Vasco empata, mas tá na fita

Um grande jogo! Duas equipes dispostas a vencer. Dois esquemas agressivos e perigosos. O empate foi muito valorizado por ambos os lados.

Vasco saiu na frente com um gol oportunista de Bernardo. Dominou grande parte de todo o primeiro tempo. Voltou pro segundo tempo em busca do segundo e tranqüilizador gol.

Pena que seus jogadores que vem numa maratona maluca, tentando vencer todos os torneios que participa, sentiram o natural cansaço físico. Ai caiu de rendimento. Coisa que todo mundo vem falando, reclamando, sem observar tantos jogos.

Para conseguir o pretendido, o Vasco teria de ter um grande e bem nivelado elenco. O que obviamente, não tem. Ainda perde jogadores por contusão e suspensão. Não se pode culpar o Cristóvão Buarque.

Juninho Pernambucano continua jogando bem. Felipe enquanto deu, jogou muito. Bernardo foi bem. Mas ainda não é um Diego Souza. O Éder Luiz fez muita falta ao time. O Dedé jogou muito. Mas Cristóvão teve que fazer substituições. O time está morto, muito cansado.

É uma campanha de gigante. Porém, jogos decisivos nas quartas e nos domingos, desgastou demais o grupo. Jogou nesta quarta, pega o Fluminense no domingo, faz o jogo da volta contra a La U, pensando no clássico do domingo contra o Flamengo.

Claro que vascaíno algum iria querer. Mas se perde pro Fluminense e tira o peso do campeonato brasileiro das costas, com certeza que o jogo no Chile seria outro. O Vasco está tão bem quanto o La U, mas está fisicamente destroçado.

Outra vez a Universidad de Chile – a La U mostrou um vistoso futebol. Com um esquema tático bem definido e posto rigorosamente em prática, o time demonstra controle emocional para realizar o que deve, sem entrar em desespero. Um entrosamento muito bom completa as virtudes desse tecnicamente bom elenco. Aproveitou a queda de rendimento do Vasco e foi em busca do empate. Conseguiu. Agora é esperar pela volta, lá.


Colegas

Está cada dia mais difícil ouvir cronista-torcedor. Ouvi o relato e assisti pela tv ao jogo Vasco x La U. Se não estivesse assistindo, diria que o técnico Cristóvão Buarque é um entregador de camisa. O comentarista-torcedor não aceitou uma das alterações efetivadas pelo técnico. Não aceitou a saída de Felipe – que pediu prá sair. Não gostou da substituição do machucado Élton por Alecsandro. Quando viu que o time estava cansado, começou a criticar o responsável pelo condicionamento físico. Um verdadeiro torcedor-de-microfone. Pôxa, manera aí ô!