sábado, 11 de setembro de 2010

Sobre baladas e porradas

Torcida organizada do Atlético/MG disponibilizou um disque-denuncia para fiscalizar a presença de jogadores na noite de Belo Horizonte.

Presidente Alexandre Kalil do Atlético/MG, falou que” a torcida é quem paga os jogadores” e que “têm o meu apoio”. Eles “têm que se cuidar sim”. “E se eles tomarem um cacete na madrugada não vai fazer mal nenhum”.

Grande maioria falou e escreveu que o presidente estava incentivando a violência contra os jogadores. Alguns mais moderados colocaram panos quentes e posaram de bom moço prá torcida.

É uma grande hipocrisia condenar o Kalil, quando ele falou o que noventa por cento de quem vive o futebol, gostaria de ter dito. Seja torcedor, seja dirigente, seja patrocinador, seja imprensa, todos sabem do malefício causado pelas famosas baladas dos jogadores.

Outro dia, conversando com um irmão praticante de esportes competitivos, ele observou que jogador de futebol é o único atleta que após uma competição, sai para beber e curtir uma balada. Todas as demais modalidades, coletivas ou não, após competir, o atleta se recolhe para “recarregar as baterias”.

Não concordo com torcedores baixando a porrada em jogadores. Até porque, seria agressão física e, portanto crime. E não vi nas palavras do presidente Kalil, um incentivo a tal ato.

Mas que sendo jogador do meu time, o time em péssima classificação na tabela, o engraçadinho sai do estádio após mais uma derrota, e depois é encontrado se divertindo numa noitada; sem hipocrisia, se tomar um cacete, que não seja de torcida organizada, não fará mal nenhum. Ele deveria estar repousando, buscando encontrar uma condição para tirar o time do atoleiro.

Se você não concorda, respeito sua opinião. Mas continuo com a minha. E não adianta vir com o discurso de que ele é um trabalhador. É, mas diferenciado. Ele mexe com uma paixão enorme. Se escolher futebol como profissão, tem que viver de acordo com a escolha. Ganha para isso.

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