sábado, 11 de agosto de 2012

Faltou combinar

Lucas. Ele sim, chorou de tristeza.


Queridos amigos, o Brasil ganhou medalha de prata na categoria futebol masculina nas Olimpíadas de Londres.

Com Alison e Emanuel, ganhou medalha de prata na categoria vôlei de praia masculina.

Brasil ganha medalha de ouro no vôlei feminino.

Com Usaim Bolt, a Jamaica ganha duas medalhas de ouro, nos 100 e 200 metros rasos.

Ao vencer o Brasil por 2 a 0 na partida final, o México ganhou medalha de ouro na categoria futebol masculina nas Olimpíadas de Londres.

O mundo caiu. A toda poderosa seleção brasileira de futebol masculino não ganhou medalha de ouro nas Olimpíadas de Londres.

O até então “planejamento” da chamada “era Mano Menezes” não deu os frutos prometidos. Esqueceram de combinar com o México, que o Brasil não podia perder na partida final. Principalmente levando um gol aos 29 segundos do primeiro tempo. Um esquecimento fatal para o “esquema vencedor” brasileiro.

Há dois anos que Mano Menezes vem “preparando” essa seleção. Há dois anos que não convence nem os mais fervorosos defensores do estilo “convocado, faça o melhor com a amarelinha”.

Enquanto o México vinha disputando tudo que aparecia pela frente com esse mesmo time. O Brasil ainda não tem um time definido para nenhuma disputa. Oscar está titular devido as contusões que mantêm Ganso fora dos gramados. Ganso esse que apesar de ter sido mantido no grupo olímpico, foi agora, cortado para o amistoso contra a Suécia, em Estocolmo, quarta-feira.

Consciente da inferioridade técnica, o México montou um forte esquema de marcação sob pressão, “chegando junto” em qualquer jogada de efeito realizada por um brasileiro. Neymar sumiu do jogo. Sozinho, Oscar não conseguiu fazer a bola chegar ao ataque em condições de chute ao gol.

A invenção de Alex Sandro no meio, deixando um Lucas no banco – e substituindo Alex por Hulk, por acreditar que o México jogaria pelo lado direito, foi um fiasco. Lucas, aliás, foi quem realmente demonstrou claramente sua tristeza com a derrota, ao chorar copiosamente ainda no gramado do estádio de Wembley.  

O erro de Rafael no primeiro gol que, apertado, tocou a bola pro meio do campo, quando deveria ter simplesmente tocado para a lateral. Assim como o de Hulk, que marcava Peralta e deixou o atacante mexicano chegar livre para cabecear sem marcação, no segundo gol. Não foram os culpados pela derrota.

Primeiro porque futebol é um jogo coletivo. Depois porque a bola de Rafael foi passada para o Sandro, que não foi ao seu encontro e permitiu que fosse tocada para Peralta, que foi feliz na finalização. Segundo porque quem deve marcar atacante é defensor. Atacante não briga com atacante durante o jogo. E isso facilita ao adversário fugir da sua perseguição.  No jogo defensivo, atacante marca defensor e defensor marca atacante. Esse é o clima do jogo.

Mano Menezes precisa dizer o que realmente pretende fazer. Claro que todos querem vitórias. Mas quando as derrotas vêm como conseqüência de um trabalho, de um padrão que se quer implantar, e para todos os adversários, ficam mais fáceis de serem digeridas. Mas, quando o time perde para todas as grandes equipes que enfrentou e não mostra um padrão, uma linha de trabalho, ai fica difícil.

A preocupação não está na medalha que o time ganhou ou não. Ela está mesmo é numa definição séria de um objetivo e das metas desse objetivo. O México demonstra claramente que tem um objetivo – passar a figurar entre os mais fortes no futebol mundial, e todos compreendem quando uma meta não foi alcançada, porque se vê que já existe um caminho percorrido. Coisa que não acontece com o trabalho realizado pelo Mano Menezes e sua comissão. É só observar o grupo convocado para o amistoso de quarta-feira e ver que o inseguro goleiro Gabriel e seu reserva Neto continuam na lista, acompanhados de Renan Ribeiro – que é reserva de Vitor no Atlético Mineiro.

Ah! A Jamaica ganhou mais uma medalha de ouro nas Olimpíadas de Londres. Usaim Bolt liderou o time de 4x400 e quebrou mais um record.


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