Olímpico 0 x 0 América
Estanciano 0 x 2 Guarany
Socorrense 1 x 0 São Domingos

quinta-feira, 17 de março de 2011

Vender não, negociar!

Aê! Tudo bem? Chicão foi confirmado como novo comandante técnico do Sergipe “até o final do campeonato”, nas palavras do presidente Carlos Alberto. O que entendo mas não quero repetir o que todos já falaram, é que o grupo que assumiu como “nova diretoria” deveria realmente saber o que estava acontecendo dentro do clube. Se sabia e aceitou, é porque acreditava ter capacidade de resolver as dificuldades á época, conhecidas. A chamada capacidade de gerenciamento tão propalada em verso e prosa, não passou até agora, de puro engodo político. Então, como em qualquer navio indo a pique, há uma enorme corrida em direção aos barcos salva-vidas.

Administro meus bens pessoais e algumas “cositas mas”. Não sou esse empreendedor todo. Mas de uma coisa tenho certeza: não se desfaz de patrimônio para pagar dívidas. Dívidas são negociadas. Que credor vai negociar dívidas com quem não tem patrimônio para garantir? Que tara é essa desses administradores, que sempre querem vender o patrimônio do clube para pagar dívidas? Por que não negocia com o credor? Meu amigo José Queiroz da Costa, que transformou o Cantagalo no então poderoso Itabaiana, uma vez me disse que não devesse pouco. Segundo ele, “quando você deve pouco, o credor vem e cobra. Quando você deve alto, o credor sempre vem negociar”. Mas parece que só eu e o Queiroz sabemos disso. Eu, porque ele ensinou!

O atual administrador do tricolor quer vender parte da Vila Olímpica, prá pagar dívidas. O maior e mais seguro veio de recursos do Sergipe, o Posto, está sendo cogitado prá ser vendido, pelo atual administrador rubro. Sabe-se que o Confiança esteve com dívida duas vezes maior que a do Sergipe hoje. Seus administradores negociaram, talvez porque o Sabino não é do Dragão, mas negociaram. Quando a Ford esteve no vermelho, Lee Iacoca demitiu metade dos empregados e arrumou a gigante do automobilismo. Mas causou um desemprego de proporções mundial. Quando a Sony também entrou no vermelho, Akio Morita convocou os empregados e juntos, reconstruíram a gigante em tecnologia, sem desempregar ninguém. É só uma questão de visão, de fé, de acreditar nos demais integrantes do grupo. Está na hora dos dirigentes do Sergipe usar de humildade, e buscar com mais experientes, a solução para a negociação da dívida.

É grande a possibilidade de uma grande festa do interior, nesse cruzamento olímpico que se aproxima. São Domingos e River já garantiram presença. Guarany e Socorrense podem sim, serem os próximos. Claro que troço pelo Estanciano. Mas é muito difícil de o Socorrense não vencer em casa, ao classificado São Domingos. Quanto ao Confiança, sem Raulino e Bira, pode até vencer ao Sergipe. O problema é que o Magnífico Rubro vai naquela de “nada-a-perder”. O que o torna perigoso para Dragão. Té mais vê!

terça-feira, 15 de março de 2011

Falta é qualidade e testículo roxo

Aê! A bola da vez é a má campanha que os três motores do futebol sergipano vêm realizando até essa última rodada. Nem Sergipe, nem Confiança, nem Itabaiana tem conseguido empolgar sua torcida, a ponto de as rendas não estarem nem cobrindo as despesas de cada partida. Deixa claro então, que as rendas com sempre, também não cobrem as despesas mensais. Mas vamos tentar entender o porquê dessa dificuldade inicial dos gigantes.

