Traíra bem pescada |
Planejei escrever hoje sobre a rodada do campeonato brasileiro e o amistoso do Sergipe em Aquidabã.
Mas, ouvi uma entrevista do presidente Luiz Roberto Dantas
de Santana, da Associação Desportiva Confiança e me chamou a atenção sua
resposta, quando questionado sobre declarações dos ex-proletários Renê, André,
Augusto e Luan.
Através das redes sociais, eles fizeram uma brincadeira e cutucou
a diretoria cobrando valores salariais referentes ao mês de maio ultimo.
Meio irritado, o presidente declarou que se tratava de “jogadores
que contribuíram para a situação atual do Confiança, de não está jogando e arrecadando, apesar de
todas as condições oferecidas pelo clube”.
Afirmou depois que “eles têm direito a vinte dias do mês de
maio”. E enfatizou que apenas o Renê estaria desempregado.
Não quero “rebater” as declarações do presidente Luiz
Roberto Dantas. Só não concordo com alguns pontos colocados.
Começo por não concordar que o empregado tenha alguma culpa
no sucesso ou não da empresa que o empregou.
O jogador é apenas um empregado do clube que o contrata. Ele
é contratado para executar uma determinada função dentro do campo. Para isso
lhe deve ser dadas as condições mínimas. Ele vai executar seu trabalho de
acordo com a qualidade que possua.
Se o empregado, não apresenta a capacidade técnica para
realizar a função para qual foi contratado, isso se deve e muito, a um erro de
avaliação do seu contratador.
Portanto, na verdade, se culpa existiu, essa foi da cúpula gestora
do Dragão do Bairro Industrial que fez as contratações e errou quanto a
qualidade técnica dos jogadores.
Foi a diretoria que definiu o objetivo, fez o planejamento,
autorizou a execução e principalmente, escolheu as peças que deveriam realizar
a tarefa de levar o time ao título. Se essas peças, esses jogadores, não tinham
a qualidade necessária para a tarefa, a culpa cabe a quem os contratou sem essa
qualidade, e não a eles.
E a prova de que os contratados não tinham a qualidade
propalada está que, contrário ao que falou o presidente, apenas o zagueiro
André está empregado no Clube Atlético Tubarão de Santa Catarina, conforme o
registro 173.157 da CBF. Todos os demais estão desempregados.
Estavam brincando a sério? Não se sabe. Porém, o presidente
confirmou que realmente ainda não quitou os vinte dias de maio de que eles têm
direito.
Mais que tudo isso, o importante mesmo é que a lição tenha sido
bem aprendida. Que o clube continue a dar boa estrutura aos profissionais que
contratar, mas que lembre que a qualidade intrínseca de cada atleta não vai
melhorar ou piorar por causa dela. Se o objetivo é ser campeão, que se contratem
jogadores com qualidade/capacidade para realizar tamanha tarefa.
Já avisei neste mesmo espaço: presidente, cuidado com os “admiradores”.
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