quarta-feira, 5 de março de 2014

Tem que entender



Neymar com garoto Ayo Brasil x África do Sul (Foto: AFP)
Garoto fez a festa com Neymar e Cia

Minha gente, povo meu, você tem que entender que seleção é futebol de alto nível. Por isso não se pode ter o mesmo olhar para analisar uma partida da seleção e de um time, principalmente, se esse for o time do coração.

A seleção brasileira enfrentou e venceu a da África do Sul por cinco a zero. E o que ouvimos?

- Ah! Mas a seleção africana é muito fraquinha. Não incomodou a brasileira.

Primeiro: não é verdade. Foi essa mesma fraquinha que venceu a seleção espanhola por um a zero, gol de Parker, que também jogou hoje.

Segundo: foi a forma de jogar da seleção brasileira que fez parecer fácil a vitória por cinco a zero.

Terceiro: observe o numero de cartões, apenas um, para Ramires, e verá que foi um jogo equilibrado, onde a África teve maior posse de bola. Porém,  levou gol a cada erro cometido. Isso é competência brasileira.

Veja só: no primeiro, três jogadores fecharam para cima do Hulk e ele encontrou o tempo e o espaço corretos para enfiar a bola para o Oscar entrar nas costas da defesa e desviar do goleiro.

No segundo, Neymar recebeu pela meia esquerda, invadiu e bateu cruzado e forte, por entre as pernas do goleiro.

No Terceiro, o mesmo Neymar recebeu uma bola por cima da defesa, do Fred, e tocou cobrindo o goleiro.

No quarto, o Fernandinho pegou um rebote na entrada da área e bateu forte e longe do alcance do goleiro africano.

No quinto, o terceiro do Neymar, Jô, que não recebeu uma única bola do camisa dez em posição de chute, retribuiu subindo de cabeça e deixando o companheiro na cara do gol. Neymar precisou apenas desviar do goleiro e comemorar.

Vê? Não ocorreram jogadas tentadas, foram todas conscientemente trabalhadas. A África não chegou com perigo ao gol de Júlio César. Mas não foi porque o seu ataque não tentou. Foi porque o sistema defensivo brasileiro está bem armado, jogando sério e por música.

As mudanças efetivadas por Felipe Scolari mantêm ou até melhora a produtividade da equipe. Por isso que ele está se dando ao luxo de testar até a possibilidade de perder um ou outro ala, substituindo-o por outro que jogue no lado oposto. Como fez, colocando Daniel Alves e Rafinha no mesmo time.

Podemos até não concordar com a convocação deste ou daquele jogador, desta ou daquela forma como a seleção jogue, mas temos que concordar numa coisa: o time está montado, pronto e acabado para disputar e bem a Copa do Mundo. Ganhar ou não, faz parte da magia do futebol: nem sempre o melhor vence, nem sempre o campeão é considerado o melhor do torneio.

Prá não esquecer: assisti Espanha e Itália, e da forma como foi colocado em campo, e como joga o time espanhol, centroavante, seja Diego Costa ou qualquer outro, não passa de mero coadjuvante. A bola não é trabalhada para o atacante que está na área, mas para quem chega, quem entra nos espaços por ele criados. Uma pena!


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