Na TV, vi; no rádio, ouvi; no
jornal e na internet, li. Portanto,
entendo agora que o presidente Luiz Fernando, do Olímpico Esporte Clube de
Itabaianinha, fez o que eu, você e qualquer um que ama seu clube e sua terra
faria: acreditou nas promessas do governo do Estado.
Coloque-se no lugar do Luiz
Fernando por alguns instantes e analise se você também não agiria da mesma
forma que ele: esperar até o ultimo minuto, na esperança de que uma promessa
fosse cumprida.
Não foi um “Zé Qualquer” quem fez
a promessa de ajudar o Clube na recuperação do seu estádio. Foi dito de que
gramado seria melhorado, cabines seriam reformadas e refletores seriam
instalados. Isso tudo feito, o Souzão estaria pronto para o campeonato, atendendo
o exigido pela Federação Sergipana de Futebol.
O Secretário Maurício Pimentel
foi até Itabaianinha e fez pronunciamento em nome do governo estadual. Tudo acertado,
tudo conforme. A própria Federação, através de uma das suas vice-presidências, Milton Dantas, também buscou
ajudar ao Dragão da Zona Sul, através de contatos com empresas ligadas ao desporto.
Através do seu presidente Luiz
Fernando, a diretoria se mobilizou e fez o que seria necessário, encampando os
acertos financeiros para viabilizar a montagem da equipe.
O tempo foi passando. Todos esperando
os movimentos do governo. Assim como os times da capital, o Olímpico acreditou
até onde foi possível.
Algo novo surgiu, quando o
governo fechou os convênios para ajudar os dois estádios de Aracaju. Todos pensaram que além dos dois e do
Vavazão em Maruim, naturalmente, o Souzão teria suas promessas atendidas e o
povo de Itabaianinha veria mais uma vez, seu glorioso Azulão cantando alto no
seu terreiro.
Daqui, cobramos ação da diretoria
azulina. Cobramos a intervenção dos parceiros políticos da região, junto ao
governo. De nada adiantou. Nada foi feito, nada foi reformado, melhorado.
Não vindo a ajuda prometida,
restou ao Olímpico a única opção possível: solicitar o afastamento do
campeonato. Melhor que aumentar a divida ainda do campeonato passado, quando
jogou em Tobias Barreto.
Com isso, perde o povo da região sul, perdem
os torcedores do Dragão, perdem jogadores e profissionais que estariam com
trabalho garantido, perde o comércio, perde o próprio município com a falta da
circulação de recursos que a participação do time traria, perde o futebol
sergipano pela falta de um dos seus mais importantes representantes no seu campeonato.
Não sou a favor de governo
desviando recursos para aplicá-los em empresas ou estádios particulares. Mas,
se pode para uns, democraticamente deve poder para todos. No caso, se pode ajudar
em reformas e instalação de refletores para João Hora e Sabino Ribeiro, deve
poder também para o Souzão. Seria justo.
E, repito, assim como fez Luiz
Fernando, esperando pelo cumprimento das promessas governamentais, eu e você
também faríamos. Até porque, se
condições tivesse, o Olímpico dificilmente se prestaria à humilhação de pedir
esmolas a um governo que se faz de caolho para atender aos seus, enquanto esquece
co-cidadãos para os quais, uma simples partida de futebol num final de semana,
torna-se talvez sua única fonte de lazer.
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