segunda-feira, 5 de março de 2012

Não pode meeeesmo

Final de semana difícil de ser entendido pelo torcedor proletário. Seu time saiu de líder para terceiro colocado e fora do cruzamento olímpico.

O alerta foi dado. Todos sabiam que o Itabaiana joga melhor no Batistão que no Médici e que desceu a serra classificado, sem a obrigação de vencer.

Falar do prejuízo dentro de campo é tentar encobrir o financeiro. Confiança não só deixa de participar do filé do primeiro turno, de estar entre os quatro melhores.

Deixa de arrecadar em três partidas cujas rendas devem ser maiores que as do turno. Seus jogadores ficarão 23 dias sem disputar jogos – exceto se amistosos.

O clube estará fora da mídia e seus patrocinadores também. O que pode dificultar propostas de prorrogação e até assinaturas de novos contratos. Diferente que se o time estivesse na disputa.

O campeonato como um todo fica prejudicado. Não bastasse o Sergipe não estar bem. Vem ai um cruzamento olímpico apenas com clubes do interior.

A maior praça esportiva vai ficar desativada, o maior público de fora da melhor parte da competição.

A Federação fez sua parte. Montou o campeonato, estruturou o departamento de árbitros, gerou condições de jogo. As duas locomotivas não corresponderam e estão fora.

Faltou maturidade futebolística para os comandantes. Ainda não descobriram o caminho das pedras. Estão no cruzamento aquelas equipes cujos presidentes decidem, em nome do grupo.

Dalmo Prado no Socorrense, Miguel José no São Domingos, Ernando Rodrigues no River Plate e Eduardo Lima no Itabaiana. Representantes com poder de mando, decisório.

Não é inteligência; é vivencia. Não são ditadores; ouvem menos, discutem pouco, agem mais rápido. Alguém tem que mandar; o presidente.

Segundo turno como única opção. Para o Sergipe, de fugir da série A2. Para o Confiança, oportunidade única de entrar no segundo cruzamento olímpico, vencê-lo, disputar e ganhar o título, e salvar o ano e o projeto de disputar a série D do brasileirão de olho na série C.

Grande projeto posto em sério risco em apenas noventa minutos. Necessidade urgente de se pensar mais firme, mais consciente. De se agir com a dureza que o momento orienta.

Não confundir dureza com rudeza, mau trato, desrespeito. Mas com justiça e determinação em prol do bem maior, do clube.

Momento de ouvir, refletir, tomar a decisão, agir. Campeonato sergipano não pode prescindir de Sergipe e Confiança nas primeiras colocações.

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