sexta-feira, 30 de março de 2012

Sergipe e Confiança, parecidos



Tudo que se faz na vida pode ser elogiado ou criticado. Depende do ponto de vista de cada um, ou do lado em que este um está. Deve ou não ser assim, é uma questão de mérito. Não se discute.

Sergipe e Confiança estão a cada dia mais parecidos nesse campeonato, apesar de tão distante na tabela e na classificação.

O time proletário saiu na frente de todos e começou sua pré-temporada de madrugada, enquanto o time rubro dormia ninguém sabe porque, talvez, ainda de ressaca com a grande confusão com a tumultuada saída de Antonio Soares da Mota do comando.

No bairro industrial ocorreu uma simples transferência de comando, saindo Milton Dantas e entrando seu indicado e vice-presidente Luiz Roberto Dantas. No Siqueira Campos houve tudo que não deveria ter acontecido e no final, assumiu Carlos Alberto, que era adversário de Motinha, para logo entregar o cargo a Genisson Silva, que representou o grupo de Motinha na eleição.

O resultado de tudo isso no Mundão do Siqueira, foi uma grande disputa entre pares, que resultou em várias rachaduras na estrutura administrativa do Mais Querido. Bem diferente da harmonia do Sabino Ribeiro, que com uma excelente estrutura administrativa, foi formada uma diretoria administrativa que trabalha em consonância com o Conselho Deliberativo.

O Derrubador de Campeões convidou Zé Humberto para comandar um time que na linguagem da época, seria “uma mescla de jovens atletas oriundos do sub 18 com outros já consagrados no cenário nacional”.

O Dragão optou por “montar uma grande equipe para atingir um objetivo ousado: chegar à série C do campeonato brasileiro”. Óbvio que para isso, teria de passar por ganhar todas as taças disputadas; desde os turnos do campeonato sergipano, a até uma grande campanha na série D, com a conseqüente classificação para a C.

A Diretoria do Sergipe adotou o silencio para fazer as contratações da equipe, e saiu pelo interior no período da série A2, em busca de jovens valores. Terminou contratando jogadores conhecidos, de média qualidade, que junto aos garotos do sub 18 e sob o comando de um técnico que pouco sabia do futebol sergipano, começou uma temporada de derrotas.

Com vários bons jogadores e um treinador que teve todo o tempo necessário para montar uma boa estrutura técnico-tática, o Confiança fez uma campanha mediana no primeiro turno e perdeu a classificação para o quadrangular na última partida, numa derrota para o Itabaiana em pleno Batistão. Porém, em momento algum conseguiu convencer sua torcida de que era um time pronto para os títulos prometidos.

O Sergipe seguiu trocando jogadores e técnicos ao sabor das derrotas e cobranças da impaciente torcida, que se manteve apostando na boa intenção demonstrada pela diretoria executiva. Claro que sem conseguir formar um conjunto tão necessário para disputar qualquer competição.
Chegou ao final do turno com o triste título de lanterna no grupo e no computo geral. Sua pior campanha na gloriosa história alvirrubra.

O Confiança seguiu trocando de jogadores e manteve seu técnico, apesar da desconfiança geral. Mesmo no recesso forçado do cruzamento olímpico, o time continuou treinando e quando jogou, dois amistosos contra o Lagarto, perdeu.

Veja o quanto é parecida a história que se escreve sobre os dois maiores clubes do futebol sergipano.

Durante o recesso de 23 dias do cruzamento, o Sergipe passou 11 dias para praticamente forçar Pedro Costa a deixar a grande campanha que vinha realizando no Socorrense e assumir a equipe. Ora, se era alguém tão próximo, porque esperar tanto tempo para contratar.

Depois do recesso, onde poderia utilizar os 23 dias para dar uma nossa forma ao time, e após uma vitória no segundo turno, o Confiança dispensou Paulo Moroni e já contratou outro comandante para a equipe. Mas continua contratando jogadores. Que não vêem com o respaldo do novo técnico e que terão apenas três dias (domingo, segunda e terça)para realizar qualquer treinamento e entrar em campo contra o River Plate na próxima quarta-feira.

O Dragão venceu sua primeira partida no returno. O Diabo Rubro perdeu sua primeira partida no returno. Ambos estão repetindo o primeiro turno.

Você pode dizer que em termos de tabela eles estão bem diferentes. É. Mas em termos de objetivos não. Estão no mesmo caminho.

Ambas as diretorias prometeram títulos, classificações e subidas de série, encantar suas torcidas. Conseguiram? Estão ou não idênticas as campanhas. Você não acredita que o Sergipe se recupere e fuja da segundona 2013. E acredita mesmo que o Confiança jogando dentro do seu forte grupo vai superar seus adversários e ser campeão do Estado? Sério?

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