Comecemos pelo Tricolor da Serra. No começo do ano, o Itabaiana havia liberado o elenco e começou o processo de renovação. Contratou um técnico do Pará e trouxe vários jogadores que ainda não tinham atuado no nosso futebol. O que vimos em campo foi um time que sabe o que faz dentro de campo, que domina o adversário, mas não consegue transformar esse domínio em gols. Quem assistiu ao jogo do Tricolor contra o Sergipe no Batistão, viu que se tivesse marcado metade dos gols perdidos, teria saído já no primeiro tempo, com um placar de no mínimo 3 a 0. No finzinho ainda do primeiro, conseguiu marcar através de Capela. No segundo tempo, tomou o gol de empate e continuou com o jogo nas mãos, mas não teve competência para vencer. O resultado já é de domínio público: o técnico Samuel Cândido foi demitido. Para mim, um técnico cujo time domina o adversário, entende do que faz e o faz com competência. O que ele não pode é fazer com que os atletas façam aquilo que não têm capacidade de realizar. Falta mesmo é qualidade técnica aos atacantes do tricolor.

No Sergipe a coisa não fica muito distante. Depois de trazer um caminhão de jogadores e um técnico desconhecido, a nova diretoria viu que o barco estava afundando e trocou de treinador. Narciso chegou precedido da desconfiança de que não havia trabalhado com jogadores profissionais. Mas vem demonstrando que tem conhecimento de causa. Porém, o time que tem nas mãos para trabalhar, peca na falta de qualidade técnica e até mesmo física, como tem sido amplamente demonstrada nos vários jogos, em que jogadores rubros saem de campo aos frangalhos. Não vai adiantar trocar de técnico se continuarem os mesmos jogadores. Tem que contratar mais e melhor.

O caso do Confiança é atípico. Time começou os treinamentos bem antes que seus adversários. Teve tempo bastante para catar seus jogadores, até porque não havia ainda a chamada concorrência. Escolheu, contratou, treinou, mas não vem mostrando em campo o resultado que todos esperavam. O técnico Rocha não conseguiu dar um padrão de jogo ao time. Dentre os jogadores que tem em mãos, só uns poucos parecem entender o que quer. Culpa de quem? De quem contratou ou de quem está no comando da equipe? Observo que Rocha trabalha sério, trabalha duro, que mostra o caminho. Só que o time não empolga, não dá aquela confiança de um time que teoricamente sabe para onde vai, mas que não consegue chegar ao destino.
Com um elenco de 15 profissionais, o Confiança não tem peças de reposição. Todos já sabem as substituições: Sai Cleber, entra Saci. Sai Eduardo, entra Jadilson. Sai Da Silva, entra Ricardo. Sai Ciro, entra Talisson. Valdo é o reserva da defesa. Dá prá ver que não é um time de qualidade técnica.

Veja como as coisas são feitas neste futebol, e que depois ficam todos a reclamar que a Federação nada faz pelos clubes. A Federação convocou os clubes, expôs a formula do campeonato, elaborou a tabela, arrumou a comissão de arbitragem, pediu de pires na mão ao governo, tanto estadual como ao do município de Aracaju, conseguiu o apoio da Policia Militar e tantas mais. Aos clubes restou apenas a formação das equipes e a sua manutenção que seria através das rendas, somadas aos patrocínios. Ocorre que com os times fracos que foram montados, nem torcedor vai aos estádios, nem patrocinador se sente atraído para investir.

Vou repetir uma frase que não me canso de falar: não temos dirigentes à altura de um futebol forte, pujante. Os atuais dirigentes são pífios em termos de promoverem o futebol. Não têm carisma, não têm coragem, não têm um mínimo de orgulho pelo que fazem, se vangloriam da mísera ação de contratar e desligar jogadores e técnicos, são meros sonhadores sem cunhão roxo para fazer o que precisa ser feito. Por isso que José Queiroz da Costa ainda é o maior dirigente que passou neste futebol nos últimos anos. Por isso que Antonio Soares da Mota continua na cabeça da torcida. São homens que diziam e faziam. Que mandavam e tinham coragem de dizer que eram eles quem mandava. Hoje só tem Antonio Pastel, do Estanciano, que disse que se fosse prá jogar em outro município tirava o time do campeonato, e a Federação “aceitou” a Vila Operária; e Joaquim Feitosa do América de Propriá, que no meio do campeonato, mandou o técnico e seu grupo embora, e formou outra equipe com outro técnico. E a toda hora bate de frente com a Mentora do Futebol. Pena que estão em times chamados pequenos e longe da grande mídia da capital.

