Leandro Kivel - o artilheiro |
Venho acompanhando com certa apreensão nos meios esportivos
da terreinha quanto a um possível tropeço do Club Sportivo Sergipe na partida
do próximo domingo em Carmopolis, no estádio Fernando França, contra o “virgem”
CSA que ainda não venceu uma partida nessa série nem fez um mísero gol.
Converso cá com os meus botões: - caramba, se o Sergipe
invicto, com melhor ataque, com melhor defesa, líder absoluto do seu grupo, um
dos melhores da série D, e causa tamanha apreensão; imagina se estivesse numa
zona intermediaria?
Com esse pensamento e chato como sou, procurei os reais
motivos para tamanho desconforto e encontrei duas hipóteses:
1 – nós sergipanos somo extremamente pessimistas, não tem fé,
não acreditamos em nós mesmo;
2 – toda essa falação, essa apreensão, esse medo, se deve à
falta de conhecimento da realidade do time.
De cara, descartei a primeira hipótese. Não somos
pessimistas e quando motivados, respondemos com ações concretas, como fizemos
no “vamos subir Dragão” de 2008 e, nas palavras de Reinaldo Moura ao afirmar
que a torcida rubra foi maior que a do CSA em pleno Rei Pelé, em Maceió/AL.
Fui então para a segunda hipótese, a do desconhecimento. Como
todo desconhecimento causa medo, acredito que seja essa a razão.
Vamos tranquilizar você que divide comigo este espaço. Pense
comigo. Durante todo o campeonato sergipano, Givanildo Sales demonstrou
conhecer e ter o comando do elenco do Sergipe. Por várias vezes em que o time
não foi bem, ele calmamente dizia o porque e afirmava que o problema seria (e
era!) resolvido na parida seguinte.
O time terminou campeão como todos os números mostrando a
superioridade rubra.
Agora na série D, o time mantém tudo que fez no Sergipão e
mais, está reforçado.
Para o técnico e para o elenco o foco está sempre no próximo
jogo, a próxima partida. A preocupação é sempre com a partida da vez e somente
ela. Ou seja, uma partida de cada vez, como fez no campeonato regional. O que
por si só elimina a possibilidade do uso de um “sapato alto”.
Quanto à hipótese de o time jogar retrancado se você prestou
um mínimo de atenção no campeonato local, verificou que a personalidade do
técnico Givanildo e maneira como o time está montado, deixa clara sua opção
pelo ataque.
Em qualquer dos esquemas o Sergipe sempre prioriza o ataque,
sem perder de vista o sistema defensivo. Não foi outro o motivo de nessa série
D, o time ter marcado 11 gols e sofrido 2 (dados do Globo Esporte.com) bem como
fez no regional, quando marcou 26 e sofreu 12 (dados do site pefutebol.com –
inexistentes no site da FSF).
É mais que conhecida a forma como o time rubro começa a se
defender quando o adversário toma a bola e como sai em velocidade e profundidade
para o ataque, usando não só seus atacantes como alas e meias que se infiltram
com competência pela defesa contrária.
Por tudo isso é que não acredito que Givanildo vá mudar a
forma de atuar da equipe para enfrentar o ex-poderoso CSA. Ah! o Azulão do
mutange voltou atrás e manteve 3 dos 11 dispensados. Mesmo com eles perderam
para o Juaseirense, e seu preparador distribuiu nota informando o porquê da
precariedade física do elenco.
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