quinta-feira, 4 de junho de 2015

"Perdoiaê"


Muita chuva na terra do irmão Marcelo Mazê. Um frio gostoso percorre as pernas de fora da bermuda e as velhas dobradiças estalam. É o inverno chegando à Estância. Problemas para o velho fígado que vai ter que destilar o conhaque véio de guerra (o pé de pitanga tá cheinho de flores – mas vai virar fruta.... rsrsr), “prá limpar a garganta” como bem diz meu amigo Mário Sérgio “China”.

Mas minha gente, estava aqui lendo as notícias do futebol e deparo com a possibilidade de Bibi retornar ao time titular do Confiança. Meu pai sempre me disse para não me “meter na vida dos outros”. – “A sua já é bastante para você se preocupar” – dizia ele.

Mas não posso deixar passar essa oportunidade de meter o bedelho no trabalho do bom técnico Betinho. Pelo que já peço que me perdoe a ousadia.

Pense comigo: o Tostão – aquele monstro sagrado que encantou o mundo na copa de 70, no tricampeonato mundial, que hoje é médico mas escreve no portal Uol, sempre analisa que no futebol lá fora, os times não estão mais usando o famoso camisa 10, aquele cara que resolvia tudo para o time. Segundo Tostão, e ele tem autoridade para falar do que viveu dentro de campo, os times estão usando 3 volantes. Um fica mais preso e os outros dois passam a armar como se fossem os antigos meias direita e esquerda. Olhe a Juventus, que vai decidir as Liga dos Campeões contra o Barcelona; olhe o Atlético Mineiro; você vai entender o que o Mestre está falando.

Pois bem. O Confiança tem um excelente trio de médios volantes que jogam muito bem quando acionados por Bibi fazendo aquela inversão de atacantes com o centroavante mais preso à frente – quem lembrar a decisão do campeonato no jogo contra o Estanciano vai entender o que digo. Então pergunto: porque Betinho vem mudando tanto? Para que? Se ele já tem uma forma própria de montar o time, porque não mantê-la fazendo mudanças pontuais?

Acredito, não tenho certeza porque tem informações que só a comissão técnica possui sobre a condição de jogo de cada atleta, que com Richardson mais posicionado na frente dos zagueiros, com Flávio e Everton Santos fazendo os médios-volantes, passando ou liberando os alas para passarem, com Bibi fazendo o lançadeira e um centroavante mais presente na área adversária, o Confiança teria como teve no campeonato sergipano, bem menos dificuldades para chegar ao gol. Precisa que os alas sejam liberados para fazerem a ultrapassagem e a troca de passes com os médios, que a bola vai encontrar sempre dois atacantes perigosamente dentro da área adversária. Qual o centroavante? Aquele que esteja ou apresente melhor desempenho nas finalizações. Nesse caso, o Betinho teria apenas de trocar pontualmente aquele que não esteja rendendo bem.

Não estou ensinando nada. É apenas uma opinião. Sobre quais os alas? Prá mim, Amaral e Altemar ou Pedrinho. Quem marca na volta da bola? Os dois médios volantes. Cada um por seu lado. O importante é que a saída de bola do Dragão seja com velocidade e qualidade. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário