quinta-feira, 1 de julho de 2010

Sobre entrevistas exclusivas

Lí a pouco no blog do Erich Beting que “por contrato a Globo tem direito a entrevistas exclusivas com jogadores da seleção brasileira.” Com isso a queda de braço entre a emissora e Dunga vai ter interferência da Fifa.

O blog afirma que o contrato de “cerca de US$ 180 milhões pelos direitos de transmissão da Copa nas Tv’s aberta e fechada e na internet, é um dos mais altos do mundo. E tem que ser benéfico para ambas”(Fifa e Globo).

“Band, ESPN e Bandsports não possuem a mesma cláusula em seus contratos.” Por isso não possuem os mesmos direitos. Tudo simples e claro: um contrato comercial, como outro qualquer.

É por essas e outras que se deve tomar mais cuidado na emissão de opiniões. Tem que se estar bem fundamentado, para não correr o risco de opinar “com o coração”. Não é porque prefiro outro narrador a Galvão Bueno, que vou ficar contra às entrevistas exclusivas pelas quais sua emissora está pagando para ter esse direito.

Ficar reclamando porque só a Globo tem, sem observar que ela paga por isso, é leviandade pura. É querer dividir com todos o que só um lutou e pagou para ter. Não é justo. Não cabe nem questionamento quanto ao lado moral. Se vivemos sob contratos comerciais, não podemos quebrá-los sob a alegação de que não é bom prá todos. Ou aceitamos as regras do jogo ou pegamos o boné e vamos fazer outra coisa.

Não quero aqui fazer defesa da Rede Globo, até porque não tenho contrato para exercer tão função. É apenas minha maneira de ver e entender o mundo, e a forma como ele funciona. Se essa forma não é a que acredito como melhor para todos, vou buscar a maneira de mudar – por isso sempre fui ativo participante das greves bancárias. Porém, dentro da regra do jogo porque antes de tudo, é preciso conhecê-las para então encontrar a forma correta de quebrá-las.

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