segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Vasco, outra vez

Eu de novo! Ontem escrevi que o Vasco precisa tomar cuidado para não ficar fora da decisão da Taça Guanabara. É que pelo regulamento do campeonato carioca, as equipes são divididas em dois grupos (A e B), e somente os dois melhores colocados de cada grupo formam o quarteto que disputará as semifinais das duas taças que formarão o campeonato: a Guanabara ou primeiro turno, e a Rio de Janeiro ou segundo turno. O Vasco perdendo e na lanterna do seu grupo, corre o risco de não disputar a semifinal do primeiro turno.

Isso seria desastroso não só para a torcida, como para o próprio campeonato, como financeiramente para o clube, que na prática, estaria abrindo mão de disputar pelo menos mais um grande clássico, podendo chegar a dois, no caso de vitória no primeiro jogo. Uma entrevista do Carlos Alberto, que rebateu boatos de uma suposta briga entre ele e o técnico PC Gusmão, alertou-me para um fato extremante importante, nesse difícil momento por que passa o Gigante da Colina: este é um ano de eleições no Vasco. É ai que você começa a entender, o porquê da infeliz declaração de um presidente de federação sobre um seu federado. No caso, do presidente Rubens Lopes para com a diretoria do Vasco, quando ele disse, por um problema ocorrido com a documentação do zagueiro Dedé, que “o Vasco é um time desorganizado”.

Posso até não torcer pelo Vasco. Mas um time da grandeza do time da cruz de malta, mesmo que queira, não lhes é permitido ser desorganizado; sob pena de ver todo o seu patrimônio ser dilapidado rapidamente. Num piscar de olhos, vários de seus jogadores seriam transferidos gratuitamente para equipes adversárias. Se o São Paulo, com toda a sua imponente estrutura organizacional, perdeu Oscar para o Internacional; você há de concordar comigo que se por má conduta administrativa, o Vasco vacila com um Diogo – ala esquerda do junior que já passou com destaque pelo profissional, por exemplo, no outro dia ele já estaria negociado sem nenhum retorno para o clube. Roberto Dinamite pode não ser o presidente ideal, mas bobo também não é. Nem o Vasco, desorganizado.

Não, não estou defendo o Vasco prá ser simpático com a sua torcida. É que não é justa essa forma de se buscar desestabilizar uma diretoria, com o intuito de angariar votos para candidatos opositores ao grupo situacionista. Concordo que cada um tem o direito de escolher quem quiser para dirigir o clube. Só não concordo que denigram esse mesmo clube, para atingir quem está no poder. Porque até pela forte luta pelo poder vascaíno, fica clara a grandeza do clube, que deve antes de qualquer outra coisa, ser preservada. Té mais vê.

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