Garoto fez a festa com Neymar e Cia |
Minha gente, povo meu, você tem
que entender que seleção é futebol de alto nível. Por isso não se pode ter o
mesmo olhar para analisar uma partida da seleção e de um time, principalmente, se
esse for o time do coração.
A seleção brasileira enfrentou e
venceu a da África do Sul por cinco a zero. E o que ouvimos?
- Ah! Mas a seleção africana é
muito fraquinha. Não incomodou a brasileira.
Primeiro: não é verdade. Foi essa
mesma fraquinha que venceu a seleção espanhola por um a zero, gol de Parker,
que também jogou hoje.
Segundo: foi a forma de jogar da
seleção brasileira que fez parecer fácil a vitória por cinco a zero.
Terceiro: observe o numero de
cartões, apenas um, para Ramires, e verá que foi um jogo equilibrado, onde a
África teve maior posse de bola. Porém, levou gol a cada erro cometido. Isso é competência
brasileira.
Veja só: no primeiro, três jogadores
fecharam para cima do Hulk e ele encontrou o tempo e o espaço corretos para
enfiar a bola para o Oscar entrar nas costas da defesa e desviar do goleiro.
No segundo, Neymar recebeu pela meia
esquerda, invadiu e bateu cruzado e forte, por entre as pernas do goleiro.
No Terceiro, o mesmo Neymar
recebeu uma bola por cima da defesa, do Fred, e tocou cobrindo o goleiro.
No quarto, o Fernandinho pegou um
rebote na entrada da área e bateu forte e longe do alcance do goleiro africano.
No quinto, o terceiro do Neymar,
Jô, que não recebeu uma única bola do camisa dez em posição de chute, retribuiu
subindo de cabeça e deixando o companheiro na cara do gol. Neymar precisou
apenas desviar do goleiro e comemorar.
Vê? Não ocorreram jogadas
tentadas, foram todas conscientemente trabalhadas. A África não chegou com
perigo ao gol de Júlio César. Mas não foi porque o seu ataque não tentou. Foi porque
o sistema defensivo brasileiro está bem armado, jogando sério e por música.
As mudanças efetivadas por Felipe
Scolari mantêm ou até melhora a produtividade da equipe. Por isso que ele está
se dando ao luxo de testar até a possibilidade de perder um ou outro ala,
substituindo-o por outro que jogue no lado oposto. Como fez, colocando Daniel
Alves e Rafinha no mesmo time.
Podemos até não concordar com a
convocação deste ou daquele jogador, desta ou daquela forma como a seleção
jogue, mas temos que concordar numa coisa: o time está montado, pronto e
acabado para disputar e bem a Copa do Mundo. Ganhar ou não, faz parte da magia
do futebol: nem sempre o melhor vence, nem sempre o campeão é considerado o
melhor do torneio.
Prá não esquecer: assisti Espanha
e Itália, e da forma como foi colocado em campo, e como joga o time espanhol,
centroavante, seja Diego Costa ou qualquer outro, não passa de mero coadjuvante.
A bola não é trabalhada para o atacante que está na área, mas para quem chega,
quem entra nos espaços por ele criados. Uma pena!
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