Lmentável !!

Foi a resposta que dei quando questionado pelo amigo Marcelo Mazé sobre o comportamento do Vágner Love, filmado numa festa numa favela, protegido por traficantes de drogas armados ostensivamente. Quando questionado, o Vágner respondeu que “sempre andou em festas como aquela, que tem um trabalho social e que ali foi onde nasceu e onde tem raízes.
Tudo bem que o individuo não precisa deixar o lugar onde nasceu só porque ganha uns trocados a mais. Tudo bem que não precisa deixar de conhecer os amigos de infância. Tudo bem que nos sentimos bem no lugar onde nascemos e vivemos nossa infância. Mas todo mundo nasce e vivi onde quiser, só não precisa nem deve conviver com aqueles amigos que se tornaram marginais. Na rua onde morei quando criança continuam muitos dos amigos com os quais aprendi a jogar bola, furão, gude, e muitas outras coisas; mas aqueles que enveredaram para o mundo das drogas e da marginalidade não participam das nossas festas, nem nós participamos das deles. Apesar de que quando nos encontramos nenhum de nós deixa de cumprimentar e, se por acaso surge uma emergência, nos unimos para ajudar da melhor forma possível, só não fazemos parte do mesmo grupo. E isso não é preconceito. Antes é uma ação de quem sabe qual o caminho quer na vida, que não precisa ser reconhecido como amigo do cara que vende drogas para os meninos que vieram depois da gente. Se ele não vender, transformar em “avião” seu irmão, seu filho, seu sobrinho, tudo vale. E quem dá a certeza de que ele faz com os outros e não vai fazer com os seus, com os meus?
Lamentável a presença de Vagner naquela festa. No lindo Rio de Janeiro, ele teria muitos outros lugares para comemorar os gols pelo campeonato carioca, que não fosse numa “boca”.
Viver numa favela ou num local onde nasceu e onde circulam amigos de infância que se perderam nas drogas, está muito longe de conviver com esses amigos te dando até proteção armada.
Como diria o querido José Antonio Marques: lamentável, profundamente lamentável.