Joel Batalha - homenagem do Pombo |
Em entrevista o técnico do Itabaiana Freitas Nascimento diz
que seu time foi morno na Copa do Nordeste.
Também em entrevista, o diretor de futebol do Confiança Emmanuel
Wanderley disse que seu time realizou uma campanha positiva na mesma Copa.
A campanha do Itabaiana: ganhou 5 dos 18 pontos disputados. Venceu
uma, empatou duas e perdeu três das partidas disputadas. Apenas 27% de
aproveitamento.
A campanha do Confiança: ganhou 8 dos 18 pontos disputados. Venceu
duas, empatou duas e perdeu duas das partidas disputadas. 44% de
aproveitamento.
Morna? Positiva? Não estaria mais para pífia e discreta?
Muito foi vendido para o torcedor. Seja pelos dirigentes,
seja pela própria mídia engajada. Aliás, engajamento este que se tornou uma
praga que se propaga em lastimosa velocidade no meio esportivo.
Por tanto tempo de pré-temporada, por tantas viagens para
avaliar e contratar os jogadores certos para as posições deficitárias, não
seria de supor que as campanhas resultassem em melhor aproveitamento?
Não! Porque o que se ouve é que tanto Itabaiana quanto
Confiança, deverão reforçar o elenco para o campeonato sergipano(?!!!).
“Precisamos de 4 a 5 reforços” e “não estão descartadas
novas contratações” são frases tiradas das entrevistas de Freitas e de
Emmanuel.
Isso quer dizer que o time prá Copa do Nordeste foi inferior
ao que disputará o “fortíssimo campeonato sergipano”? É isso mesmo?
Não deveria ser o inverso? Não deveriam nossos
representantes estar dispensando jogadores mais caros, de maior nível técnico,
para assim nivelar para baixo o time para a disputa do regional?
Realmente nossos dirigentes entendem que um campeonato
disputado contra América, Boca Junior, Estanciano, Lagarto, Olímpico, Socorrense,
mais River Plate e Sergipe, está em nível técnico superior ao da Copa do
Nordeste?
Avançar na Copa do Nordeste não traria mais recursos
financeiros? Não seriam maiores as arrecadações? Não se espalha aos quatro cantos que os nossos
jogadores foram valorizados? E essa valorização não traria um maior retorno
financeiro com suas liberações e o conseqüente pagamento de multas contratuais?
Formar um time supostamente mais fraco custa menos, num
torneio em que se ganha mais, para depois formar um time mais forte num torneio
em que se ganha menos é no mínimo, uma incoerência.
Dizer que o campeonato dá direito a participar da Copa do
Brasil, da Série D e da própria Copa do Nordeste, sabendo que esse campeonato é
financeiramente deficitário, é outra incoerência.
Para ganhar o campeonato sergipano no baixo nível técnico de
hoje não precisa reforçar o time. A não ser que o interesse desses dirigentes
seja o de ganhar título, acreditando que isso fará com que as arrecadações
possam cobrir as despesas. Ou que esse título de campeão sergipano sirva para
alavancar a venda de patrocínios nas camisas. Ou, que todos não passam de meros
“torcedores”.
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