segunda-feira, 22 de julho de 2013

Erro da diretoria

Traíra bem pescada


Planejei escrever hoje sobre a rodada do campeonato brasileiro e o amistoso do Sergipe em Aquidabã.

Mas, ouvi uma entrevista do presidente Luiz Roberto Dantas de Santana, da Associação Desportiva Confiança e me chamou a atenção sua resposta, quando questionado sobre declarações dos ex-proletários Renê, André, Augusto e Luan. 

Através das redes sociais, eles fizeram uma brincadeira e cutucou a diretoria cobrando valores salariais referentes ao mês de maio ultimo.

Meio irritado, o presidente declarou que se tratava de “jogadores que contribuíram para a situação atual do Confiança, de  não está jogando e arrecadando, apesar de todas as condições oferecidas pelo clube”.

Afirmou depois que “eles têm direito a vinte dias do mês de maio”. E enfatizou que apenas o Renê estaria desempregado.

Não quero “rebater” as declarações do presidente Luiz Roberto Dantas. Só não concordo com alguns pontos colocados.

Começo por não concordar que o empregado tenha alguma culpa no sucesso ou não da empresa que o empregou.

O jogador é apenas um empregado do clube que o contrata. Ele é contratado para executar uma determinada função dentro do campo. Para isso lhe deve ser dadas as condições mínimas. Ele vai executar seu trabalho de acordo com a qualidade que possua.

Se o empregado, não apresenta a capacidade técnica para realizar a função para qual foi contratado, isso se deve e muito, a um erro de avaliação do seu contratador.

Portanto, na verdade, se culpa existiu, essa foi da cúpula gestora do Dragão do Bairro Industrial que fez as contratações e errou quanto a qualidade técnica dos jogadores.

Foi a diretoria que definiu o objetivo, fez o planejamento, autorizou a execução e principalmente, escolheu as peças que deveriam realizar a tarefa de levar o time ao título. Se essas peças, esses jogadores, não tinham a qualidade necessária para a tarefa, a culpa cabe a quem os contratou sem essa qualidade, e não a eles.

E a prova de que os contratados não tinham a qualidade propalada está que, contrário ao que falou o presidente, apenas o zagueiro André está empregado no Clube Atlético Tubarão de Santa Catarina, conforme o registro 173.157 da CBF. Todos os demais estão desempregados.

Estavam brincando a sério? Não se sabe. Porém, o presidente confirmou que realmente ainda não quitou os vinte dias de maio de que eles têm direito.

Mais que tudo isso, o importante mesmo é que a lição tenha sido bem aprendida. Que o clube continue a dar boa estrutura aos profissionais que contratar, mas que lembre que a qualidade intrínseca de cada atleta não vai melhorar ou piorar por causa dela. Se o objetivo é ser campeão, que se contratem jogadores com qualidade/capacidade para realizar tamanha tarefa.

Já avisei neste mesmo espaço: presidente, cuidado com os “admiradores”. 



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