domingo, 24 de março de 2013

Rigor federativo bem-vindo

Aplausos para a Federação



A Federação Sergipana de Futebol através de uma comissão capitaneada pelo vice-presidente Milton Dantas, esteve realizando vistorias em estádio que poderão vir a ser sede de equipes que se disponham a participar da segundona 2013.

Ainda não consta no regulamento até porque não foi realizado o arbitral, mas por determinação do presidente Carivaldo Souza, assim como para a primeira divisão deste ano, estão sendo exigidos para as praças-sedes estádios com iluminação, bons gramados, bons equipamentos para os profissionais que lá forem trabalhar, e um mínimo de conforto e segurança para o torcedor.

Como sempre, começou a chiadeira daqueles que querem participar da festa da segundona apenas para dar uma satisfação para uma pequena torcida, para angariar benefícios políticos ou simplesmente para por jogadores vinculados na vitrine.

Esses personagens não estão interessados no verdadeiro crescimento do futebol sergipano como um todo. Para eles, basta que o campeonato lhes dê a condição de atingir seus mesquinhos objetivos.

Não aceitamos essa torpe visão do esporte de massa que arrasta milhões de pessoas aos estádios. Que é uma verdadeira paixão para o sofrido povo.

Tem que se ter o devido respeito para com pessoas que dedicam suas vidas consumindo e vivendo das alegrias proporcionadas por seus clubes do coração.

Querendo realmente o soerguimento do futebol sergipano, tem que erradicar do meio esses predadores que usam o esporte bretão sem dar o retorno necessário para seu crescimento.

Para crescer, evoluir no cenário nacional é preciso organização, planejamento, formação de uma estrutura político-financeira, fortalecimento das categorias de base através de investimentos, formação de elencos compatíveis com os eventos que se vai disputar na busca constante de atingir as primeiras colocações, destaque.

Para montar bons e caros elencos, torna-se necessária uma infra-estrutura interna do clube. Mas também é de suma importância a qualidade do estádio aonde esse elenco vai se apresentar.  Bons e caros jogadores não vêm participar de campeonatos onde os gramados não lhes permitam desenvolver o melhor do seu futebol. E por uma equação simples: não tendo condições de jogar em alto nível, esses jogadores perdem mercado. Com isso nem eles nem seu empresários aceitam vir.

Se não disputamos grandes eventos patrocinados pela CBF pela baixa qualidade dos nossos elencos, o torcedor não se sente motivado a ir ao estádio ver jogadores medíocres. Não temos boas arrecadações, não temos motivação, não temos bom futebol.

Então o que queremos? Continuar a servir de campo de exposição para jogadores de baixa qualidade técnica? Continuar a ser mediana vitrine para os supostos empresários continuarem a enganar seus pupilos? Continuar com o rodízio interno de alguns peladeiros sem mercado?

Vamos ficar reclamando sem tomar uma atitude concreta para acabar com isso, ou vamos continuar dizendo que queremos e devemos mudar, mantendo a péssima situação instalada?

É mais que hora de mudarmos para melhor. E para isso, precisamos começar cobrando qualidade para que os nossos estádios dêem o mínimo de conforto para o torcedor, para os profissionais do futebol; sejam eles jogadores, comissões técnicas, árbitros, imprensa esportiva; com melhores gramados, melhor iluminação, melhores vestiários, melhor sistema de transporte, melhor plano de segurança.

Para tanto, se faz necessária a quebra do paradigma que diz que do jeito que está vem servindo até hoje e que, portanto, não deve mudar. Deve mudar sim. É um processo doloroso, mas única opção real de sucesso.

Será através dessas exigências, que as chamadas autoridades, começarão a buscar formas de realizar as obras necessárias para dar ao povo de cada município, os equipamentos de que seus concidadãos tanto almejam para ter uma opção de lazer e entretenimento para si e para seus filhos. Enquanto permanecermos aceitando como está para uma “ação futura”, sem a pressão, sem a cobrança, sem a participação nos eventos esportivos, nunca sairemos desse nefasto patamar de futebol “sem-categoria”. As gerações vindouras nos cobrarão fortemente pela omissão de hoje.

A Federação não deve esperar o time subir para a primeira divisão para exigir o que ele não teve para dar na segundona. Se for necessário ou interessante para alguém, que se forme a terceira divisão, com o fito de ajudar aos amadores de hoje avançarem para uma divisão realmente profissional. Então, teríamos uma terceirona semi-amadora fornecendo jovens promessas para a segundona, uma segundona preparando o clube para a elite, e uma elite de respeito no cenário esportivo nacional. Algo meio sociológico. Tipo a periferia, a média e a elite social. Uma puxando o crescimento da outra.


Nenhum comentário:

Postar um comentário