Minha gente, o campeonato brasileiro reservou para os clubes sergipanos uma rodada de gosto bastante amargo nesse domingo.
Enquanto o Estanciano saiu na
frente e tomou uma virada acachapante, o Confiança conseguiu segurar o adversário
até os 40 minutos do segundo tempo.
Ambos os times vem sofrendo com a
pouca ou nenhuma experiência na disputa de certames mais fortes, mais
disputados, onde se precisa além de força e técnica, uma boa dose de
conhecimento do que se faz, coisa que só vem com o famoso “tempo de estrada”. Tempo
esse que não é apenas para os jogadores dentro de campo, mas desde a diretoria
ao roupeiro, desde o garoto da base do clube ao medalhão contratado.
Mais cedo, às 16:00 horas, o
Estanciano pisou no gramado e logo aos 3 minutos abriu o placar. Tomou conta do
jogo e mesmo perdendo várias oportunidades de marcar, ampliou para 2 a 0 aos
36/1t. Foi para o intervalo tranquilo e consciente de que havia feito um bom
primeiro tempo e que no retorno bastava saber administrar o jogo que a vitória
viria na bagagem, comemorando com a torcida que acompanhou o time até Caruaru.
Na Estância era uma festa só. Já começavam
os preparativos para receber os valorosos heróis canarinhos. Mais uma vitória
na casa do adversário. Muito mais que o dever de casa estava sendo feito.
Segundo tempo de jogo. O Estanciano
do primeiro tempo ficou no vestiário e foi o Central quem resolveu vir pro
jogo. Aos 22/2t, Altemar, aquele mesmo que o Confiança liberou e que agora anda
improvisando um meia na posição, diminuiu. Canário procurou se segurar na
defesa. Só aos 44/2t que o Central empatou. Foi ai que a falta de experiência,
de saber jogar partidas difíceis, perigosas, onde se tem de ter “aquilo roxo” mostrou
sua importância. O desespero tomou conta. Eram 47/2t quando o Central virou o
placar. Dura lição. Jogadores e torcedores aparvalhados, sem acreditar no que
estava acontecendo. Aprendizado da vida, da bola.
A raiva tomou conta de alguns e
logo a lembrança do pouco tempo para condicionar melhor a equipe antes do
inicio da competição veio à tona. Primeiro os jogadores viraram os culpados. Depois
a comissão técnica. Finalmente, a diretoria. Desabafo. Torcedor é mesmo assim. Com
o mesmo ardor que defende seu clube, o joga na sarjeta minutos depois.
Com jogo começando às 19:00
horas, o Confiança viajou para Arapiraca. Seu torcedor proletário acreditava
numa outra boa partida.
O Asa fazia parte do G4, mas o
Dragão vinha de uma vitória sobre um Salgueiro que chegou ao Batistão com uma
sequencia de boas partidas. “No mínimo um ponto a gente trás na sacola” –
pensou-se.
E o time se portou bem. Fez o seu
jogo. Dentro do que determinou seu treinador. Manteve-se atento e não deixava o
Asa tomar as rédeas da partida. Faltavam apenas 5 minutos de jogo quando o Asa
fez o seu gol.
Para o torcedor uma ducha gelada.
Lá se foram as esperanças de trazer pelo menos um pontinho. E assim como o
torcedor do canarinho, reagiu na mesma sequencia: jogadores, comissão técnica e
diretoria foram os grandes culpados pela derrota.
Nesse instante poucos se lembram
das palavras do diretor de futebol Ernando Rodrigues dizendo que o clube
proletário ainda está aprendendo a jogar esses campeonatos nacionais. O Dragão
como um todo, e sua torcida também deve ser ai incluída, está dolorosamente
aprendendo a disputar partidas mais difíceis, com mais pegada, com mais manhas,
com mais “roxo” entre as pernas. E não é uma questão de valentia. É de saber
onde, quando e qual a hora.
Não pense que se fala em conformismo.
É um entendimento da realidade que às vezes as labaredas do coração não permitem
que se pense com mais crueza e discernimento.
- o –
Gente amiga, vamos continuar em
oração para que o querido Barroso Guimarães tenha sucesso absoluto na operação a
que será submetido na próxima quarta-feira. Nas suas horas de encontro com o
Pai Maior inclua Barrosão e sua família, pedindo calma, serenidade e fé.
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