Inhaca Forte !

‘Lha ê! Não quero utilizar do expediente de “bater” em ninguém. Não é assim que vejo o radio-jornalismo.

Ouvia colegas falando das “caras-feias” e acreditava ser apenas um recurso de mídia, para prender a atenção do ouvinte.

A prática tem mostrado que elas realmente existem.

Não vou aqui repetir o que sempre ouço. Mas também não vou calar por isso.

Nada tenho contra. Assumo o direito e dever profissional que tenho de fazer um comentário sobre o que ouço e vejo. Só isso.

Final de semana de muita emoção no futebol sergipano, última rodada da Taça Cidade de Aracaju, classificatória para o cruzamento olímpico.

No grupo A tem o Itabaiana classificado e jogando sem pressão – por isso mais perigoso, e São Domingos, Guarany e Lagarto disputando a segunda vaga.

No grupo B tem três brigando por duas. Confiança garante uma delas com um simples empate. Mas nem por isso pode vacilar e perder. Socorrense precisa vencer para ficar com a outra vaga. E o River Plate tem que golear o Sergipe e esperar um tropeço de um ou dos dois.

Francos atiradores, Sergipe, Sete de Junho e Olímpico, podem terminar a rodada causando a desgraça de adversários. Basta que não percam. River estará fora do cruzamento. Lagarto morre abraçado ao Sete. E torcedor do São Domingos vira Socorrense desde criançinha.

Grande campeonato! Motivado campeonato! E o Confiança com uma inhaca danada de campeão!

Analise comigo:
River Plate x Sergipe – Claudio Francisco Lima e Silva - Elite
Socorrense x Guarany – Jonaldo Alves Simões – Especial
Sete x Lagarto – José Humberto Ferreira Maroto – Especial
Olímpico x São Domingos – Rogério Lima da Rocha – Elite
Confiança x Itabaiana – Eduardo de Santana Nunes – Elite

Cê não acha que Socorrense x Guarany deveria ser apitado por um árbitro de elite, tipo Rogério, Claudionor ou Hora? As duas equipes precisam da vitória para entrar no filé desse primeiro turno – grandes jogos, melhores rendas e principalmente, não parar 23 dias com todas as despesas decorrentes.

Presidente Hernando Rodrigues dispensou técnico Fahel Junior. Vozes se levantam para sugerir que seja contratado um treinador da terra. Temos realmente grandes nomes no nosso futebol que têm conhecimento prático.

Mas a pergunta é: por que não realizam grandes campanhas quando estão à frente das nossas equipes? Quais os grandes títulos conquistados como treinadores aqui e fora da terrinha? Jogadores aceitam o comando de quem não traz essas vitórias na sua bagagem?

Lembro quando insistia em jogar futebol no Clube da CAIXA, e o fazia mais pela alma caridosa de um Jaime Souza Lima, Marcelo Bezerra, Ailton Rocha, Luiz Carlos Bossa Nova, (e Mário Sérgio da Aperipê sabe disso), ficava com vergonha de errar. No entanto, ficava orgulhoso de dizer nas rodas de amigo que havia tomado um carão de Seu Jaime, de Marcelo, de seu Ailton, de Luiz Carlos – ó! amigos admirados, com inveja.

Mas quando levava uma bronca do querido amigo-irmão Edvaldo Oliveira, meu vizinho de rua e grande beque amador, ficava chateado. E claro, não contava prá ninguém!

Então? Não acontece o mesmo com boleiros? Os caras não batem de frente com alguém que achem ser do mesmo nível? Não ficam dizendo que “já joguei com Iustrich, João Saldanha, Tim, seu Dequinha, Juan Céli, e vem esse ai me dizer o que fazer”? Será essa a dificuldade que enfrentam “os daqui”?