terça-feira, 25 de outubro de 2011

Segunda fase, aos sábados

Concordo. Foi inteligente a atitude tomada pela Federação Sergipana de Futebol, ao determinar que todas as partidas da série A2, que entrou na sua fase final, fossem jogadas nos dias de sábado às 15:15 horas. Sabe-se que o Neópolis estava pronto para enviar oficio à mentora solicitando a mudança do domingo para o sábado. Mas esta se antecipou e alterou os dias dos jogos.

Não é. É de muito simplismo dizer que a Federação só alterou os dias dos jogos por causa do campeonato brasileiro que está na reta final, com apenas sete rodadas. Como também o é, dizer que o torcedor sergipano não é bairrista quanto deixa de assistir aos jogos do sergipão para ver os do brasileirão. Engano de quem assim pensa.

É claro que a Federação e os clubes sabem que com jogos tão importantes pelo campeonato brasileiro sendo mostrados nos domingos mais cedo devido ao horário de verão, com a facilidade que se tem de acompanhar ao vivo tais partidas, seria uma loucura manter as partidas para o domingo. Afinal, estamos disputando uma série A2, uma segundona. Mas isso não ocorre porque o torcedor prefira futebol de outros Estados em detrimento do praticado no seu Estado.

Quem se lembra de 2008 quando o Confiança sob o comando de Maurício Simões fez uma bela campanha na série C, sabe que em todos os jogos do Dragão, não só o torcedor proletário, mas todos os torcedores sergipanos estiveram simbolicamente vestindo o manto alviazul do bairro Industrial, mesmo vestindo uma camisa de outra cor.

O torcedor só torce por outro time, quando o de casa não está participando de torneios importantes e jogando com os grandes do futebol nacional. É o que ocorre atualmente com o futebol sergipano. Não participando seriamente nem da série D do brasileirão, o torcedor opta por demonstrar todo o seu amor pelo time do coração de outra federação. É só observar os torcedores do Santa Cruz de Recife/PE, que mesmo o time estando na ultima série, acompanhou e apoiou o time rumo à série C de 2012. Torcedores do Vitória, do Bahia, times que constantemente jogam com Flamengo, Corinthians, não abrem mão de vibrar pelos times baianos.

Quem acompanhou o Estanciano no campeonato da A2 de 2010 e na divisão especial de 2011, pode observar a vibrante Canarinho Chopp em todos os jogos. Claro que todos seus componentes têm seu time no sul do país, mas tanto numa como noutra série, nos jogos em casa ou fora, deixavam o conforto de suas casas para acompanhar o Canarinho Impiedoso.

Ocorre que com campeonatos de apenas três meses, o torcedor fica órfão dos times do Estado. Sem outra opção, faz economia pessoal, contrata operadoras via satélite e passa a acompanhar campeonatos de outros Estados. Principalmente de clubes do eixo Rio-São Paulo.

Escalas. Está na câmara federal projeto que retira artigo do estatuto do torcedor, retirando a obrigatoriedade do sorteio da arbitragem para os jogos. Com isso as escalas voltarão a ser feitas com base no rendimento técnico de cada árbitro, demonstrado nos relatórios dos assistentes de arbitragem, a cada jogo.

Não deu. Devido a uma forte gripe, o Pombo não pode comparecer ao Seminário Esportivo patrocinado pela Federação Sergipana de Futebol. Acompanhado de longe, ficou a impressão de que faltou algo mais. Talvez palestrantes de outros centros, com mais estrada nesse difícil caminho do esporte.

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