quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Com o imbróglio na diretoria, torcedor estanciano sofre angustiado


Como se vê, notícia ruim corre que nem fogo de monturo. Há algum tempo que essa estória de que Miguel Valério estaria retornando para assumir a presidência do Estanciano vem tomando corpo. Agora, estourou de vez.

Prá quem não lembra: para assumir a responsabilidade de levar o Estanciano para a divisão especial, um grupo de esportistas solicitou a saída do então presidente Miguel Valério. A solução encontrada foi: Miguel Valério entrou de licença, Valdemir Oliveira que é o vice, assumiu, e foi formada uma Junta Governativa presidida pelo Antonio Pastel, com o apoio de Sidney Araújo, Tenente Fontes, Prof. Bié, Marcelo Mazzé e Rogério “Piazza”, entre outros. Foi esse grupo apoiado pelo Valdemir Oliveira, que terminou depois de muita luta, com a histórica classificação do Canarinho para a divisão especial do campeonato sergipano de 2011.

Durante toda a disputa da série A2, sempre alguém lembrava que vez por outra, o Miguel Valério, quando estava rodeado de pessoas ligadas ao futebol, mantinha a certeza de que após a licença, voltaria para a presidência do clube.

Não foram poucas as vezes em que ele deu entrevistas como presidente do clube, mesmo estando licenciado. Desde quando ainda estava sendo montado o time para a segundona até recentemente, ele sempre manteve a postura presidencial. Numa última entrevista na rádio Esperança, quando questionado pelo Valter Santos, Miguel declarou que iria solicitar uma prestação de contas ao presidente da Junta e que a partir daí, decidiria se retornava ou não.

Durante ao almoço natalino que o prefeito Ivan Leite ofereceu à imprensa, o assunto voltou a ser ventilado e as mais variadas opiniões e posições foram colocadas. Desde aqueles que defendem o retorno do Valério, àqueles contrários a esse mesmo retorno que, caso venha a ocorrer, porá em risco a manutenção da Junta criada por Valdemir.

Aliás, a coisa chegou ao ponto de Araújo Júnior, ex-presidente do clube, declarar que caso Valério continue com o intento de volta a gerir os destinos do Estanciano, ele, Araújo, o denunciaria junto ao Ministério Público, em face da forma como foi realizada a transferência de mãos da documentação do clube, entre o ex-prefeito José Nelson e Miguel Valério.

Nesses próximos dias, em data que foi prejudicada pelo final de ano, deverá ocorrer uma reunião entre Miguel Valério, cuja licença chegou ao final, Valdemir Oliveira, e toda a Junta. Nessa reunião deverá ser resolvida toda a questão. Se foi ou não por um possível resultado adverso da reunião, o fato é que o diretor de futebol nomeado Sidney Araújo, declarou em entrevista numa emissora da capital, que entregou o cargo.

Existem dois bons motivos para que o Sidney deixasse de tomar essa decisão nesse momento. Primeiro é que o presidente da Junta está viajando, e ele deveria ser o primeiro a saber da decisão do Sidney – que usou o mesmo expediente já tão utilizado por membros dessa Junta: avisar aos torcedores estancianos sobre o que está acontecendo por aqui, via emissoras da capital. Talvez porque dê mais vitrine. Quem sabe? Segundo é que com tanta coisa sendo decidida nesse curto período até o inicio do campeonato, o Sidney – que mostrou competência no cargo, poderia se for o caso, fazer mais esse sacrifício e, depois de tudo arrumado, pedir um afastamento. Numa boa, tranquilamente.

Só resta então esperar a reunião, para saber como vai ficar esse balaio de gatos em que se transformou a cúpula diretiva do Canarinho Impiedoso. Como sempre, o torcedor é quem paga a conta. Enquanto a luta pelo poder decide quem vai ou não mandar no clube canarinho, a angustia de não saber se o time vai mesmo disputar a primeirona, se o estádio vai estar pronto para o jogo contra o Confiança ou, até mesmo, se vai jogar aqui ou em outro município, corrói as vísceras daquele que faz a festa na arquibancada e nas ruas da Estância. Te espero amanhã!

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