domingo, 4 de setembro de 2011

Série A, que passa?


Prá pensar. O que leva três dos melhores colocados no campeonato a serem derrotados por times que estão até na lanterna, na última colocação? Como entender Corinthians, Flamengo e Vasco serem derrotados no inicio do returno do campeonato e principalmente, da forma como foram os dois cariocas? Que instabilidade é essa em equipes que representam a maior parcela da torcida brasileira, com elencos caros e de boa qualidade? Onde estão errando os treinadores, os jogadores, os torcedores, os dirigentes?

Diagnostico
. Times montam equipes, mas não conseguem manter seus principais jogadores nem formar um elenco equilibrado, com um bom nível em todos os setores. Os treinadores têm que montar esquemas vencedores com os atletas que têm em mãos, muitas das vezes com qualidade prá lá de duvidosa. Os dirigentes vivem pressionados pelos altos salários dos jogadores e pelos empresários que estão sempre buscando obter mais vantagens para seus representados. A torcida chegando ao cumulo de, assim como a do Flamengo na derrota para o Bahia, fazer coro de olé com a torcida adversária contra seu clube.

Ação
. É preciso repensar a forma de fazer o futebol brasileiro. Começando nas escolinhas, passando pelos clubes, pelas Federações, pela CBF, pela torcida, pelos empresários, pelos patrocinadores, pelos atletas, pela imprensa esportiva. Todos têm que dar sua contribuição para tirar o futebol dessa barca furada em que se encontra.

Não mais. O futebol não pode mais continuar a seguir modelos que não se encaixam com a realidade nacional. Os atletas são extremamente sacrificados com calendários escravagistas. Não dando condições mínimas para uma recuperação adequada para um simples esforço de um grande jogo. A ganância de empresários e até de muitos atletas, faz com que alguns não passem mais de três meses em cada time. Os treinadores não têm como montar um bom esquema de jogo, se a cada rodada tem um novo time nas mãos, com jogadores que chegam ou simplesmente vão embora. A torcida atônita, num mesmo jogo vaia e aplaude o mesmo atleta e/ou técnico. Com tantos jogos, as rendas são cada vez menores e o público também.

Ninguém fora. Todos são vitimas. Todos são responsáveis e algozes. Ninguém pode ficar de fora de uma ampla discussão, de um amplo debate, de uma real tomada de decisão pelo bem do esporte maior do brasileiro. Principalmente, do brasileiro menos aquinhoado, com poucas opções de lazer e que transforma sua paixão pelo clube, numa condição única de superar as dificuldades impostas pela injusta divisão a que é submetido.

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