segunda-feira, 26 de março de 2012

Fora a violencia dentro e fora dos estádios


É claro que o presidente da Federação Gaúcha de Futebol deve defender seu quadro de árbitros.

É claro que não deve aceitar pressão de um dos seus federados.

Mas dizer que é normal as jogadas violentas dentro de campo, ceifando carreiras e tirando de campo os melhores jogadores, aí não é correto, não é justo.

Ora, quanto o Grêmio investiu para ter o Kleber, o Marcelo Moreno, entre outros bons jogadores do futebol mundial? E o torcedor que paga prá ver grandes espetáculos de futebol, acaba vendo verdadeiras lutas de um deprimente jogo, onde o melhor é parado na base da porrada por seus adversários, sob a complacência de uma autoridade que deveria não só evitar a violência dentro do gramado, como também proteger aos verdadeiros responsáveis por levar esse torcedor ao estádio e, com seu ingresso, pagar a todos, inclusive árbitros e violentos.

Kleber vai para por no mínimo 90 dias. O Grêmio perde seu melhor jogador. A torcida perde seu ídolo. E o campeonato fica mais pobre com o Léo Carioca e um árbitro omisso.

Não venha com essa estória que “isso acontece todo dia e que a repercussão é por que foi com o Kleber”, como falou o Sr. Francisco Novelletto, presidente da FGF. Não Sr. Francisco, isso vem ocorrendo com os melhores jogadores que são parados violentamente.

Outro dia o Neymar reclamou de um zagueiro que além de dar porrada o jogo inteiro, ainda o abençoou. Com certeza pela renda proporcionada pela presença do craque em campo, e com a qual receberia seu salário.

Futebol não é só prá homem. Marta taí para mostrar que mulher o joga e muito bem. Agora deve ser encarado como um esporte e como tal, quem vai assistir às partidas, o faz para aplaudir as grandes jogadas dos grandes craques. Talvez alguns psiquicamente desestruturados vão assistir as jogadas violentas daqueles que não conseguem superar tecnicamente seus adversários.

Não à violência nos estádios. Nem fora, nem muito menos, dentro. Deve prevalecer a qualidade técnica e não o “matar” a jogada e o adversário.

Abaixo a complacência dos senhores árbitros. Que se punam severamente os violentos – todos, não só os zagueiros. Aliás, outro dia o Ronaldinho Gaucho foi punido por dois jogos por aquela pisada maldosa no Wagner do Fluminense. Muito bem punido.

E a guerra sai de dentro do estádio e vai para a rua. Mais uma vez torcedor de apenas 21 anos, é vitima das atrocidades das torcidas organizadas – tão organizadas que marcam confrontos pela internet.

A Federação Paulista de Futebol divulgou nota proibindo a entrada nos estádios das torcidas organizadas Mancha Alviverde – ex-Mancha Verde, que foi extinta pela justiça em 1995, e a Gaviões da Fiel.

Mas devem-se levar proibições como essas também para dentro do gramado, onde jogadores estão agredindo violentamente seus adversários sem a devida punição pela arbitragem, nem pelos órgãos da justiça desportiva. Apenas no campeonato brasileiro esses violentos são punidos através de denuncias pelas imagens.

Outro dia ouvi o comentarista carioca Jorge Nunes, reclamando que um jogador teria causado a saída do adversário de campo por contusão e, enquanto seu time ficou com um a menos no gramado, sofreu um gol. Portanto, o agressor foi beneficiado. Concordo com o Jorge. O agressor deveria ficar fora do gramado, enquanto o que estava sendo atendido não retornasse ao campo de jogo.

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