quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

O Olímpico fez o certo








Na TV, vi; no rádio, ouvi; no jornal e na internet, li.  Portanto, entendo agora que o presidente Luiz Fernando, do Olímpico Esporte Clube de Itabaianinha, fez o que eu, você e qualquer um que ama seu clube e sua terra faria: acreditou nas promessas do governo do Estado.

Coloque-se no lugar do Luiz Fernando por alguns instantes e analise se você também não agiria da mesma forma que ele: esperar até o ultimo minuto, na esperança de que uma promessa fosse cumprida.

Não foi um “Zé Qualquer” quem fez a promessa de ajudar o Clube na recuperação do seu estádio. Foi dito de que gramado seria melhorado, cabines seriam reformadas e refletores seriam instalados. Isso tudo feito, o Souzão estaria pronto para o campeonato, atendendo o exigido pela Federação Sergipana de Futebol.

O Secretário Maurício Pimentel foi até Itabaianinha e fez pronunciamento em nome do governo estadual. Tudo acertado, tudo conforme. A própria Federação, através de uma das  suas vice-presidências, Milton Dantas, também buscou ajudar ao Dragão da Zona Sul, através de contatos com empresas ligadas ao desporto.

Através do seu presidente Luiz Fernando, a diretoria se mobilizou e fez o que seria necessário, encampando os acertos financeiros para viabilizar a montagem da equipe.

O tempo foi passando. Todos esperando os movimentos do governo. Assim como os times da capital, o Olímpico acreditou até onde foi possível.

Algo novo surgiu, quando o governo fechou os convênios para ajudar os dois estádios de  Aracaju. Todos pensaram que além dos dois e do Vavazão em Maruim, naturalmente, o Souzão teria suas promessas atendidas e o povo de Itabaianinha veria mais uma vez, seu glorioso Azulão cantando alto no seu terreiro.

Daqui, cobramos ação da diretoria azulina. Cobramos a intervenção dos parceiros políticos da região, junto ao governo. De nada adiantou. Nada foi feito, nada foi reformado, melhorado.

Não vindo a ajuda prometida, restou ao Olímpico a única opção possível: solicitar o afastamento do campeonato. Melhor que aumentar a divida ainda do campeonato passado, quando jogou em Tobias Barreto.

Com isso, perde o povo da região sul, perdem os torcedores do Dragão, perdem jogadores e profissionais que estariam com trabalho garantido, perde o comércio, perde o próprio município com a falta da circulação de recursos que a participação do time traria, perde o futebol sergipano pela falta de um dos seus mais importantes representantes no seu campeonato.

Não sou a favor de governo desviando recursos para aplicá-los em empresas ou estádios particulares. Mas, se pode para uns, democraticamente deve poder para todos. No caso, se pode ajudar em reformas e instalação de refletores para João Hora e Sabino Ribeiro, deve poder também para o Souzão. Seria justo.

E, repito, assim como fez Luiz Fernando, esperando pelo cumprimento das promessas governamentais, eu e você também faríamos.  Até porque, se condições tivesse, o Olímpico dificilmente se prestaria à humilhação de pedir esmolas a um governo que se faz de caolho para atender aos seus, enquanto esquece co-cidadãos para os quais, uma simples partida de futebol num final de semana, torna-se talvez sua única fonte de lazer.

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