quinta-feira, 17 de março de 2011

Vender não, negociar!

Aê! Tudo bem? Chicão foi confirmado como novo comandante técnico do Sergipe “até o final do campeonato”, nas palavras do presidente Carlos Alberto. O que entendo mas não quero repetir o que todos já falaram, é que o grupo que assumiu como “nova diretoria” deveria realmente saber o que estava acontecendo dentro do clube. Se sabia e aceitou, é porque acreditava ter capacidade de resolver as dificuldades á época, conhecidas. A chamada capacidade de gerenciamento tão propalada em verso e prosa, não passou até agora, de puro engodo político. Então, como em qualquer navio indo a pique, há uma enorme corrida em direção aos barcos salva-vidas.

Administro meus bens pessoais e algumas “cositas mas”. Não sou esse empreendedor todo. Mas de uma coisa tenho certeza: não se desfaz de patrimônio para pagar dívidas. Dívidas são negociadas. Que credor vai negociar dívidas com quem não tem patrimônio para garantir? Que tara é essa desses administradores, que sempre querem vender o patrimônio do clube para pagar dívidas? Por que não negocia com o credor? Meu amigo José Queiroz da Costa, que transformou o Cantagalo no então poderoso Itabaiana, uma vez me disse que não devesse pouco. Segundo ele, “quando você deve pouco, o credor vem e cobra. Quando você deve alto, o credor sempre vem negociar”. Mas parece que só eu e o Queiroz sabemos disso. Eu, porque ele ensinou!

O atual administrador do tricolor quer vender parte da Vila Olímpica, prá pagar dívidas. O maior e mais seguro veio de recursos do Sergipe, o Posto, está sendo cogitado prá ser vendido, pelo atual administrador rubro. Sabe-se que o Confiança esteve com dívida duas vezes maior que a do Sergipe hoje. Seus administradores negociaram, talvez porque o Sabino não é do Dragão, mas negociaram. Quando a Ford esteve no vermelho, Lee Iacoca demitiu metade dos empregados e arrumou a gigante do automobilismo. Mas causou um desemprego de proporções mundial. Quando a Sony também entrou no vermelho, Akio Morita convocou os empregados e juntos, reconstruíram a gigante em tecnologia, sem desempregar ninguém. É só uma questão de visão, de fé, de acreditar nos demais integrantes do grupo. Está na hora dos dirigentes do Sergipe usar de humildade, e buscar com mais experientes, a solução para a negociação da dívida.

É grande a possibilidade de uma grande festa do interior, nesse cruzamento olímpico que se aproxima. São Domingos e River já garantiram presença. Guarany e Socorrense podem sim, serem os próximos. Claro que troço pelo Estanciano. Mas é muito difícil de o Socorrense não vencer em casa, ao classificado São Domingos. Quanto ao Confiança, sem Raulino e Bira, pode até vencer ao Sergipe. O problema é que o Magnífico Rubro vai naquela de “nada-a-perder”. O que o torna perigoso para Dragão. Té mais vê!

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