Resumindo e fugindo do que diz meu amigo Antonio Costa. É preciso contratar com qualidade. Não adianta dizer que no momento está difícil, que não é verdade. Não adianta dizer que há um nivelamento por baixo, também não é verdade. Campeonato carioca, por exemplo, alguns times tem dificuldades para vencer adversários de pequeno porte, é verdade. Mas o Flamengo é o campeão do primeiro turno. E se o Fluminense foi eliminado pelo Boavista, mas a torcida vibrou comos gols de Fred, Deco, Conca, Rafael Moura; e aqui qual o destaque do time? Da Silva? Thiago? Ciro? Tiririca? Tem jogadores nos chamados grandes hoje, que não teriam vaga nos chamados pequenos. Quer ver? Em qual time dos pequenos, Saci jogaria? E Tiririca? E Flávio Goiano? Então, é ou não é falta de qualidade técnica? Té mais vê!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Muricy foi embora

Assiti parte do primeiro e o segundo tempo de Flamengo x Fluminense. Como sempre, acho a forma do Flamengo jogar muito complicada. O intectual-peladeiro Vanderley Luxemburgo cria esquemas demais para uma simples partida de futebol. Confesso que tenho curta inteligência para entender tamanha indiossincrasia tática. Mas, o Flamengo vem ganhando, continua invicto, recolho-me então à santa insignificância do burrinhos que, como diria minha mãe do alto dos seus bem vividos 100 anos, "mucha as orelhas, põe o rabinho entre as pernas e sai de fininho."

Gostei mais do Fluminense. Mais ousado, mais aplicado, menos inventivo em termos táticos. Apesar de não entender como o Muricy deixa o Souza e o Araújo no banco de reservas. Foi só os dois entranrem no jogo para o tricolor encurralar o rubro negro que passa a viver de um milagre dos pés de Ronaldinho. Berna fez umas boas defesas. Mas as melhores foram realizadas pelo Felipe.

Depois de tudo, na viagem de volta, vim ouvindo música e não acompanhei o noticiário esportivo. Só quase no finalzinho do Fantástico que trouxe umas reportagem muito boa sobre as máquinas das multas no trânsito, é que após os gols, o Tiago Laffer trouxe a notícia de que o Muricy teria suspenso a entrenvista coletiva após o jogo e entregue o cargo de técnico do Fluminense. É uma pena. Mas é vida que segue.....

A rodada do sergipão desse domingo 13

Aê, tudo bem? Fiz o jogo Confiança e Estanciano na tarde desse domingo, no Batistão, em Aracaju. Mas acompanhei via plantão, a rodada que se desenrolava nos quatro cantos do Estado. Enquanto o Canarinho lutava bravamente com o meio campo recheado do Dragão, ao final do jogo, verificamos que quem fez as defesas mais importantes foi o goleiro Hudson, do time azulino. Mais uma vez, o técnico Rocha montou sua equipe com apenas Da Silva como atacante de ofício, e com Ciro tentando fazer uma espécie de pivô na frente da grande área adversária.

Esse esquema deu certo contra o Olímpico e todos passaram a acreditar que o time tinha finalmente encontrado um padrão de jogo. Ledo engano. O Confiança continua todo embolado, com um monte de jogadores ocupando o meio de campo, que passa a impressão de domínio da partida. Porém, o que se vê é que dessa forma de jogar, o Dragão venceu ao Olímpico por 4 a 0, perdeu para o Socorrense por 1 a 0, empatou com o River no Batistão por 1 a 1, e finalmente empatou com o Estanciano em 0 a 0. Está em segundo no seu grupo com 13 pontos. Atrás do São Domingo que tem 14 e seguido do Guarany também com 13 e do Itabaiana com 11.

