Neílton, pronto.
Ontem assisti Santos e Palmeiras, pela Copa São Paulo de
Futebol Junior.
Vi um garoto, baixo, magro, com aparelhos nos dentes, dar um
show de futebol.
Ele marcou os 3 gols do Santos, na vitória do Peixe por 3 a
2.
No primeiro, ele sofreu pênalti. Foi lá, bateu e converteu.
No segundo, ele acompanhou uma jogada e na sobra da disputa,
tocou a bola rasteira no cantinho das redes.
O terceiro foi de uma plasticidade digna de um Neymar. A bola
foi tocada pelo alto. Ele foi prá bola e o zagueiro o acompanhou. Ele simplesmente
deu uma cuia, um chapéu no atônito adversário e bateu forte para vencer o
goleiro. Um golaço!
Aí pensei: mais um craque no Santos. Esse Santos que já tem
o Neymar, o Vitor Andrade, e agora aparece Neílton.
Lembrei então da realidade do futebol sergipano. Por que não
aparecem por aqui, garotos como o Neílton? Por que não temos por aqui jogadores
do mesmo quilate?
A resposta é simples: Somos exportadores de talentos. Ainda não
temos estrutura para descobrirmos e retermos esses talentos.
Por aqui só retornam ou ficam aqueles que não conseguiram o
destaque suficiente para ser vendido.
Como as pedras preciosas africanas, que são transformadas em
jóias na Europa. Os nossos garotos são por aqui descobertos, mas vão viram
craques no sul maravilha.
É triste. Mas é a nossa dura realidade.
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