sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Dirigentes "torcedores"



Joel Batalha - homenagem do Pombo

Em entrevista o técnico do Itabaiana Freitas Nascimento diz que seu time foi morno na Copa do Nordeste.

Também em entrevista, o diretor de futebol do Confiança Emmanuel Wanderley disse que seu time realizou uma campanha positiva na mesma Copa.

A campanha do Itabaiana: ganhou 5 dos 18 pontos disputados. Venceu uma, empatou duas e perdeu três das partidas disputadas. Apenas 27% de aproveitamento.

A campanha do Confiança: ganhou 8 dos 18 pontos disputados. Venceu duas, empatou duas e perdeu duas das partidas disputadas. 44% de aproveitamento.

Morna? Positiva? Não estaria mais para pífia e discreta?

Muito foi vendido para o torcedor. Seja pelos dirigentes, seja pela própria mídia engajada. Aliás, engajamento este que se tornou uma praga que se propaga em lastimosa velocidade no meio esportivo.

Por tanto tempo de pré-temporada, por tantas viagens para avaliar e contratar os jogadores certos para as posições deficitárias, não seria de supor que as campanhas resultassem em melhor aproveitamento?

Não! Porque o que se ouve é que tanto Itabaiana quanto Confiança, deverão reforçar o elenco para o campeonato sergipano(?!!!).

“Precisamos de 4 a 5 reforços” e “não estão descartadas novas contratações” são frases tiradas das entrevistas de Freitas e de Emmanuel.

Isso quer dizer que o time prá Copa do Nordeste foi inferior ao que disputará o “fortíssimo campeonato sergipano”?  É isso mesmo?

Não deveria ser o inverso? Não deveriam nossos representantes estar dispensando jogadores mais caros, de maior nível técnico, para assim nivelar para baixo o time para a disputa do regional?

Realmente nossos dirigentes entendem que um campeonato disputado contra América, Boca Junior, Estanciano, Lagarto, Olímpico, Socorrense, mais River Plate e Sergipe, está em nível técnico superior ao da Copa do Nordeste?

Avançar na Copa do Nordeste não traria mais recursos financeiros? Não seriam maiores as arrecadações?  Não se espalha aos quatro cantos que os nossos jogadores foram valorizados? E essa valorização não traria um maior retorno financeiro com suas liberações e o conseqüente pagamento de multas contratuais?

Formar um time supostamente mais fraco custa menos, num torneio em que se ganha mais, para depois formar um time mais forte num torneio em que se ganha menos é no mínimo, uma incoerência.

Dizer que o campeonato dá direito a participar da Copa do Brasil, da Série D e da própria Copa do Nordeste, sabendo que esse campeonato é financeiramente deficitário, é outra incoerência.

Para ganhar o campeonato sergipano no baixo nível técnico de hoje não precisa reforçar o time. A não ser que o interesse desses dirigentes seja o de ganhar título, acreditando que isso fará com que as arrecadações possam cobrir as despesas. Ou que esse título de campeão sergipano sirva para alavancar a venda de patrocínios nas camisas. Ou, que todos não passam de meros “torcedores”.


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