terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Nosso “profissional” futebol


quaaaase assim....


Minha gente,
Estava acompanhando uma entrevista do colega Marcelo Mazze no programa Bola na Rede, da rádio Abaís AM 1650, da Estância, com o técnico vice-campeão da segundona sergipana Everton Câmara, pelo Boquinhense.

O time da terra da laranja passou por maus bocados ao escalar no inicio do campeonato o jogador Deivid Bolinho, que tinha atuado pelo Estanciano no campeonato passado e foi expulso, julgado à revelia e sido apenado por 4 partidas.

Pelo regulamento, o Boquinhense perderia 10 pontos. Foi julgado por duas vezes. Na primeira foi absolvido por unanimidade. Na segunda, venceu por 4 a 3. Mas o Dorense, terceiro colocado, avisa que vai até ao TJD da CBF, para buscar a vaga que acredita ter direito. E talvez, essa insistência do time de N.S. das Dores venha a melar o inicio do complicado campeonato sergipano de 2015.

Durante a entrevista, declarações do treinador Everton chamou a atenção para o nível de profissionalismo com que se pratica futebol em Sergipe.

Depois de enaltecer os jogadores “homens”(?) do seu time ele passou a relatar parte da sua história para chegar à classificação que lhe deu o acesso à primeira divisão do nosso futebol.

Começou do Everton Câmara, dizendo: -“Na segunda divisão a parte financeira foi muito ruim. Dificuldades. Sem dinheiro. Só com muita união do grupo”. Normal.

Ainda sem estar certo de que continuará no cargo, disse que vai “conversar com a diretoria porque agora é primeira divisão”, o comandante avisa que “primeira divisão é coisa séria, tem que ter planejamento, jogador de qualidade, não vai ser fácil para um time a primeira vez na primeira”. Deixando a entender que a segunda divisão não é coisa séria. Como se os jogadores não fossem os mesmos que disputam a primeira.

Porém, a afirmação do técnico ao finalizar a entrevista dizendo que se o Boquinhense vai disputar a primeira divisão, terá de “entrar na realidade do profissionalismo” foi que jogou a pá de cal sobre o que chamam de “profissionalismo” no futebol de Sergipe Del Rei.

Conclui-se então que deve ter sido por isso que o Boquinhense disputou a segundona num campo de futebol  7 do SESI, colocou um jogador irregular, foi absolvido pelo STJD da Federação Sergipana de Futebol e se tornou o vice-campeão com direito a acesso para a primeira divisão. Tudo isso foi no campo do amadorismo. Agora, imaginem, vai jogar de verdade, profissionalmente.



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