segunda-feira, 4 de junho de 2012

Seleção Olímpica e Ronaldinho Gaúcho




Um marca, o outro espera a sobra

Grande jogo entre Brasil x México no Cowboys Stadium, em Dallas, nos Estados Unidos, na tarde desse domingo, 03.

O Brasil jogou bem. O México é que jogou bem melhor.

O Brasil abusou do individualismo. O México abusou do coletivo, e venceu.

Que a lição sirva para aqueles que acreditam que apenas o talento individual num esporte coletivo, é o bastante para se chegar à vitória.

Não é. Uma coisa é esse talento se destacar do grupo, no coletivo. Outra coisa é esse talento ser responsável pelo resultado do coletivo.

Crescemos muito no futebol. Mas continuamos aqueles garotos peladeiros que decidem a pelada com suas jogadas geniais.

Numa pelada “todo mundo joga”. Cada um faGaúchoz sua parte e o resultado vai dar em “briga-entre-amigos”, se perder; ou comemoração, se vencer.

Num esporte de alto nível como é o jogo entre seleções ou times profissionais, o resultado tem que ser alcançado, e calcado no coletivo.

As vitórias são comemoradas pela torcida, mas significam maiores contratos, maiores premiações, maiores patrocínios.

Por isso a seleção brasileira não pode ficar na dependência apenas de alguns jogadores; dando a eles o poder de decidir o resultado.

A vitória não deve ficar ao sabor do “querer” de poucos, mas de uma obrigação de todos.

A estória dos “três resultados no futebol: ganhar, empatar ou perder”, é válida apenas para acalmar torcedor, é uma esfarrapada desculpa de quem perdeu.

Na vida real pode-se até cogitar outro resultado, dependendo do objetivo final a que se quer chegar – como eliminar a Argentina, por exemplo.

Mas a única e real meta a ser atingida em toda e qualquer partida é a vitória. Não há outra.

E no “futebol associado” ou coletivo, como queira, o talento acresce, mas não vence só. Exceto no imaginário de alguns fanáticos que, por exemplo, viram o Romário ganhar a Copa nos Estados Unidos. 
Esquecendo de um Taffarel-pega-penaltis e tantos outros.

A jovem seleção que vai para as Olimpíadas, deve calçar as “sandálias da humildade individual” e continuar jogando no belo futebol coletivo, como o fez nos dois jogos anteriores.

Não porque venceu as duas partidas. Mas principalmente, pela forma coletiva e inteligente de jogar. Vitória é obrigação. Porém não se pode esquecer que o adversário está vivo e também sabe jogar futebol.

Que Neymar, Marcelo, Hulk, voltem a jogar com o grupo. Sem tentar resolver “o problema da seleção”.

Que o técnico Mano Menezes olhe melhor e encontre formas mais coletivas de trabalho para seu grupo.

Que dê oportunidade para o Lucas fazer o que de melhor realiza no São Paulo, com suas arrancadas fulminantes e sua dedicação ao coletivo.

Que observe que o Hulk ocupa espaço demais no lado direito, fazendo com que o bom “ala” Danilo não passe de um mediano lateral.

E principalmente, que todos lembrem que essa é a seleção para as Olimpíadas, que tem um limite de idade e que por isso, outros e melhores jogadores não estão fazendo parte do grupo.

Ah! Que esse time olímpico está jogando amistosos contra seleções que estão disputando eliminatórias e torneios oficiais da Fifa.

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