O São Domingos tem mais duas partidas a disputar. Os demais do grupo têm apenas uma. O Coelho do Agreste joga na próxima quarta em Carmópolis, contra o River, e no domingo vai a Socorro, onde pega o time da casa. O Galo do Sertão joga sua partida contra o Estanciano, na Vila Operária, em Estância. Jogo difícil, mas possivelmente menos perigoso que um clássico contra o seu maior rival, como terá o Confiança, que enfrentará o Sergipe na última rodada.

Aliás, o Sergipe também está em maus lençóis. Depois de vencer o Guarany por 2 a 0, empatou em Porto da Folha em 1 a 1, empatou também por 1 a 1 com o Itabaiana, perdeu pro São Domingos por 1 a 0 e empatou como América em 0 a 0. Está em quarto lugar no seu grupo e mesmo vencendo ao Confiança no clássico de domingo que vem, arrisca a ficar de fora do cruzamento olímpico. Situação complicada a do Magnífico. Sem qualidade no elenco, técnico Narciso tem queimado as pestanas para montar uma equipe competitiva.

Em Estância, o presidente Antonio Pastel se-vira-nos-trinta para conseguir quitar dívidas com um grupo, que continua acreditando e jogando bem sob o comando do grande Pedro Costa. Diferente de Narciso no Sergipe, Pedro Costa recebeu um time desmotivado, mas com boa qualidade técnica. Por isso, desde que chegou ao Canarinho Impiedoso, venceu o São Domingos na casa do adversário por 1 a 0, empatou por duas vezes com o Itabaiana (1 a 1 e 0 a 0), empatou com o São Domingos em 1 a 1, venceu o América em Propriá por 3 a 1, e empatou no Batistão em 0 a 0 com o Confiança. Domingo lutará duramente com o Guarany na busca de uma vitória, e ficará na torcida para que o Socorrense não vença o São Domingos.

As arbitragens vêm sendo um capítulo à parte neste campeonato. Reclamações de todos os lados. A Federação deve tomar alguma providência. Clubes já cogitam trazerem árbitros de outras federações. Té mais vê!

terça-feira, 8 de março de 2011

Dificil de vender

Na rodada desta quarta, a oitava do campeonato sergipano de profissionais, o grande clássico será a partida entre Confiança x River Plate. Jogo da Tv, 21:00hoas no Batistão, as duas grandes equipes terão que jogar muito para tirar a péssima má impressão causada na rodada passada. Enquanto o River deu-se à infâmia de perder em casa para o América de Propriá, o Confiança vai ter muito que se explicar para sua torcida, depois da derrota para o Socorrense.

De nada adianta motivar a torcida, para em campo, as equipes não assumirem seus papéis de máquinas locomotivas, para puxarem as rendas com a venda do ingresso. O público sabe quando tem bom espetáculo e paga por ele. A prova foi que o jogo River x Botafogo/RJ teve uma renda superior a R$ 276 mil, com um público pagante de 10.500 torcedores. Agora, como vender um jogo entre dois dos maiores times do atual campeonato, que perderam a partida anterior para equipes consideradas pequenas? Fica dificil, muito dificil !

quinta-feira, 3 de março de 2011

A lua-de-mel proletária e a noite mágica de Da Silva

Aê! Tô escrevendo e observando no quintal da casa logo após o verde das árvores, um lindo sol de inicio de tarde. Um momento tranqüilo, uma brisa suave, para equilibrar com o calor forte, e o céu de um azul magnífico. Dois pés de rosas floridos de rosa e branco dão-me uma certeza: é cara, estou em casa. Depois do almoço, cadelinha passa lentamente em direção ao cantinho preferido prá dormir, e o café coado começa a cheirar. O galo canta no terreiro e o passarinho se agita na gaiola. Colorida borboleta travessa, beija flor a flor. E eu pensando em futebol.

