quinta-feira, 3 de março de 2011

A lua-de-mel proletária e a noite mágica de Da Silva

Aê! Tô escrevendo e observando no quintal da casa logo após o verde das árvores, um lindo sol de inicio de tarde. Um momento tranqüilo, uma brisa suave, para equilibrar com o calor forte, e o céu de um azul magnífico. Dois pés de rosas floridos de rosa e branco dão-me uma certeza: é cara, estou em casa. Depois do almoço, cadelinha passa lentamente em direção ao cantinho preferido prá dormir, e o café coado começa a cheirar. O galo canta no terreiro e o passarinho se agita na gaiola. Colorida borboleta travessa, beija flor a flor. E eu pensando em futebol.

Pois é. Assisti ao vídeo do gol do Botafogo. Depois que o Valdson chutou a bola, tirando da sua área, os jogadores do Botafogo continuaram jogando normalmente, quando ouviram o aflito apito do árbitro dando como gol a bola que não entrou. Você vê claro nos rostos dos botafoguenses, a surpresa que se transforma em alegria e só então, eles passam a comemorar. Mesmo sem confirmar com tira-teima e tudo mais, a reação dos jogadores foi clara de que a bola não entrou. Eles não tiveram dúvidas. Tanto que continuaram o jogo sem nem reclamar ou fazer qualquer gesto que indicasse a possibilidade do gol. Uma vergonha.

E não me venha com estória de “choro de perdedor”! É claro que os pênaltis perdidos, também foram vergonhosos. O Bebeto Oliveira e o Fábio Jr não devem ter treinado bater pênaltis daquela forma (pro alto e prá fora). A falta de confiança os fez mudar a forma da cobrança. Natural em jogadores sem experiência de grandes jogos, grandes decisões. Mas ficou comprovado que com uma boa organizada no grupo diretivo, contratando jogadores com mais experiência, todos tem condições de chegar mais longe nos campeonatos patrocinados pela CBF. Parabéns Hernando Rodrigues, Fernando França, a comissão técnica e todo o elenco do River Plate. Nós sergipanos recebemos uma forte dose de auto-estima com a sua participação na Copa do Brasil. Com exceção da torcida do Glorioso, por motivos óbvios, todos vibraram e passaram oito belos dias de expectativa entre as duas partidas.

Quem entrou em fase de lua-de-mel com seu time foi a torcida proletária. Depois de vaiar o time, naquele sábado em que o Dragão sofreu para virar nos minutos finais da partida, o jogo contra o saco de pancadas Socorrense. Depois de ficar desconfiada no empate do Souzão em Itabaianinha. Finalmente, num jogo em que o técnico Rocha dizia está em dúvida qual o grupo colocar em campo, o time se encontrou em campo e fez a festa em cima do Olímpico. O chamado dragão da zona sul não teve forças para segurar o bom futebol apresentado por Da Silva e sua turma.

Noite de gala para Da Silva. Esteve simplesmente endiabrado o veloz ponteiro do Confiança. Deu uma canseira desgraçada no seu marcador mais direto – o menos avisado Stênio, que teve que ser substituído. Autor de boas e belas jogadas desde os primeiros minutos, sofreu o pênalti convertido pelo Bira, deu um passe milimétrico para Ciro fazer o terceiro, e fechou a mágica noite com um golaço. Quando foi substituído, saiu aplaudido. Destaque também para os dois volantes Roberto e Eduardo. Além da marcação, com eles a saída de bola fica bem mais fácil. A qualidade do passe do Eduardo faz a diferença.

Durante a narração de Confiança 4 x 0 Olímpico, a gente dizia que o Estanciano iria sair vitorioso do estádio Médici. Falei sobre isso no comentário passado. E por pouco o Canarinho Impiedoso não retorna para Estância com uma vitória. Colegas presentes no estádio foram pródigos em afirmar que o Estanciano mereceu vencer a partida. Domingo tem jogo difícil, mesmo jogando em casa. É que vai enfrentar o São Domingos, que na estréia do professor Luiz Pondé sua grande motivação.

Sofreu. Sofreu muito o Sergipe. Mas trouxe um empate com sabor de vitória de Porto da Folha. Saiu na frente do placar, e segurou durante todo o primeiro tempo. No segundo, sem medo de perder por mais ou empatar e até mesmo vencer a partida, o Guarany foi só ataque. Encurralou o Sergipe no seu campo e passou a martelar o gol do bom goleiro Nilson. Através de um pênalti, o Galo chegou ao empate e manteve a pressão até o apito final. Fogueira pulada para o Sergipe, que sábado tem jogo da Tv às 15:00 horas, no Batistão, contra o Itabaiana.

Saiu a convocação da seleção brasileira para o amistoso contra a Escócia, no dia 27, no Emirates Stadium, em Londres. Alguns retornos, algumas novidades, muito a que se falar até o jogo. Eis a relação:

Goleiros:
Julio César (Inter de Milão)
Jefferson (Botafogo)
Victor (Grêmio)

Laterais:
Daniel Alves (Barcelona)
Maicon (Inter de Milão)
André Santos (Fenerbahçe)
Marcelo (Real Madrid)

Zagueiros:
Thiago Silva (Milan)
David Luiz (Chelsea)
Luisão (Benfica)
Lúcio (Inter de Milão)

Volantes:
Lucas (Liverpool)
Ramires (Chelsea)
Sandro (Tottenham)
Henrique (Cruzeiro)

Meias:
Elias (Atlético de Madri)
Elano (Santos)
Renato Augusto (Bayer Leverkusen)
Jadson (Shakhtar Donetsk)
Lucas (São Paulo)

Atacantes:
Alexandre Pato (Milan)
Nilmar (Villarreal)
Neymar (Santos)
Jonas (Valencia)

Então, gostou da relação? Chamaria mais quem? Sentiu falta do Robinho? Continuaria com André Santos recuador de bolas? Trocaria Huck por Jonas? Mande sua opinião, dê o seu palpite.

Prá não esquecer: dia 05 é aniversário do estádio Francão. Realmente gostaria de escrever algo de bom. Mas temo que seria traído pela consciência de que essa reforma não acabe nunca, e termine escrevendo o que não quero. Claro que o estádio não merece passar pelo que está passando. Estância não merecia ver seu time brilhando na primeira divisão e, além de não jogar no maior estádio do município, ficar a dever agradecimentos ao falecido rival, por permitir usar seu espólio. Ah! Desculpa gente! Falei que não devia escrever, que seria traído pelo inconsciente (ou é consciência?). Ó! Posso fazer uma pergunta? Hum, melhor não!
Té mais vê!

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