sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Traído? Por quem?


Aproveitando o casco


Minha gente, futebol é realmente engraçado, prá não dizer hilário. O Marcelo Sergipano assumiu a presidência do Estanciano Esporte Clube e reuniu um grupo de amigos, com os quais passou a comandar o Canarinho.

Relegou toda e qualquer aproximação com os dirigentes e apoiadores anteriores, aos quais passou a culpar por todas as dificuldades encontradas no árduo caminho da conquista esportiva.

Este escriba foi um dos tais esquecidos. Só participou nessa administração, de um livro de ouro encabeçado por Marcelo Mazé e Sidnei Martins, que o realizaram sem o conhecimento do então presidente. Mas que depois, foi solicitado um pequeno adiantamento.

Fez acordos com emissoras da capital e esqueceu-se das existentes no município, onde vez por outra dava uma entrevista-desabafo, sempre a reclamar que não estava sendo ajudado.

Reclamou aos quatro ventos que o comércio, as indústrias, o padre, o pastor, o cara do carrinho de mão, ninguém contribuía para amenizar as despesas do clube. Aliás, reclamou até da Prefeitura, esquecendo que o gestor municipal contribuía pessoalmente, como ele mesmo declarou por várias vezes.

Esqueceu até que foi ele quem foi ao patrono Valdemir Oliveira com a promessa de que devolveria o clube campeão, na primeira divisão e principalmente, sem dívidas. Como esqueceu também de que “só pega na rudia quem pode com o pote”.

Agora, depois de perder o título apesar de classificado para a primeira divisão, temendo o crescimento das dívidas com jogadores, funcionários, fornecedores e contribuições sociais, não fechou as contas com o patrono, e se diz traído.

Por quem? Não eram todos seus parceiros aqueles que ligavam para o Bola Na Rede da rádio Abais, para rebater todo e qualquer questionamento da torcida? Então, quem o traiu? Tem nomes? Inimigos não traem.

Será que foram aqueles para os quais foram pagos almoços? Será que foram aqueles com os quais foram divididos refrigerantes e canapés? Será que foram aqueles que foram à Federação Sergipana de Futebol pegar adiantamentos de renda? Será que foram aqueles que dividiam rodas de tira-gostos? Será? Um amigo sempre me alertou de que só quem trai é amigo. Então?

Existe outra versão para ser contada. Existe outra forma para se ver e entender o que aconteceu, para o time não conseguir vencer um grupo que teve que sair esmolando no comércio de Propriá, para ter o que comer antes das duas partidas finais. O dono do time deu cinco mil e disse: se vire. O time se virou e foi campeão sobre o até então invicto, na casa do adversário.

Realmente é um ex-atleta muito importante para o futebol da Estância, de Sergipe. Realmente é uma atração para a mídia. Mas, devagar. Não precisar do Estanciano, das emissoras de tv, das emissoras locais ou de fora, dos torcedores e dos que foram excluídos pelo grupo, é mais uma força de expressão que uma verdade. É só dar uma olhada pelo retrovisor para ver quantos espaços poderiam ter sido preenchidos e não o foram, muito mais pela arrogância que pela humildade em saber que, sozinho ninguém chega ao topo.

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