Pois é. Assisti ao vídeo do gol do Botafogo. Depois que o Valdson chutou a bola, tirando da sua área, os jogadores do Botafogo continuaram jogando normalmente, quando ouviram o aflito apito do árbitro dando como gol a bola que não entrou. Você vê claro nos rostos dos botafoguenses, a surpresa que se transforma em alegria e só então, eles passam a comemorar. Mesmo sem confirmar com tira-teima e tudo mais, a reação dos jogadores foi clara de que a bola não entrou. Eles não tiveram dúvidas. Tanto que continuaram o jogo sem nem reclamar ou fazer qualquer gesto que indicasse a possibilidade do gol. Uma vergonha.

E não me venha com estória de “choro de perdedor”! É claro que os pênaltis perdidos, também foram vergonhosos. O Bebeto Oliveira e o Fábio Jr não devem ter treinado bater pênaltis daquela forma (pro alto e prá fora). A falta de confiança os fez mudar a forma da cobrança. Natural em jogadores sem experiência de grandes jogos, grandes decisões. Mas ficou comprovado que com uma boa organizada no grupo diretivo, contratando jogadores com mais experiência, todos tem condições de chegar mais longe nos campeonatos patrocinados pela CBF. Parabéns Hernando Rodrigues, Fernando França, a comissão técnica e todo o elenco do River Plate. Nós sergipanos recebemos uma forte dose de auto-estima com a sua participação na Copa do Brasil. Com exceção da torcida do Glorioso, por motivos óbvios, todos vibraram e passaram oito belos dias de expectativa entre as duas partidas.

Quem entrou em fase de lua-de-mel com seu time foi a torcida proletária. Depois de vaiar o time, naquele sábado em que o Dragão sofreu para virar nos minutos finais da partida, o jogo contra o saco de pancadas Socorrense. Depois de ficar desconfiada no empate do Souzão em Itabaianinha. Finalmente, num jogo em que o técnico Rocha dizia está em dúvida qual o grupo colocar em campo, o time se encontrou em campo e fez a festa em cima do Olímpico. O chamado dragão da zona sul não teve forças para segurar o bom futebol apresentado por Da Silva e sua turma.

Noite de gala para Da Silva. Esteve simplesmente endiabrado o veloz ponteiro do Confiança. Deu uma canseira desgraçada no seu marcador mais direto – o menos avisado Stênio, que teve que ser substituído. Autor de boas e belas jogadas desde os primeiros minutos, sofreu o pênalti convertido pelo Bira, deu um passe milimétrico para Ciro fazer o terceiro, e fechou a mágica noite com um golaço. Quando foi substituído, saiu aplaudido. Destaque também para os dois volantes Roberto e Eduardo. Além da marcação, com eles a saída de bola fica bem mais fácil. A qualidade do passe do Eduardo faz a diferença.

Durante a narração de Confiança 4 x 0 Olímpico, a gente dizia que o Estanciano iria sair vitorioso do estádio Médici. Falei sobre isso no comentário passado. E por pouco o Canarinho Impiedoso não retorna para Estância com uma vitória. Colegas presentes no estádio foram pródigos em afirmar que o Estanciano mereceu vencer a partida. Domingo tem jogo difícil, mesmo jogando em casa. É que vai enfrentar o São Domingos, que na estréia do professor Luiz Pondé sua grande motivação.

Sofreu. Sofreu muito o Sergipe. Mas trouxe um empate com sabor de vitória de Porto da Folha. Saiu na frente do placar, e segurou durante todo o primeiro tempo. No segundo, sem medo de perder por mais ou empatar e até mesmo vencer a partida, o Guarany foi só ataque. Encurralou o Sergipe no seu campo e passou a martelar o gol do bom goleiro Nilson. Através de um pênalti, o Galo chegou ao empate e manteve a pressão até o apito final. Fogueira pulada para o Sergipe, que sábado tem jogo da Tv às 15:00 horas, no Batistão, contra o Itabaiana.

