quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Ele, ou eu !

Minha gente, ou estou desiludido com o futebol, ou ele está comigo. Não agüento mais esse eterno papo de que o futebol sergipano precisa modernizar e que para tanto precisa tira o presidente da federação e da confederação de futebol.

Isso é conversa de quem não quer sair nem chegar a lugar nenhum. Nesses meus 55 anos de vida, nunca vi mudar nada começando pelo mais difícil. Ora, todos nós sabemos que sem uma mudança na estrutura dos clubes, nem aqui nem em lugar nenhum no mundo inteiro, vai fazer com que ocorram mudanças significativas nas governadorias do esporte.

Aponte um único exemplo para afirmar que estou errado. Um único exemplo que mostre que uma estrutura foi modernizada de cima prá baixo. Onde se substituiu a forma de agir do poder diretivo, antes da mudança da mentalidade e da ação dos que fazem acontecer o espetáculo do esporte, dos esportistas e dos clubes por eles formados.

Na Europa, as ligas estão cada dia mais fortes; os norte-americanos estão investindo cada dia mais fortemente no futebol; os campeonatos a cada dia atraem mais torcedores, mais investidores, por quê?

Foram as ligas que ajudaram aos clubes, ou os clubes se fortaleceram e formaram ligas cada vez mais poderosas, para representar esses poderosos clubes? Os americanos estão formando liga, ou clubes fortes para formar uma forte liga?

Fala-se em renovar o futebol, e cobre de aplausos a eleição de um dirigente que tem como plataforma, manter praticamente a mesma da diretoria anterior. Que diz que vai reformular o elenco, “liberando alguns” de um grupo de perdedores durante todo esse ano que se encerra.

Que quer renovar, e acena com a contratação de um técnico, que foi campeão pelo Confiança em duas partidas, e depois com o River Plate, com um time de jogadores rodados num campeonato nivelado por baixo, e sem utilizar jogadores “da base”. Que renovação ele vai trazer?

E é esse clube que está dando exemplo de renovação no futebol sergipano. Não dá nem prá pergunta pelos outros. Mais uma vez serão formados plantéis descartáveis, com treinadores aprendizes, e torcedores idiotizados brigando nas arquibancadas, proibidos até de empunhar a bandeira do seu clube de coração.

Virá o arbitral, e todos irão para a reunião na ânsia de saber com quanto o Banese e os Governos, estadual e municipal, irão “ajudar” – dar uns trocados, aos clubes. Não se discute a fórmula, nem é apresentada outra. Tudo fica como a Federação apresenta. No meio do campeonato, alguns “notarão” os erros do regulamento e como a tabela favorece ao time adversário.

No final do ano, quando tudo foi por água abaixo, como nesse de 2010, em que nada se conseguiu a nível nacional ou regional, quando as notícias ficam escassas, vamos “analisar” que o erro é da Federação e da “madastra” CBF. Ora tenha dó!

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