segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Verso e reverso

Fla e a expulsão de Ronaldinho
Há muito que Ronaldinho Gaúcho precisava ser expulso para assumir o seu lugar de grande jogador e ídolo no Flamengo. A estatura técnica e a condição de melhor e mais premiado jogador do futebol brasileiro, devem ser acompanhadas de um comportamento condizente dentro e fora de campo.

Obviamente um jogador que está sempre nas páginas noticiosas envolvido em festas que varam a madrugada, chegando até a ser cogitada a sua expulsão do condomínio onde mora, não condiz com o que se espera de um grande ídolo. E os vários cartões amarelos e agora a expulsão, também não condiz com aquele atleta com o qual o técnico Mano Menezes diz querer que seja o comandante do time brasileiro na Copa que se aproxima.

Ainda imaturo, Ronaldinho não tem capacidade intelectiva para assumir a condição de capitão e ídolo no Flamengo, e muito menos na seleção brasileira. É só observar as partidas de ambos os times prá ver que se na seleção ele tem Neymar como guia, no Flamengo é Renato quem vive a controlar o destempero infantil do craque.

A expulsão no jogo contra o Ceará, mostrou mais uma vez essa total falta de entendimento do papel que deveria desempenhar na equipe. Homem com 33 anos e tantos prêmios pela arte de jogar futebol, é natural que Ronaldinho seja cobrado individual e coletivamente. Não se cobra santidade ou até mesmo grande gentileza dentro de um gramado, durante os noventa minutos de uma verdadeira guerra. Mas como grande ídolo que é, Ronaldinho tem que ter consciência da sua importância para a equipe e o que representa para as futuras gerações, não se dando ao direito de cometer tantos atos mais aceitos para um adolescente que para um trintão.

Cruzeiro e o drama de Montillo
Só mesmo num clube com sua estrutura diretiva desvairada para colocar o meia argentino Montillo para jogar. Está certo que o time não passa por um bom momento. Mas desprezar tanto o lado pessoal de um profissional tão importante para o clube como está fazendo a diretoria do Cruzeiro, é algo que deve ser repudiado por todos que tenham o bom senso de se colocar no lugar do outro para sentir um mínimo da sua dor.

Motillo tem um filho de um ano e sete meses, com síndrome de down, que foi operado do intestino com urgência durante a semana do jogo com o Corinthians. Claro que era um jogo importante. Mas colocar um pai nessas condições para jogar é de uma insanidade tamanha. Quem é pai sabe o que isso significa.

A falta de respeito para com pai, o ser humano, o atleta, o profissional correto que é o Montillo, mostra a quantas anda a diretoria cruzeirense. O resultado não poderia ser pior: Montillo perdeu o pênalti que daria o empate ao sufocado time celeste. Para se ter uma idéia do absurdo praticado pelo corpo diretivo do time mineiro, após o jogo, nos vestiários, os jogadores do Corinthians ficaram tão sentidos com o momento difícil do colega, que se reuniram e fizeram uma oração pela recuperação da saúde do seu filho.

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