Saiu a convocação da seleção brasileira para o amistoso contra a Escócia, no dia 27, no Emirates Stadium, em Londres. Alguns retornos, algumas novidades, muito a que se falar até o jogo. Eis a relação:

Goleiros:
Julio César (Inter de Milão)
Jefferson (Botafogo)
Victor (Grêmio)

Laterais:
Daniel Alves (Barcelona)
Maicon (Inter de Milão)
André Santos (Fenerbahçe)
Marcelo (Real Madrid)

Zagueiros:
Thiago Silva (Milan)
David Luiz (Chelsea)
Luisão (Benfica)
Lúcio (Inter de Milão)

Volantes:
Lucas (Liverpool)
Ramires (Chelsea)
Sandro (Tottenham)
Henrique (Cruzeiro)

Meias:
Elias (Atlético de Madri)
Elano (Santos)
Renato Augusto (Bayer Leverkusen)
Jadson (Shakhtar Donetsk)
Lucas (São Paulo)

Atacantes:
Alexandre Pato (Milan)
Nilmar (Villarreal)
Neymar (Santos)
Jonas (Valencia)

Então, gostou da relação? Chamaria mais quem? Sentiu falta do Robinho? Continuaria com André Santos recuador de bolas? Trocaria Huck por Jonas? Mande sua opinião, dê o seu palpite.

Prá não esquecer: dia 05 é aniversário do estádio Francão. Realmente gostaria de escrever algo de bom. Mas temo que seria traído pela consciência de que essa reforma não acabe nunca, e termine escrevendo o que não quero. Claro que o estádio não merece passar pelo que está passando. Estância não merecia ver seu time brilhando na primeira divisão e, além de não jogar no maior estádio do município, ficar a dever agradecimentos ao falecido rival, por permitir usar seu espólio. Ah! Desculpa gente! Falei que não devia escrever, que seria traído pelo inconsciente (ou é consciência?). Ó! Posso fazer uma pergunta? Hum, melhor não!
Té mais vê!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Rodada do Sergipãp e as arbitragens

Aê!Será muito interessante a rodada do campeonato sergipano que começa nesta tarde, com o Sergipe indo a Porto da Folha para enfrentar o Guarany no seu alçapão, o acanhado estádio Caio Feitosa. Será um grande teste para a equipe rubra e para o seu treinador Narciso. Para o time porque terá de se superar para jogar num estádio pequeno, apertado, com a torcida em cima, com um calor imenso, vento contra ou a favor e contra um time que sabe usar o fator campo e calor a seu favor. O técnico Paulo Silva tem conhecimento da equipe que tem em mãos, montou um bom esquema e seu grupo sabe o que faz dentro de campo. Tudo isso torna mais atraente o jogo que por não ter refletores no estádio, terá de começar às 15:15h, horário ainda muito quente.

Em Propriá o América recebe a visita do Socorrense. Ambos vêm lutando para sair da difícil situação em que se encontram. O Socorrense, que como Confiança e Itabaiana deveria ser chamado de “a Socorrense”, já que é uma associação, vem conseguindo se reequilibrar. Depois do calor que deu no Confiança, quando perdeu o jogo nos últimos minutos da partida, quando o Dragão virou o jogo, no jogo passado sapecou nesse mesmo América um sonoro 3 a 0. Esse é o jogo da volta. O técnico Marcelo Sergipano não está quebrando a cabeça para montar a equipe porque não a tem. Depois de dispensar 12 e avisar que mais 5 devem sair, devem ter sobrado muito pouco para montar o time. Em assim sendo, é só colocar quem tem em campo, e torcer para que a diretoria realmente comece a cuidar do clube.

