sábado, 30 de outubro de 2010

O que esperar para 2011?

Estamos nos aproximando do final de ano e junto com os votos de boas festas, vêm ai as expectativas para o ano novo em todas as áreas da nossa vida. No futebol não é diferente.

Começam as especulações de como será o ano futebolístico de 2011. Quero dar a minha contribuição para que algo mude no nosso futebol. Mas por mais que analise, fico sempre com um gosto de cabo de guarda-chuva na boca. Um gosto, de que vamos passar por tudo que passamos nesses últimos anos. Vê se concorda comigo.

No Confiança assume uma diretoria que se diz nova, mas que não deixa de ser a mesma dos últimos anos de fracasso, apenas requentada. Ora se o vice assume a titularidade, muda o que? Permanece o mesmo grupo, os mesmos vícios, as mesmas virtudes e os mesmos defeitos. A manutenção de Da Silva e de Ciro, com a possibilidade do retorno de Maurício Simões (é só esperar o inicio do campeonato), sinalizam para a confirmação de que nada vai mudar. Prá não falar das propostas “ocas” apresentadas pelo “novo presidente”.

No Sergipe, a briga interna que alguns colegas teimam em dizer que não existe, pode trazer de volta o hoje “temido” Soares da Mota. Alguém duvida? Do grupo que assumiu por força judicial, apenas alguns não estavam no comando, a grande e poderosa maioria estava e permanece. Ou alguém vai dizer que Ari Rezende é desafeto ou contrário ao que Soares fazia e dizia? Não se trata aqui de outro vice que assumiu? Será que Ari Rezende, Ramon Barbosa, Eraldo da Imaca, e tantos outros não eram peças importantes do chamado grupo deposto? Mais uma vez nos servimos das ações para confirmar as afirmações: Hugo Henrique e Érico foram conversados para permanecerem no elenco da próxima temporada. E eles não foram jogadores de Soares e seu grupo? E se contar que até Ribeiro Neto foi chamado pelo grupo atual para “salvar” o time da forca do Nordestão, e que o mesmo estava contratado quando o Soares da Mota foi impedido de continuar presidente de fato, nada mais precisa ser dito.

No Itabaiana depois de um ensaio de “troca de comando”, quando assumiu o indicado pelo então presidente, não se precisa de muito argumento. Você já ouviu quantos treinadores foram “contatados” e nada ainda foi realmente feito? Desde a possibilidade da ida de Marcelo Sergipano para implantar as categorias de base do clube, posteriormente assumidas por Edmilson Santos, até os contatos com Luiz Carlos Cruz, Maurício Simões, e um último que treinou times alagoanos e que dão a entender de ser o mais competente dos treinadores do Brasil, até agora nada. As mesmas propostas, as mesmas desculpas para dificuldades que todos sabiam existir antes de se candidatar à presidência, e que agora aparecem como se fossem grandes novidades.

Na Federação Sergipana de Futebol, mais uma vez o presidente José Carivaldo acena com a possibilidade de contratação de “uma grande empresa de marketing para planejar e projetar o futebol sergipano em 2011”. Em 2011, em 2010, em 2009, em 2008, em... . Quantas vezes já ouvimos essa “grande informação”? Até já apareceu uma que começou um trabalho e ninguém sabe no que deu. Sumiu sem deixar endereço, nem saudades. Lá vem o velho discurso outra vez. Prá que, Presidente? Faça como sempre: marca o arbitral, os clubes mandam representantes sem poder prá nada, regulamento e tabela são aceitos como bons e depois, os presidentes faltosos têm argumentos para reclamar. Não é assim todo ano?

Sinceramente, não tenho expectativa alguma. Com o Batistão fechado para ser “transformado numa grande multiarena esportiva”, que se vier a acontecer deve passar uns cinco anos para ser inaugurada, basta ver o que vem acontecendo com os estádios de Itabaiana e Estância, que precisaram de uma reforma um pouco maior, foram iniciadas no começo do ano e até agora não foram entregues, só teremos futebol nas praças do interior. Prejuízo certo para os quesitos público e renda (coisas com as quais, aliás só cronistas se preocupam – não se sabe bem porque), além de todo o imenso sacrifício que será demandado para as, cada dia mais raras, equipes esportivas – no campeonato da série A2, só a Equipe do Magá e a Coopersul de Estância, vêm transmitindo os jogos.

Estádios desconfortáveis, gramados ruins, futebol de “segunda”, televisão transmitindo tudo – pesquisa comprova que as assinaturas de canais fechados, principalmente os esportivos, vêm crescendo rapidamente por todo o interior, elencos medíocres, entregadores de camisa idem, arbitragens inseguras, mesmas diretorias, mesmo torcedor. O que esperar mesmo do nosso futebol, para 2011?

Nenhum comentário:

Postar um comentário