Canarinho vence outra
Para quem passou a semana
esperando o grande derby do futebol da Estância e do campeonato da segunda
divisão da Federação Sergipana de Futebol, a partida entre Estanciano
e Boca Junior deixou a desejar.
Apesar das presenças ilustre de
Milton Dantas, vice-presidente da FSF e
de Carlos Magalhães, o comandante da equipe de esportes da rádio Jornal de
Aracaju e um dos maiores narradores do país, o jogo em si foi morno.
As torcidas fizeram sua parte. Como
sempre, a Canarinho Chope deu um show à parte. Sempre vibrante e empurrando seu
time a buscar a vitória, essa torcida encanta a quem vai ao estádio.
Por outro lado, o inteligente
Gilson Behar, presidente do Boca Junior, conseguiu formar uma bonita torcida,
que lotou o lado esquerdo das cadeiras e de boa parte da arquibancada.
Um público oficial de 335
pagantes – para aproximadamente 800 expectadores presentes, gerou uma renda de
R$ 3.510,00.
Tecnicamente o Boca Junior
aparentou ser superior ao Estanciano. Mas ficou só nisso. Dentro de campo, foi
um time desarrumado, sem uma definição tática, sem brio.
Enquanto o Estanciano demonstrou
vontade, determinação e principalmente um desenho tático bastante interessante.
Do bloco, algumas anotações
chamam a atenção. Como por exemplo:
Miguel Viana assistiu ao jogo das
cadeiras. Mas para comprar o ingresso, teve que ir ao mesmo local onde estavam
sendo vendidos os ingressos para a
arquibancada. E a vendedora ainda foi gentil com o Miguel, informando que o
preço era de R$ 20,00, mas que ele só pagaria R$ 15,00.
Uma surpresa na entrada dos times
em campo. Enquanto o Boca entrou com seu uniforme número 1, o Estanciano
sabe-se lá porque, entrou com o uniforme 2 – todo branco. Desfigurando assim o
Canarinho. Erro de marketing que foi corrigido no segundo tempo do jogo.
A torcida do Boca demonstrou
estar bem de bolso. Mais de 80% das cadeiras do Francão foram ocupadas pelos
torcedores do Leão.
Durante a Copa Governo do Estado
de Sergipe, enquanto dirigiu o Sergipe, Luiz Juresco comandou o time das
cadeiras, por não possuir o CREF. De volta ao Boca Junior e num campeonato
realizado pela mesma Federação Sergipana de Futebol, trabalhou à beira do
gramado. E o que vale para a primeira divisão não vale para a segunda?
Sempre que era necessário o
atendimento a algum atleta, o massagista do Boca Junior levava apenas duas
garrafinhas de água. Uma ele dava para os sedentos atletas beberem, com a outra,
molhava a área dolorida. Coisa que fazia com que milagrosamente, o quase-morto
se recuperasse. Aliás, uma figura esse massagista do Boca Junior.
Bom o esquema de segurança no
estádio Francão na tarde desse domingo, 02 de setembro. Além dos policiais da
região, um micro ônibus com um Pelotão de Choque também se fez presente.
Dois jogadores do Boca foram
expulsos durante a partida. Um foi o Rael que fez falta no meio de campo e
levou o segundo amarelo. O outro foi Jeferson, que por mal comportamento dentro
do gramado, foi dedurado pelo bandeira, e recebeu o cartão vermelho.
Mas o que chamou a atenção mesmo
foi a forma como se trataram os atletas do Leão. Em todas as substituições,
nenhum cumprimento. Bem diferente do Estanciano, onde todos se abraçavam e os
que saiam desejavam boa sorte aos que entravam no jogo.
E uma ultima nota: Quando é que a
Federação vai fazer uma reciclagem nos árbitros do departamento? No clássico do
Francão o árbitro foi um capitulo à parte. Wicleanche conseguiu unanimidade:
foi simplesmente ruim. Desde a correr errado dentro do campo, levando boladas,
atrapalhando os jogadores, ficando entre uma intermediária e outra, a até
inversões de faltas e a falta da autoridade para apitar um jogo bem disputado.
O jogo terminou com o Estanciano
vencendo por 3 a 1. Poderia ter sido mais. O time está ganhando entrosamento,
tem esquema de jogo definido, há harmonia no grupo. Algumas falhas naturais,
como a saída de bola com Tiago pelo lado direito, devido a sua dificuldade em
passar a bola.
O Leão do Piauitinga tem que
melhorar muito. Luiz Juresco ainda não tem o time na mão. Há mais disputa
interna que com o adversário. Certeza que o presidente Behar vai chamar todos à
responsabilidade e cobrar empenho e união ao grupo.
Caro amigo e todos os leitores. É triste saber que Juresco pôde sentar no banco enquanto que na Copinha pelo Sergipe, não pôde fazê-lo... Seria desleixo mesmo ou queriam só atrapalhar o Sergipe? Silveirinha.
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