Olha, não sou de julgar pessoas; julgo ações, a maneira como alguém faz alguma coisa. Há muito que venho acompanhando a maneira como os jogadores evangélicos comemoram seus gols, e a forma como respondem às perguntas que lhes são feitas dentro de campo.
Ora são técnicos que à beira do gramado fazem gestos de orações e entregas de seus atletas e atos a Deus. Ora são atletas que ao conseguirem um gol correm com os dedos voltados para o infinito.
Os mesmos técnicos que fazem toda uma coreografia à beira do gramado, muitas vezes durante ou após a partida partem para cima de adversários e árbitros esquecendo-se do amor antes coreografado. Os mesmos atletas que fazem o gesto de agradecimento apontando para o infinito, quebram colegas de profissão sem o menor constrangimento.
As entrevistas de ambos então, são verdadeiras adorações num momento e local indevidos. Não tem cabimento toda essa demonstração de fé. Fica claro que por mais que se esforcem esses atores religiosos estão muitos mais preocupados em se mostrar ovelhas, quando são grandes lobos.
Conheço muitos irmãos evangélicos. Desde a infância que não tenho dificuldades em transitar entre os irmãos das mais variadas religiões. Por isso que sei que todo esse marketing religioso vai terminar por estourar uma grande bolha onde haverá a separação entre os lobos e as verdadeiras ovelhas, aquelas que não precisam de gestos públicos para mostrar que são religiosos. Essas ovelhas seguem o ensinamento do Cristo, e fogem de se tornarem “sepulcros caiados”.
Em tempo: é bom avisar a Kaká, que ele não sabe revidar. É muito inocente para o jogo pesado dos batedores. Quem sabe não deveria pedir uns conselhos ao Rei Pelé?
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