O Estanciano por pouco não vence ao Itabaiana no ultimo domingo na Vila Operária. Não fosse a desastrosa atuação da arbitragem e principalmente de um representante da Federação que cismou de “encarar” a torcida canarinha, o Canarinho Impiedoso teria conquistado a vitória na estréia de Pedro Costa. No jogo de logo mais, da TV, às 21:00h, no Médici, O Estanciano volta a enfrentar o Tricolor da Serra no jogo de volta. Acredito na possibilidade de um retorno com vitória para o time da Cidade Jardim do Estado. Mesmo em primeiro lugar no seu grupo, o Itabaiana ainda não dá segurança para a sua torcida pensar em time forte. No campeonato perdeu para o River, venceu ao Socorrense e ao Sergipe (em casa e de forma sofrível) e empatou com Olímpico e Estanciano. A vitória sobre o Sergipe até hoje tem a arbitragem bastante contestada.

O São Domingos sobra na rodada. Seu jogo contra o River Plate foi transferido tendo em vista o jogo do tricolor pela Copa do Brasil. O River enfrenta ao Botafogo no Engenhão às 21:00h, em jogo que deverá ser transmitido pela Tv. Desde segunda-feira que o River está no Rio de Janeiro treinando e esperando a hora da partida. O Glorioso não poderá contar com seu artilheiro Loco Abreu, que sentiu problemas físicos. Caio deverá ocupar a posição. Com isso Valdson vai jogar sem a obrigação de “colar” no Loco como fez no jogo do Batistão, quando o River venceu por 1 a 0.

No Batistão, será reeditado o clássico entre os dragões. O Dragão do Bairro Industrial faz o jogo da volta contra o Dragão da Zona Sul. Confiança e Olímpico farão um jogo onde será confirmada ou não a supremacia da Máquina Mortífera. No jogo passado, no empate de 1 a 1, muito se falou sobre um gol anulado do Confiança, que daria a vitória ao Dragão. Hoje as equipe têm a oportunidade de tirar essas dúvidas. Pena que o time de Nadélio Rocha não possa contar com os novos contratados Flamel e Cleber, ainda não regularizados.

Uma coisa que está preocupando a todos é o nível das arbitragens. Temos trabalhado ao lado de um comentarista que viveu alguns anos da sua vida dentro do gramado como árbitro ou bandeirinha. Como grande profissional que é Raimundo Lucas, mesmo com a grande experiência adquirida na prática, é um estudioso do assunto arbitragem. E não são poucas às vezes em que ele reclama da arbitragem que vem comandando nossos jogos. Além dele, outros colegas e principalmente os torcedores das mais variadas matrizes, demonstram insatisfação quando se toca na arbitragem do campeonato. De árbitros “mortos” ainda no primeiro tempo de jogo, correndo pelo corredor entre as áreas para diminuir o percurso, deixando que o bandeirinha se torne árbitro marcando faltas, trocando e invertendo faltas, deixando de aplicar a regra na sua mais simples execução, todos têm sido pródigos ao reclamar das arbitragens.

Jogo Sergipe e América. Dois pênaltis marcados, ambos contestados. Confiança e Sergipe, o bandeirinha marcava todas as faltas pelo seu lado, mesmo quando o árbitro estava a dois metros de distância. Itabaiana e Sergipe, todos que estavam no estádio Médici são unânimes em afirmar que no segundo tempo do jogo ocorreu um pênalti claro para o time da capital, não assinalado pelo árbitro. Olímpico e Confiança, testemunhas afirmam que um zagueiro do Olímpico teria tirado uma bola com mais de meio metro após a linha do gol, o gol não foi validado pelo árbitro nem pelo bandeirinha, mas confirmado em conversas informais pelo próprio atleta. Estanciano e Itabaiana, jogo empatado com pênalti só visto pelo árbitro. Nem a torcida tricolor poupou o conturbado juiz.

Como se vê, não é preciso muito esforço para se verificar que é preciso uma urgente tomada de posição da Federação através da sua Comissão de Arbitragem. Sabe-se que árbitros também precisam ganhar ritmo de jogo. Mas é preciso que se entenda que falta de ritmo não pode ser desculpa para profissionais que tem a responsabilidade de comandar o espetáculo do futebol. A falta de condições físicas, os erros básicos na aplicação da regra com certeza não têm relação com falta de ritmo. Té mais vê!